A Obsessão como forma de Expressão

Yayoi Kusama

 

“Artistas não costumam expressar seus complexos psicológicos diretamente, mas eu adoto meus complexos e medos como tema” – Yayoi Kusama.

Está em exposição no Instituto Tomie Ohtake “Obsessão Infinita” a maior retrospectiva da artista japonesa Yayoi Kusama já apresentada na América Latina. Na fala acima, da própria artista, revela o motivo do insistente uso de bolinhas em suas criações artísticas, além de ser vanguardista, este método ajuda como terapia para a própria Yayoi que sofre de transtornos compulsivos. Internada em um hospital psiquiátrico no Japão Yayoi, hoje com 85 anos, ainda produz sua arte conhecida como Polka Dot.

Sala da instalação I’m Here, But Nothing

Essa exposição trás trabalhos desde a década de 60, centenas de pinturas e esculturas que já apresentavam uma forma obsessiva de produção, onde em objetos surreais a presença de uma forma fálica nasce do interior de sapatos, mesas, poltrona e outros objetos do cotidiano. O que mais chama a atenção dos visitantes são as instalações, uma intitulada I’m Here, But Nothing (imagem acima), que consiste em uma sala mobiliada com objetos comuns inteiramente tomados por bolinhas florescentes que brilham sob a luz neon do ambiente, e a outra chamada Infinity Mirror Room (imagem abaixo), composta por diversos espelhos que dão a sensação de infinitude, convida o publico a tirar fotos e publicar em redes sociais.

Imagem publicada no Instagram por stayycreepyy, sala da obra Infinity Mirror Room.

A exposição segue até o dia 27 de Julho e a entrada é franca. Instituto Tomie Ohtake – Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros