José Joaquim Viegas de Menezes (Ouro Preto MG 1778 - idem 1841)
Gravador, pintor e ceramista.
Durante os anos de 1797 a 1802, reside em Lisboa (Portugal) a fim de concluir sua ordenação sacerdotal e estudar prática e teoria da gravura na Régia Oficina Tipográfica, Calcográfica, Tipoplástica e Literária. Em 1801, publica a tradução do Tratado, de Abraham Bosse e, no mesmo ano, ordena-se sacerdote. No ano seguinte, faz estágio na fábrica de louças de Benfica, em Portugal. De volta a Ouro Preto (Minas Gerais), pinta vários quadros a óleo e retoca os painéis da sacristia da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco. Em 1807, ilustra com gravuras um poema de Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos. Provavelmente entre 1809 e 1820, realiza os prospectos existentes no Museu Arquidiocesano (antiga Casa Capitular), em Mariana (Minas Gerais), retratos a óleo e o painel Ecce Homo, atribuído a ele por Pallière, hoje desaparecido. Em 1810, trabalha na indústria de cerâmica na chácara do Saramenha e, em 1824, funda uma oficina tipográfica e imprime o primeiro jornal de Minas Gerais A Abelha do Itacolomi. Entre 1817 e 1825, é capelão militar no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
Críticas
"(...) 'pintor primoroso, gravador eximio e que, quasi sem recursos, para servir um amigo, imaginou e levou a efeito, com o auxilio do portuguez Manoel José Barbosa, a construcção de uma officina typographica, em que foram feitas as primeiras impressões da Capitania em que surgiu sob a redacção do mesmo sacerdote o primeiro jornal que se publicou em Minas - A Abelha do Itacolomy' ".
Furtado de Menezes
MARTINS, Judith. Dicionário de artistas e artífices dos séculos XVIII e XIX em Minas Gerais. Rio de Janeiro: IPHAN, 1974. 2v. (Publicações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 27).
Fonte: Itaú Cultural