Octávio Araújo

Obras de arte disponíveis

Octávio Araújo - Nú Feminino

Nú Feminino

técnica mista sobre papel
1978
30 x 42 cm
Octávio Araújo - Figura Renascentista Feminina

Figura Renascentista Feminina

pastel sobre papel
1987
40 x 30 cm
Octávio Araújo - Figura Feminina

Figura Feminina

grafite sobre papel
1960
39 x 31 cm
Octávio Araújo - Figura Renascentista Feminina

Figura Renascentista Feminina

pastel sobre papel
1988
41 x 33 cm
Octávio Araújo - Adonis

Adonis

grafite sobre papel
1966
42 x 30 cm
Octávio Araújo - Nú Feminino

Nú Feminino

desenho a grafite e pastel sobre papel
1969
34 x 58 cm
Octávio Araújo - Figura Feminina

Figura Feminina

desenho a grafite e pastel sobre papel
1972
28 x 29 cm
Octávio Araújo - Tocata Onírica

Tocata Onírica

litogravura
1972
70 x 49 cm
Leilão de Arte Online

Biografia

Octávio Araújo (Terra Roxa SP 1926)

Gravador, pintor, desenhista, ilustrador, artista gráfico.

Octávio Ferreira de Araújo estudou pintura na Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo, com Edmundo Migliaccio e José Barchitta, entre 1939 e 1943. Integra o Grupo dos 19, em 1947. Dois anos depois, viaja para Paris, onde estuda gravura na École National Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes] e freqüenta o Gabinete de Estampas do Musée du Louvre [Museu do Louvre]. Retorna ao Brasil em 1951, e no ano seguinte passa a residir no Rio de Janeiro. Indicado pelo pintor Clóvis Graciano (1907 - 1988), trabalha como auxiliar de Candido Portinari (1903 - 1962). Com o prêmio de gravura do Salão Para Todos, realizado no Rio de Janeiro, em 1959, viaja para a China. Recebe em 1960 uma bolsa de estudos do Instituto Répin, em Leningrado, atual São Petersburgo, patrocinada pelo Ministério da Cultura da União Soviética (atual Rússia). Em 1961, freqüenta o Instituto Poligráfico em Moscou. Permanece nessa cidade por oito anos, e trabalha como ilustrador de livros latinos-americanos, tradutor e dublador de documentários. É realizada em 1972 a mostra Octávio Araújo: 20 Anos Depois, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, e, em 1979, é publicado o livro Octávio Ferreira de Araújo: 10 Anos de Pintura, de José Roberto Teixeira Leite.

Comentário Crítico

Em suas pinturas e gravuras, Octávio Araújo revela seu interesse por obras de pintores flamengos, alemães e italianos dos séculos XV e XVI, por vezes inspirando-se diretamente em figuras retiradas dessas obras.

Alguns estudiosos percebem, nos trabalhos do artista, afinidade com o surrealismo, principalmente pela apresentação de uma atmosfera onírica. Segundo ele próprio, sua obra visa a despertar um clima original de mistério e magia no espectador. Nesse sentido, a figura da mulher é associada aos elementos da natureza. Araújo mescla, numa mesma composição, imagens muito diferentes, como as de animais, objetos, escadas ou ruínas, criando com elas cenas inesperadas.

Críticas

"Desapareceu da área paulista, sem notícias dele. Vinte anos depois ele voltou: itinerou na Ásia e na Europa (...)  A novidade que nos levou quando de volta foi a sua temática surrealista, pode ser em reação ao realismo, ao qual mal se adaptou por bastante tempo sua fantasia pirotécnica de descendência africana. Seu correr nos caminhos do incônscio é guiado pelo amor da mulher, idealizada numa variedade de momentos que vão das gostosas contemplações do nu clássico, à maneira ingresiana, até o sonhado em que os íncubos e os desejos do diferente jogam a companheira em desconcertantes atitudes secretas".
P. M. Bardi
BARDI, Pietro Maria. Prefácio. In: ARAÚJO, Octávio. Octávio Araujo: 20 anos depois. São Paulo: MASP, 1972. p. 4.

Depoimentos

"Comecei a desenhar na linha atual quando estava em Moscou, em 1966. Sempre me interessei pela figura. Já fui considerado expressionista, surrealista, realista fantástico, sei lá. Eu me sinto mais à vontade quando falo da arte em geral. (...)

A figura feminina se repete na minha obra por várias razões. Uma é básica: na pré-história, a mulher foi despojada de sua condição de ser humano. Ela representava uma força elementar da natureza, em toda a pureza e vigor. Ela perdeu isso. Na minha obra, a figura feminina seria o prenúncio da colocação da mulher em seu lugar antigo, normal. Por isso, às vezes, a figura aparece fragmentada e distorcida. Quanto aos objetos que a rodeiam, tem um sentido mágico que se perdeu. O ser humano usava a magia para se transformar, para se aperfeiçoar. Intuitivamente eu tento despertar em quem vê uma obra minha esse clima original de mistério e magia, que se perdeu. Daí o afogado, as ruínas, a mulher fragmentada, a escada, a pérola, o pássaro, o raio, a nuvem escura".
Octávio Araújo a Eduardo Alves da Costa - 1972
COSTA, Eduardo Alves. Octávio Araújo. In: ARAÚJO, Octávio. Octávio Araujo: 20 anos depois. São Paulo: MASP, 1972. p. 8-10.

