João Câmara (João Pessoa PB 1944)
Pintor, gravador, desenhista, artista gráfico, professor e crítico.
João Câmara Filho estudou pintura no curso livre da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco entre 1960 e 1963. Nesse ano, é eleito presidente da Sociedade de Arte Moderna do Recife - SAMR e cursa xilogravura, sob orientação de Henrique Oswald (1918 - 1965) e Emanoel Araújo (1940), na Escola de Belas Artes de Salvador. Em 1964, funda, com Adão Pinheiro (1938), José Tavares e Guita Charifker (1936), o Ateliê Coletivo da Ribeira e, em 1965, o Ateliê + Dez, ambos em Olinda. Entre 1967 e 1970, leciona pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa. Em 1974, monta um ateliê de litografia, transformado depois na Oficina Guaianases de Gravura, que, a partir de 1995, é incorporada ao Laboratório de Artes Visuais da Universidade Federal de Pernambuco. A partir da década de 1960, a produção de João Câmara caracteriza-se por apresentar, ao lado de figuras humanas com seus corpos estruturados, representações de corpos fragmentados, o que confere um caráter de estranheza aos trabalhos. Na década de 1970, o artista inicia a realização das séries Cenas da Vida Brasileira 1930/1954 (1974-1976) e Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara (1977-1983). Em 1986, realiza a série O Olho de meu Pai sobre a Cidade, em que faz uma homenagem a seu pai e à cidade do Recife. Em 2001, conclui a série Duas Cidades, que tem como cenário as cidades de Recife e Olinda.
Comentário Crítico
Em 1959, João Câmara começa a pintar paisagens, sob a orientação do pintor José Tavares. Em 1960, ingressa no curso científico do Colégio Nóbrega, no Recife, e no curso livre de pintura da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, que freqüenta até 1963. Estuda com Mário Nunes (1889 - 1982) e Laerte Baldini, entre outros, e, esporadicamente, com Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970). Interessa-se pelo cubismo e pós-cubismo de Pablo Picasso (1881 - 1973) e pelo trabalho de Abelardo da Hora (1924), Francisco Brennand (1927), Lula Cardoso Ayres (1910 - 1987), Reynaldo Fonseca (1925) e Wellington Virgolino (1929 - 1988). Já revela nesse período sua preferência por pintar grandes superfícies, que se desdobram em dípticos, trípticos ou polípticos.
Na década de 1960, sua produção aproxima-se do expressionismo e do fauvismo. Em algumas obras enfoca a violência, e o caráter trágico da composição acentua-se pelo uso de tons escuros que se contrapõem aos vermelhos e azuis fortes, como pode ser observado em Vietonose Perfil III (1966) e Exposição e Motivos da Violência (1967). Em Testemunhal, Reconstituição e Uma Confissão (todas de 1971), aborda a tortura e a opressão humana. O artista, ao voltar-se para o corpo do homem, submete-o a torções e deformações, sem prejuízo de certo erotismo.
Em 1963, faz curso de xilografia, orientado por Henrique Oswald (1918 - 1965) e Emanoel Araújo (1940), na Escola de Belas Artes, em Salvador. No início dos anos 1970, começa a realizar litografias e, com Delano, improvisa um ateliê dessa técnica no Recife, posteriormente transferido para o Mercado da Ribeira, em Olinda. Trabalha a litografia com liberdade, e a utiliza ainda como uma espécie de ensaio para as grandes pinturas. João Câmara realiza muitas séries de pinturas e gravuras, como Cenas da Vida Brasileira 1930/1954 (1974-1980) e Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara (1977-1980), que inclui montagens e objetos. Em Cenas da Vida Brasileira, não busca reproduzir a veracidade dos acontecimentos políticos do período, mas vincula personagens históricos, como Getúlio Vargas (1882 - 1954), a objetos insólitos e personagens fictícios, criando uma narrativa própria, um passado imaginário, ao qual se mesclam as suas recordações da infância. Já em Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara, a mulher surge como personagem principal. Nessa série, o artista acrescenta diversos elementos à superfície da tela, como ilhoses, parafusos, couro, tecido e chumbo.
