Jorge Mayet

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Biografia

Jorge Mayet (Havana, 1962)

Jorge Mayet nasceu em Havana, Cuba, em 1962. Jorge Mayet formou-se em Pintura pela Academia Nacional de Bellas Artes San Alejandro, em Havana, em 1993, e obteve o título de Mestre em Artes Visuais pela mesma instituição em 1995.

Jorge Mayet deixou Cuba a partir dos anos 1990 e passou a viver em diferentes países. Atualmente, Jorge Mayet vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil, mantendo também uma conexão com Palma de Mallorca, na Espanha. Essa experiência do exílio marcou profundamente a produção artística de Jorge Mayet, centrada em temas como memória, identidade e saudade, e nas memórias das paisagens de sua terra natal, que são parte fundamental de sua pesquisa artística.

Jorge Mayet desenvolve seu trabalho em diferentes linguagens — pintura, escultura e instalações —, com destaque para as esculturas de árvores suspensas com raízes expostas e casas camponesas cubanas (bohíos), símbolos da memória afetiva da infância de Jorge Mayet. Seu trabalho mistura imagens realísticas com a poesia do imaginário do artista, criando um diálogo entre o concreto e o onírico.

Jorge Mayet já realizou exposições individuais em importantes galerias e instituições internacionais, como RFT Fine Art (Miami, Estados Unidos); Saatchi Gallery (Londres, Inglaterra); Leo Gallery (Hong Kong, China); Galería Horrach Moyà (Palma de Mallorca, Espanha); Olivier Houg Galerie (França); Museu de Art Modern i Contemporani Es Baluard (Palma de Mallorca, Espanha); MC Gallery (Seul, Coreia); Triumph Gallery (Moscou, Rússia); Mario Mauroner Galerie (Salzburgo, Áustria); Galería Lluçià Homs (Barcelona, Espanha); e no Brasil, pela Galeria Inox (Rio de Janeiro).

Jorge Mayet participou de coletivas em diversas cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro, Bogotá, México D.C., Holbox, Havana, Miami, Nova York, Barcelona, Ibiza, Palma de Mallorca, Veneza, Bruxelas, Berlim, Viena, Salzburgo, Moscou, Nova Délhi, Mumbai, Dubai, Xangai, Taipei e Sidney, entre outras.

As obras de Jorge Mayet estão presentes em importantes coleções internacionais, como a Saatchi Gallery (Londres), o Museum of Arts and Design (MAD) em Nova York e a Leo Gallery (Xangai), entre outras.

Em 2023, Jorge Mayet participou da ArtRio, assinando a primeira ativação do evento no Fairmont Rio, em Copacabana, com esculturas expostas no Gold Lounge, reforçando sua conexão com o público brasileiro.

O próprio Jorge Mayet resume assim o sentido de sua obra:
“Foi só quando saí de Cuba que me dei conta da importância dessas pequenas coisas. São elementos da paisagem que falam de um lugar. Estando fora, senti falta. São coisas muito simples, a consciência de tudo o que foi deixado para trás, o que inclui a paisagem, a representação da coisa cubana.”

A obra de Jorge Mayet se estrutura na relação entre memória e ausência, um campo de tensão típico da experiência do exílio. Mais do que representar a paisagem cubana, as esculturas de Jorge Mayet evocam um território afetivo, recriado pela lembrança e pela imaginação.

As árvores suspensas de Jorge Mayet, com raízes expostas, são metáforas visuais poderosas do deslocamento: ao mesmo tempo que revelam a força de uma origem, expõem a vulnerabilidade de quem vive afastado de seu solo natal. Esses trabalhos dialogam com questões universais sobre identidade, pertencimento e migração.

Da mesma forma, os bohíos de Jorge Mayet, casas rústicas típicas da zona rural cubana, ganham em suas mãos um caráter quase mítico. Elevadas do chão, tornam-se imagens da memória e da saudade, casas que já não pertencem a um espaço físico, mas ao imaginário do exilado.

Embora parta de referências concretas — árvores, casas, fragmentos de terra — Jorge Mayet constrói uma estética que oscila entre o realismo e a poesia visual. Seu trabalho parece habitar um espaço entre o visível e o onírico, onde fragmentos familiares surgem como lembranças suspensas no vazio.

É justamente essa capacidade de Jorge Mayet de transformar memórias pessoais em símbolos coletivos que explica a força de sua obra. Cada espectador, diante das esculturas de Jorge Mayet, é convidado a revisitar suas próprias raízes, ausências e deslocamentos.

Assim, Jorge Mayet consolida-se como um dos nomes mais sensíveis da arte contemporânea, com uma poética que transcende fronteiras ao falar da experiência universal do pertencimento e da saudade.

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