Exposições Individuais

1972 - São Paulo SP - 20 Anos Depois, no Masp
1973 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Grupo B
1975 - Washington (Estados Unidos) - Paintings, Drawings and Litographs, no Brazilian-American Cultural Institute
1976 - Santos SP - Octavio Araújo: gravuras, desenhos, óleo, no CCBEU
1979 - São Paulo SP - 10 Anos Depois, na Galeria de Arte André
1981 - São Paulo SP - O Desenho e o Feminino, na Galeria de Arte André
1982 - São Paulo SP - Octávio Araújo: óleos e desenhos, na Galeria de Arte André
1996 - Santos SP - Octávio Araújo: pinturas, na Fundação Benedito Calixto

Exposições Coletivas

1946 - Rio de Janeiro RJ - Quatro Novíssimos, no IAB/RJ
1947 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia
1949 - Paris (França) - Artistas Latino-Americanos, na Maison de L'Amérique Latine
1951 - Paris (França) - Artistas Latino-Americanos, na Maison de L'Amérique Latine
1953 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão de Naturezas Mortas, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
1957 - Rio de Janeiro RJ - Salão para Todos, no Ministério da Educação e Cultura - prêmio de viagem à China dividido com Roberto De Lamonica
1958 - Bucareste (Romênia) - Exposição dos trabalhos do Salão Para Todos
1958 - Moscou (União Soviética - atual Rússia) - Exposição dos trabalhos do Salão Para Todos
1958 - Pequim (China) - Exposição dos trabalhos do Salão Para Todos
1958 - Xangai (China) - Exposição dos trabalhos do Salão Para Todos
1968 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Tema Galeria de Arte
1971 - São Paulo SP - 3º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1972 - São Paulo SP - Arte Fantástica, no Paço das Artes
1974 - Madri (Espanha) - Sala de Exposições de Artes Plásticas
1974 - São Paulo SP - 6º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1974 - São Paulo SP - Bienal Nacional 74, na Fundação Bienal
ca.1975 - Birmingham (Estados Unidos) - Bienal Nacional e Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte de Birmingham
1975 - Nashville (Estados Unidos) - The Art of Brazil, no Tennessee Fine Arts Center-Checkwood
1975 - São Paulo SP - 13ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1975 - Viena (Áustria) - Coletiva, no Museu Albertina
1976 - Florença (Itália) - 5ª Biennalle Internazionale della Gráfica d'Arte
1976 - Nova York (Estados Unidos) - Looking Inside, no The New York Botanical Garden Museum
1976 - Penápolis SP - 2º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1976 - São Paulo SP - 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1976 - São Paulo SP - O Desenho Jovem dos Anos 40, na Pinacoteca do Estado
1977 - Lagos (Nigéria) - 2º Festival Mundial de Arte e Cultura Negra e Africana
1977 - São Paulo SP - Os Grupos: a década de 40, no Museu Lasar Segall
1978 - Penápolis SP - 3º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1978 - Rio de Janeiro RJ - 18º Exposição Arte e Pensamento Ecológico, na Biblioteca Euclides da Cunha
1978 - São Paulo SP - 19 Pintores, no MAM/SP
1979 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria de Arte André
1980 - Penápolis SP - 4º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis 
1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP
1983 - Olinda PE - 2ª Exposição da Coleção Abelardo Rodrigues de Artes Plásticas, no MAC/Olinda
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Penápolis SP - 6º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - São Paulo SP - A Arte do Imaginário, na Galeria Encontro das Artes
1985 - São Paulo SP - Destaques da Arte Contemporânea Brasileira, no MAM/SP
1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show
1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, no Sesc
1988 - São Paulo SP - A Mão Afro-Brasileira, no MAM/SP
1988 - São Paulo SP - Brasiliana: o homem e a terra, na Pinacoteca do Estado
1989 - Los Angeles (Estados Unidos) - Introspectives: contemporary art by americans and brazilians of african descent, no The California Afro-American Museum
1990 - Nova York (Estados Unidos) - Introspectives: contemporary art by americans and brazilians of african descent, no The Bronx Museum of the Arts
1990 - São Paulo SP - 21º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1991 - São Paulo SP - Registro Gráfico: litografias originais, na Kramer Galeria de Arte
1992 - Santo André SP - Litogravura: métodos e conceitos, no Paço Municipal
1992 - São Paulo SP - O Olhar de Sérgio sobre a Arte Brasileira: desenhos e pinturas, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade
1992 - São Paulo SP - Polaridades/Perspectivas, no Paço das Artes
1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba
1993 - São Paulo SP - 100 Obras - Primas da Coleção Mário de Andrade: pintura e escultura, no IEB/USP
1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, no Metrô
1997 - Salvador BA - Um Brinde ao Café, no Espaço Cafelier
1998 - São Paulo SP - Os Colecionadores - Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras, na Galeria de Arte do Sesi
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap
1999 - São Paulo SP - Litografia: fidelidade e memória, no Espaço de Artes Unicid
2000 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap
2000 - São Paulo SP - Investigações: A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural
2001 - Brasília DF - Investigações. A Gravura Brasileira, na Galeria Itaú Cultural  
2001 - Penápolis SP - Investigações. A Gravura Brasileira, na Galeria Itaú Cultural
2001 - São Paulo SP - 4 Décadas, na Nova André Galeria
2003 - São Paulo SP - Arte & Artistas: exposição dos dezenove pintores, no Masp
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Novas Aquisições: 1995 - 2003, no MAB/Faap

Fonte: Itaú Cultural

Veja também