Além dos temas políticos e dos retratos, a temática regionalista torna-se mais constante em sua produção a partir da década de 1980. Na série O Olho de Meu Pai sobre a Cidade (1986), faz uma homenagem ao pai e à cidade do Recife, e começa a realizar, nos anos 1990, a série Duas Cidades, com obras que têm como cenário Recife e Olinda.
Para a estudiosa Almerinda da Silva Lopes, o projeto poético de João Câmara, desde o início de sua atuação profissional, consiste em traduzir, plasticamente, uma visão crítica da sociedade. Sua obra dialoga com a história política brasileira, com a arte e a mitologia. O artista cria dessa forma, em seus trabalhos, metáforas com as quais ironiza o poder e as relações sociais.
Críticas
"O caráter mais evidente da obra de João Câmara Filho é a sua clara presença. Ou dizendo de outra maneira, ela é convincente: nas dimensões, na técnica, nos temas, nos títulos. Podemos até não gostar daquilo que estamos vendo, mas é impossível fugir a sua presença. Podemos até não gostar das cores, do desenho de contornos duros, da ostensividade da figura humana, quase sempre masculina, visíveis as marcas do tempo no corpo exposto, dos objetos-máquinas que se tornam aterrorizantes e agressivos como também os animais e alimentos na busca irrupção do doméstico na cena pública, ou vice-versa, do caráter grave e sério das situações narradas, enfim, do sufoco que resulta da ausência de espaço, ou melhor, do seu espaço rigidamente compartimentado. Tudo isso pode ser desagradável, mas exerce, ao mesmo tempo, uma poderosa atração. Somos colhidos pela obra, tomados por uma sensação de estranhamento. Estranheza que cresce à medida que vemos desfilar, quadro a quadro, como num palco, alguns conhecidos atores da cena política brasileira. Figuras que pareciam guardadas em algum compartimento escuro de nossa memória ou transformadas já em documentos, fotos, microfilmes, anais, mas que irrompem subitamente na tela/palco, como se estivessem vivos. Ou seriam fantasma projetados no ecran da tela? Estas caras (ou seriam máscaras), estes gestos quase sempre retóricos, por vezes cômicos ou trágicos, estas posturas e olhares, estas mãos e dedos ameaçadores surgem quase perturbadores, incômodos, mas também fascinantes. E nosso mal-estar (ou fascínio) crescerá à medida que formos penetrando no clima de trabalho, assim como a medida que identificamos os atores e cenários (épocas) nos quais atuaram, identificamos, também o seu papel".
Frederico Morais
JOÃO Câmara Filho: cenas da vida brasileira: 1930/1954. Apresentação de Frederico Morais. São Paulo: MASP, 1976. n. p.
"(...) Séries foram, mais ou menos extensas no tempo e na quantidade, as Pseudopersonas Nacionais, retratos entre a introspecção e a ironia, a partir de 1969 e se cristalizando em 1974; as Variações Imperiais, narrativas sarcasticamente bombásticas em torno de Dom Pedro I, ao longo de 1970; e as recentes Cenas da Vida Brasileira 1930-1954, de pinturas e litografias executadas no período de 1974 a 1976, reinventando o documentário de personagens e cenas que marcaram faixa tão importante da história nacional contemporânea. Tanto quanto nos quadros de fora e de entremeio a essas três séries, persistiu por todos os momentos em João Câmara um realismo crítico, mágico e telúrico, sob envoltórios simultaneamente surrealizantes e conceituais. Há uma idéia, uma espinha dorsal, percorrendo de um ponto ao outro essa pintura ora sombria, ora vibrante, deformante ou fotográfica na manipulação da anatomia humana. Há também, ali, a busca de dimensão do painel, como se o artista nos quisesse situar de novo na ancestralidade dos reinos do Sol e no monumentalismo engajado da tradição mexicana de nosso século. Agrupando elementos contrapostos, trata-se de obra em que o arcaico e o contemporâneo, o nacional e o universal se misturam num impulso inevitável e contundente. Nela, embora a terra esteja de algum modo presente, nada há de regionalismo, no sentido puramente documental do termo; o exótico pelo exótico não atrai João Câmara, mas sim as violências da defasagem entre o primitivo e o tecnológico".
Roberto Pontual
BARIL: pintura. Apresentação de Marinho Neto. Vitória: Galeria de Arte e Pesquisa da UFES, 1987.
