Heinz Kühn

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Biografia

Heinz Kühn (Berlim, Alemanha 1908 - São Paulo 1987)

Pintor.

Seu período de formação artística se dá em Berlim. Transfere-se para o Brasil em 1950, fixando residência em São Paulo. Pintor ligado à abstração, na década de 1960 passa a incorporar relevos em suas obras. Utiliza materiais incomuns, como isopor, compondo efeitos peculiares. Recebe vários prêmios em edições do Salão Paulista de Arte Moderna, conquistando a medalha de prata em 1952, o Prêmio Aquisição em 1955 e medalha de ouro em 1965. Participa das edições II, III e VIII da Bienal Internacional de São Paulo. É laureado também com o prêmio de viagem a Brasília no I Concurso Nacional de Jóias. Possui obras em coleções particulares e no acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP).

Comentário crítico

Heinz Kühn dedica-se inicialmente à abstração informal. Durante a década de 1950, faz trabalhos em carvão sobre papel e óleo sobre tela, nos quais zonas de cor de contornos indefinidos se sobrepõem, compondo a superfície. O mesmo acontece no mural Impressões de Itanhaém (s.d., 1,18 x 2,91m), realizado para a Casa do Peixe de Itanhaém, cidade do litoral paulista. Ao longo da produção, Kuhn vê a própria superfície pictórica como questão a ser trabalhada.

Após sua experiência como pintor abstracionista informal, o artista incursiona pela vertente da op art (ou optical art, arte cinética). Nesse tipo de arte abstrata fenômenos ópticos são explorados a fim de fazer com que a superfície de uma obra pareça vibrar, pulsar ou mover-se. Nesse contexto, Kühn realiza a série Reflexos, durante os anos 1960, usando tinta sobre isopor. À época, o artista declara que "a composição não é mais no quadro, ao contrário, fora, no observador: é portanto necessário achar-se uma construção, que seja suficiente para esta suposição"1. Ou seja, essa vertente da pintura realça o papel de percepção visual do observador na constituição da obra.

A partir da década de 1970, seus trabalhos afastam-se da op art e se aproximam da abstração geométrica, com o acréscimo de relevos na superfície da tela ou do papel. Um exemplo é 8/79, de 1979, óleo sobre tela colado sobre madeira. A respeito de tais obras, o crítico Mario Schenberg comenta: "Heinz Kühn encontrou na pintura-relevo a linguagem adequada para comunicar as suas intuições musicais de ritmo espacial e de cor"2.

Notas
1 Seis pesquisadores da arte visual. Apresentação Walter Zanini. São Paulo: MAC/USP, 1966.
2 SCHENBERG, Mario. Pensando a arte. São Paulo: Nova Stella, 1988.

Críticas

"As superfícies escavadas, a articulação de planos simétricos ou irregulares, abertos por um temperamento expressionista, proporcionam espaços da mais diversa transparência, animados pela efusão da luz nos campos de cor primária que o artista estende com desenvoltura sobre a brancura do material poroso. Particularmente em trabalhos deste gênero transcendemos os limites da pintura e da escultura".
Walter Zanini
PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.

Exposições Individuais

1952 - São Paulo SP - Individual, na Biblioteca Municipal
1961 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte das Folhas
1964 - Campinas SP - Individual, na Galeria Aremar
1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria OCA
1965 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Novas Tendências
1965 - São Paulo SP - Individual, no IAB/SP
1965 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1967 - São Paulo SP - Heinz Kuhn: retrospectiva, no MAB/Faap
1979 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Cosme Velho
1981 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1982 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1984 - São Paulo SP - Individual, no MAB/Faap
1985 - São Paulo SP - Retrospectiva, no Espaço Plano Galeria de Arte

Exposições Coletivas

1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1955 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Arte Moderna
1958 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1961 - Rio de Janeiro RJ - Prêmio Formiplac, no MAM/RJ
1961 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - segundo prêmio Governo do Estado
1961 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte da Folha
1962 - Rio de Janeiro RJ - 11º Salão Nacional de Arte Moderna
1963 - Belo Horizonte MG - 18º Salão Municipal de Belas Artes
1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - pequena medalha de ouro
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1966 - Brasília DF - 3º Salão de Arte Moderna do Distrito Federal
1966 - Campinas SP - Seis Pesquisadores da Arte Visual, no Museu de Arte Contemporânea José Pancetti
1966 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - primeiro Prêmio Governo do Estado
1966 - São Paulo SP - Seis Pesquisadores da Arte Visual, no MAC/USP
1966 - São Paulo SP - Três Premissas, no  MAB/Faap
1967 - Barcelona (Espanha) - Pintores Brasileiros na Espanha, na Galeria Syra
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1968 - São José dos Campos SP - Seis Pesquisadores da Arte Visual
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1970 - São Paulo SP - Retrospectiva 20 Anos de Pintura no Brasil, no MAB/Faap
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

Exposições Póstumas

1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, na Casa das Rosas
1997 - São Paulo - Arte Suporte Computador, na Casa das Rosas
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap
2000 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap
2004 - São Paulo SP - Cinqüenta 50, no Museu de Arte Moderna
2005 - São Paulo SP - Acervo 2005, no MAB/Faap

Fonte: Itaú Cultural

Veja também