Rogerio Tunes (Rio de Janeiro 1959)
Rogério Tunes é um pintor e escultor. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1959, onde passou a infância desenvolvendo interesse por desenho e criação manual. Na juventude, ingressa no mercado de ilustração e se profissionaliza nas artes gráficas, atuando como serígrafo e trabalhando em editoras e agências de publicidade. Nesse período, convive com o crítico de arte Walmir Ayala na Editora Cultura Contemporânea, o que influencia seu olhar artístico. Após mais de duas décadas imerso no universo gráfico, migra para a cerâmica e escultura, iniciando sua trajetória nas artes plásticas.
Em 2004 conhece o galerista Marcus Aurélio, da extinta Haus Galeria, que impulsiona sua entrada no circuito de colecionadores. Tem obras adquiridas por nomes como o leiloeiro Evandro Carneiro e o colecionador Nelson Diz. Pouco depois é convidado pelo galerista João Conde, que representou artistas como Juarez Machado, Cícero Dias e Gonçalo Ivo, para realizar uma exposição individual comemorativa.
Passa a se dedicar exclusivamente à pintura, abandonando suas atividades anteriores. Desenvolve uma produção marcada pelo gestual livre e pelo uso expressivo da cor, estabelecendo um estilo próximo ao abstracionismo informal com traços de expressionismo. Em 2009, é convidado a expor na França, onde permanece por seis meses em intercâmbio cultural, iniciando uma relação constante com o circuito internacional de arte.
Obtém nacionalidade portuguesa em 2013 e passa a residir em Cascais, Portugal. Em 2014, duas obras suas são arrematadas na Bolsa de Arte de São Paulo pelo marchand Evandro Valença, que passa a acompanhar sua carreira. Em 2016, é convidado para a inauguração da nova galeria de Valença em Patos de Minas.
Sua obra é marcada por camadas de sobreposições cromáticas, liberdade de gesto e uso expressivo de cores contrastantes, como preto, vermelho, azul e amarelo. Recebe críticas elogiosas pela intensidade visual e pela forma como convida o espectador a um envolvimento sensorial. A crítica aponta influências de Pollock e De Kooning, mas ressalta sua paleta grave e otimista, bem como uma construção compositiva que equilibra caos e ordem. Sua pintura é vista como um convite à imaginação, com forte carga emocional e simbólica.