"João Câmara emerge na cena artística brasileira em meados da década de 60 como uma revelação de Pernambuco, onde reside, em meio a uma fértil geração de artistas desse Estado. Ainda em 1967 participa da Bienal de Córdoba, na Argentina, com obras de grande força e vitalidade, com figuras marcantes a nos reportar a personagens como super-heróis de histórias em quadrinhos em composição acumulada e violenta. Entre 1974 e 1976 realiza sua grande obra serial Cenas da Vida Brasileira - 1930-1954, constituída por dez painéis e cem litografias, tendo como tema o período Vargas. Psicólogo formado, tendo já exercido a crítica de arte, o intelectualismo permeia o processo de criação da pintura de Câmara, que teria sempre a temática como ponto de partida para suas realizações (O Baile da Ilha Fiscal, 1979; Carisma/Quaresma, 1981; e Retrato de Família, de 1981, também objetivaram temas específicos). Após as Cenas, João Câmara desenvolve Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara, grandes painéis, igualmente acompanhados de litografias mais livres, e que resultam de um jogo de símbolos com uma iconografia intrigante em composição, em que sempre, como em toda a sua obra, o desenho realista é rompido e interceptado por outros planos, embora com um realismo também implícito. Tiradentes é sua recente realização a partir de uma temática histórica. (...)"
Aracy Amaral
AMARAL, Aracy A. , org. Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo: perfil de um acervo. Prefácio de Ana Mae Barbosa. Textos de Aracy Amaral e Sônia Salzstein Goldberg. São Paulo: Techint Engenharia: Ex Libris, 1988.
"Desde o iníco de sua produção, João Câmara revela total obsessão pelo retrato e pelo corpo humano, submentendo-os, na maioria das vezes, a estranhas deformações e ambigüidades. Cria metáforas com as quais ironiza a hipocrisia burguesa, as mazelas do poder e a vulnerabilidade da relação entre os homens. Daí seus códigos poéticos exigirem que o observador se detenha num diálogo atento e numa percepção curiosa para desenredar a trama desse labirinto.
Em algumas obras, arquiteta cenas e cenários em que as figuras se projetam com tal verossimilhança, como se estivessem vivas no écran da tela para nos encarar, provocar e desafiar. Mais lentamente, vamo-nos dando conta dos paradoxos e da blague, seja pelo ridículo das atitudes e ações, seja pelas amputações, torções e rotações que imprime ao corpo ou a partes dele.
Sem que lhe possamos negar singularidades intransferíveis, essa imagística universal de Câmara deixa transparecer, também, as raízes culturais do autor e o forte resíduo regionalista, seja nas cores, às vezes incendiárias, na extravagância das estampas dos tecidos e na decoração kitsch, seja na ação dominadora do homem em relação à mulher, na erotização e particularidade dos corpos. É através desse contexto que traduz a sua maneira de ver, pensar e sentir, pondo em destaque valores, aspirações, mazelas e contradições humanas".
Almerinda da Silva Lopes
LOPES, Almerinda da Silva. João Câmara. Prefácio Annateresa Fabris. Sao Paulo : Edusp, 1995. p. 54.
Depoimentos
"No nosso grupo [em Recife] havia uma preocupação com a figura que devia passar pelo espírito do grotesco, pela caricatura política. [...] Nesta época minha pintura [...] possuía uma manipulação da imagem surrealista, mas eu não estava interessado nos contrastes propostos pelos surrealistas. Estava mais interessado nas similitudes. Eu não sou surrealista, sou obsceno. Estou interessado no grau de aproximação das coisas".
João Câmara a Wilson Coutinho - 1979
COUTINHO, Wilson. O brilho fugaz da história. Arte Hoje. Rio de Janeiro, nov. 1979. p. 22.
"A caricatura de Angelo de Agostini na Semana Ilustrada, toda a gesta do Império, da luta republicana, essas coisas estão próximas. [...] A caricatura, como comédia dell´arte, é própria do teatro, então me serviu muito. E são situações armadas, como a caricatura é: caricare, colocar sobre, armar, criar situações, criar na máscara. [...] [A caricatura] não me serviu como modelo plástico, mas como modelo de ordem crítica, de disposição crítica, de possibilidade de agudização crítica, pois, afinal de contas, a luta dos republicanos e liberais era muito próxima: classificar o campo obscuro da monarquia. [...] A escolha do sistema do espaço que eu faço não é nem um espaço arcaizante, embora haja dados arcaicos, nem é um espaço 'modernista', embora haja elementos de modernidade, ou de contemporaneidade".
