Renata Egreja (São Paulo 1984)
Renata Egreja é pintora, escultora e artista multimídia. Nasceu em São Paulo, em 1984, e vive e trabalha em Ipaussu, interior do estado. Cresceu em uma família de agricultores e teve a natureza como referência constante, o que influenciou sua paleta vibrante e os elementos orgânicos de suas composições. Iniciou os estudos em Artes Plásticas na FAAP-SP e concluiu a graduação e o mestrado na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (ENSBA), em Paris, em 2010.
Começou sua trajetória artística trabalhando com alegorias em escolas de samba, como a Mocidade Independente de Padre Miguel (RJ) e a Nenê de Vila Matilde (SP). Essa experiência influenciou fortemente sua estética visual, marcada por referências à festa, à ancestralidade afro-brasileira e ao uso expressivo de brilhos, cores intensas e materiais diversos.
Adota uma linguagem abstrata, de gestualidade solta e enérgica, explorando grandes formatos e múltiplos suportes, como pintura a óleo e acrílica, aquarelas sobre papel, cerâmica, escultura, costura, vídeo, desenho e instalações. Sua obra é atravessada por simbologias botânicas e ícones sagrados orientais, com camadas de transparência que sugerem a arqueologia da pintura.
Participou de exposições individuais e coletivas em instituições como Instituto Tomie Ohtake, Paço das Artes, Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, Museu de Arte de Curitiba, Zipper Galeria, Galeria Lume e Sesc. No exterior, apresentou obras em Milão (Itália), Frankfurt (Alemanha) e Nova Déli (Índia).
Recebeu o prêmio Jovens Talentos da Université Paris-Dauphine em 2010, o prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea em 2012, e o Itamaraty Sanskriti Foundation em 2013. Teve obras adquiridas por acervos públicos e privados no Brasil e no exterior.
Assinou uma coleção especial para a grife italiana Salvatore Ferragamo, aproximando sua arte da moda e ampliando os diálogos visuais de sua produção. Desde que se tornou mãe de duas filhas, Bia e Paloma, vem incorporando à sua obra reflexões sobre gênero, maternidade e os direitos das mulheres, reforçando a conexão entre arte, vida e ativismo.