Niobe Xandó

Obras de arte disponíveis

Niobe Xandó - Porto de Paranaguá

Porto de Paranaguá

óleo sobre tela198895 x 138 cm
Niobe Xandó - Sem Título

Sem Título

óleo sobre tela54 x 65 cm
Niobe Xandó - Sem Título

Sem Título

óleo sobre tela61 x 46 cm
Niobe Xandó - Composition

Composition

óleo sobre tela198170 x 75 cm
Niobe Xandó - Sem Título

Sem Título

acrílica sobre madeira197533 x 47 cm
Niobe Xandó - Sem Título

Sem Título

serigrafia1970100 x 70 cm

Biografia

Niobe Xandó (Campos Novos Paulista, SP, 1915 - São Paulo, 2010)

Niobe Xandó foi pintora, desenhista e escritora, autodidata. Passou a infância e a adolescência no interior de São Paulo, mudando-se para a capital em 1932. Casou-se aos 16 anos com João Baptista Ribeiro Rosa, um destacado militante, e passou a frequentar os locais de reuniões do Partido Comunista. Iniciou sua carreira como artista plástica em 1947, ano em que conheceu os pintores Yoshiya Takaoka (1909-1978) e Geraldo de Barros (1923-1998) no ateliê do professor e artista Raphael Galvez (1895-1961). Sua primeira exposição individual aconteceu em 1953, em São Paulo, na Livraria das Bandeiras, localizada na Praça da República.

Após se separar do primeiro marido, casou-se novamente com o intelectual tcheco Alexandre Bloch, por intermédio de quem se tornou amiga de Vilém Flusser, que escreveu artigos sobre sua obra. Durante o ano de 1957, viajou pelas cidades de Madri, La Coruña e Paris. Seu trabalho ganhou destaque em 1965, na 8ª Bienal Internacional de São Paulo. Após esse período, mudou-se com o marido para Salvador. Em 1968, o casal seguiu para a Europa, passando por Paris, Londres e Estocolmo, retornando ao Brasil em 1971 e vivendo em São Paulo até 1980.

Xandó viajou a Nova York em 1981 e 1983, antes de retornar definitivamente ao Brasil. Entre as exposições que a destacaram, estão a 10ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1969, onde sua obra foi apresentada na sala especial de Artes Mágica, Fantástica e Surrealista, e a 1ª Bienal Latino-Americana de São Paulo, em 1978, onde sua obra representou a influência das culturas africana e indígena na arte brasileira.

Comentário Crítico

Niobe Xandó começa a pintar na década de 1950, executando obras figurativas de um cromatismo bem cuidado, que deixam entrever múltiplas referências: Paul Gauguin, Edvard Munch, Marc Chagall, estão entre elas. Aos poucos, sua obra caminha para um imaginário fantástico cada vez mais próximo da abstração, como em Bicho Estranho (1966) e Ave-Flor II (1967). O tema das máscaras é desenvolvido com constância durante a década de 1960, e passa a ser um motivo recorrente na obra da artista a partir de então. É também nessa década que ela cria a série dos Totens, na qual recobre volumes de madeira com as linhas e cores usadas nas Máscaras. Outra forte corrente de pesquisa é aquela ligada ao letrismo, movimento das décadas de 1960 e 1970 que pretendia criar uma nova escrita com base em símbolos. Apesar de não se filiar oficialmente a esse grupo, Xandó realiza obras em sintonia com tais ideias, como O Enigma da Nova Escrita I (1966) e Brasil (1970). Sobre esses trabalhos, Xandó comenta, em carta de 1969: "O meu problema com as letras é o de contrair, isto é, eliminar linhas, escrever o máximo com o mínimo das mesmas". Ao mesmo tempo, a artista aborda o embate entre o arcaico e o contemporâneo em obras que podem ser agrupadas sob o nome - criado por ela mesma - mecanicismo, como O Círculo Branco (1970) e Black Power II (1970), e sobre as quais a artista pondera, em carta de 1978: "Aos poucos estes elementos mecânicos passaram a dominar meu trabalho. Sentia então duas coisas: horror e atração. Acho que isto é um conflito do primitivo com o mundo atual".

Exposições Individuais

1953 - São Paulo SP - Primeira individual da artista, na Livraria das Bandeiras 
1956 - São Paulo SP - Individual, no Clubinho dos Artistas do MAM/SP 
1957 - Salvador BA - Individual, na Galeria Belvedere da Sé 
1957 - La Coruña (Espanha) - Individual, na Aliança Francesa 
1957 - Madri (Espanha) - Individual, no Café Cezánne 
1961 - São Paulo SP - Individual na Associação Cristã de Moços 
1962 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia 
1964 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia 
1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia 
1969 - Londres (Inglaterra) - Individual, na Walton Gallery 
1969 - Paris (França) - Individual, na Galerie de L'Université 
1971 - Estocolmo (Suécia) - Individual, no Castelo Spokslott 
1975 - Washington (Estados Unidos) - Individual, na Art Gallery of The Brazilian Culture 
1977 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Azulão 
1980 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Ars Artis 
1981 - São Paulo SP - Individual Arte em Xerox, na Pinacoteca do Estado 
1983 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Ars Artis 
1989 - São Paulo SP - Retrospectiva, na Galeria de Arte Paulo Vasconcelos 
1999 - Santos SP - Retrospectiva, na Pinacoteca Benedito Calixto 
2003 - São Paulo SP - Flores Fantásticas e Máscaras, no Espaço Cultural BM&F 
2004 - São Paulo SP - O Letrismo e o Mecanicismo na Obra de Niobe Xandó, no MAM/SP 
2007 - Ribeirão Preto SP - Individual, na Galeria de Arte Marcelo Guarnieri 
2008 - Curitiba PR - Mostra Antológica, no Museu Oscar Niemeyer

Exposições Coletivas

1951, 56 65 - Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia, São Paulo (pequena medalha de prata na edição de 1956 e prêmio Governador do Estado na de 1965).
1959 - 4º Mostra Internacional, Museu de Arte Moderna, Paris, França.
1969 - Três Desenhistas (juntamente com Grimberg e Macreau), Galeria Ivan Spencer, Ibiza, Espanha.
1970 - 12 Artistas Brasileiros Contemporâneos, Universidade de Liverpool, Liverpool, Inglaterra.
1982 - Arte Latino-Americana Contemporânea, Nova York. Estados Unidos.
1982 - Mulheres das Américas, Kouros Gallery, Nova York.
1985 - 7º Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, Atami, Kioto e Tóquio, Japão; Rio de Janeiro e São Paulo.
2001 - Tendências Abstratas: mostra de acervo, Museu de Arte Contemporânea de Campinas, Campinas, SP.

Fonte: Itaú Cultural

Veja também