João Câmara a Frederico Morais - 1980
MORAIS, Frederico; LIMA SOBRINHO, Barbosa. Cenas da Vida Brasileira: 1930/1954, 10 pinturas e 100 litografias de João Câmara Filho. Recife: Prefeitura Municipal. 1980. p. 33.
"[...] No último quadro da série Cenas da Vida Brasileira - no que eu estou na frente de Getúlio -, mas era necessário, porque a pintura do último painel é um confronto de um autor de uma fantasia sobre um período verdadeiro... então o quadro é separado em duas partes, e tem um momento verdadeiro, que é Vargas morto, mas dentro do meu ateliê, comigo presente. [...] É fato que o autor é a medida da sua obra, então ele está presente como um testemunho. [...]
O problema da pintura narrativa é a diferenciação entre a pintura narrativa e a pintura ilustrativa. A ilustrativa procura traduzir por meios visuais uma idéia verbal, e na narrativa se institui uma conduta oralizada a partir de uma visualidade, é a figuração que determina a oralidade, ela não interpreta a oralidade".
João Câmara a José Manoel Júnior - 11 de julho de 1991
MANOEL Júnior, José. Alguns risos de Câmara. Jornal do Comércio, Recife, 11 de jul. 1991.
Exposições Individuais
1963 - João Pessoa PB - Primeira individual, na Galeria de Arte Contemporânea da Universidade da Paraíba
1966 - Recife PE - Individual, na Galeria Conciliação
1966 - Recife PE - Individual, na Galeria Ônix
1968 - Recife PE - Individual, na Galeria da Empetur
1970 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino
1972 - Recife PE - Individual, na Galeria Degrau
1972 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte Ipanema
1973 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino
1974 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - Cenas da Vida Brasileira: 1930/1954, no MAM/RJ
1976 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino
1976 - São Paulo SP - Cenas da Vida Brasileira: 1930/1954, no Masp - Prêmio APCA
1978 - Cidade do México (México) - Cenas da Vida Brasileira: 1930/1954, na Galeria Juan Martín
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino
1983 - Rio de Janeiro RJ - Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara: pinturas, montagens, litografias, objetos, no MAM/RJ
1983 - São Paulo SP - Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara: pinturas, montagens, litografias, objetos, no MAC/USP
1984 - Olinda PE - Dez Casos de amor e uma Pintura de Câmara, no MAC/Olinda
1984 - São Paulo SP - Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara, na Galeria São Paulo
1984 - Salvador BA - Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara, no Museu de Arte da Bahia
1984 - Belo Horizonte MG - Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara, no Palácio das Artes
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Anna Maria Niemeyer Art Interiores
1987 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Montesanti Roesler
1988 - Berlim (Alemanha) - Individual, no Staatliche Kunsthalle
1988 - Curitiba PR - Individual, na Fundação Cultural de Curitiba
1988 - Curitiba PR - João Câmara Filho: litografias, no MAC/PR
1989 - Fortaleza CE - Tango em Maracorday e os papéis do amigo do povo, na Galeria Multiarte
1990 - Berlim (Alemanha) - Gêneros, na Galeria Poll
1990 - Recife PE - Individual, na Galeria Metropolitana Aloísio Magalhães
1990 - São Paulo SP - Gêneros, na Galeria de Arte São Paulo
1991 - Recife PE - Riscos, na Galeria Vicente do Rego Monteiro
1993 - Paris (França) - Individual, na Maison de L'Amérique Latine
1994 - Copenhague (Dinamarca) - João Câmara: além das circunstâncias, no Museu Charlottenborg
1994 - São Paulo SP - João Câmara: além das circunstâncias, na Galeria do Sesc Pompéia
1994 - Oslo (Noruega) - Cenas da Vida Brasileira: pinturas, no Henie Onstad Kunstsenter
1994 - Potsdam (Alemanha) - Individual, na Galeria Kulturhaus Altes Rathaus
1995 - São Paulo SP - Cenas em Preto e Branco, no MAC/USP
1995 - São Paulo SP - João Câmara, na Dan Galeria
1996 - Assunção (Paraguai) - Escenas de La Vida Brasileña, no Centro Cultural da Embaixada do Brasil
1996 - Miami (Estados Unidos) - João Câmara in America, na Lucio Rodrigues Gallery
1996 - Recife PE - Exposição Virtual de João Câmara - apresentação e acesso via internet à homepage do artista, no Instituto de Arte Contemporânea
1997 - Nova York (Estados Unidos) - João Câmara: recent paintings, na Neuhoff Gallery
1998 - Recife PE - Cenas da Vida Brasileira: 1930/1945, no Mamam
2002 - Rio de Janeiro RJ - Duas Cidades, no MNBA
2002 - São Paulo SP - Duas Cidades, na Pinacoteca do Estado
Exposições Coletivas
1961 - Recife PE - 3ª Mostra Coletiva da Galeria Rozenblit, na Galeria Rozenblit
1962 - Belo Horizonte MG - Salão Universitário de Belo Horizonte - 1º prêmio em pintura e 2º prêmio em desenho
1962 - Recife PE - 21º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco
1962 - Recife PE - Salão do Estado de Pernambuco - 1º prêmio em pintura
1963 - Salvador BA - Artistas do Nordeste, no MAM/BA
1964 - Olinda PE - Exposição do Atelier da Ribeira, no Atelier da Ribeira
1964 - Recife PE - 23º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco
1964 - Recife PE - Salão do Estado de Pernambuco - prêmio em gravura
1965 - Porto Alegre RS - Seis Artistas Pernambucanos, no Margs
1966 - Córdoba (Argentina) - 3ª Bienal Americana de Arte - Placa de Ouro da Bolsa de Comércio de Córdoba
1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas - prêmio aquisição
1967 - Brasília DF - 4º Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, no Teatro Nacional Cláudio Santoro - grande prêmio
1967 - São Paulo SP - Oficina Pernambucana, no MAC/USP
1968 - Salvador Ba - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA - sala especial
1969 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Seletiva da Bienal de Paris, no MAM/RJ
1969 - Rio de Janeiro RJ - 18º Salão Nacional de Arte Moderna
1969 - São Paulo SP - 10ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1970 - Rio de Janeiro RJ - 19º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1970 - Rio de Janeiro RJ - Arte Contemporânea Brasileira, no Banco de Boston
1970 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1970 - São Paulo SP - Arte Contemporânea, no MAM/RJ
1971 - Rio de Janeiro RJ - 9º Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
1971 - Rio de Janeiro RJ - 20º Salão Nacional de Arte Moderna
1972 - Rio de Janeiro RJ - 21º Salão Nacional de Arte Moderna, no MEC
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1972 - São Paulo SP - Doações e Aquisições Recentes, no MAC/USP
1973 - Rio de Janeiro RJ - O Rosto e a Obra, na Galeria do Ibeu
1973 - São Paulo SP - 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975 - Medellín (Colômbia) - Bienal de Medellín - Coltejar - artista convidado
1976 - Buenos Aires (Argentina) - 20 Artistas Brasileiros, no Centro de Arte y Comunicación
1976 - Cali (Colômbia) - 3ª Bienal Americana de Artes Gráficas, no Museo de Arte Moderno La Tertulia
1976 - Campinas SP - 10º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no MACC
1976 - Florença (Itália) - 5ª Biennalle Internazionale della Gráfica d'Arte
1976 - São Paulo SP - O Desenho em Pernambuco, na Galeria Nara Roesler
1977 - São Paulo SP - 9º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1978 - Curitiba PR - 1ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba, no Centro de Criatividade
1979 - Curitiba PR - 2ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba, no Centro de Criatividade
1979 - São Paulo SP - 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1980 - Belo Horizonte MG - Destaque Hilton de Pintura, na Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
1980 - Brasília DF - Destaque Hilton de Pintura, na Fundação Cultural do Distrito Federal
1980 - Cidade do México (México) - 2ª Bienal Iberoamericana de Arte
1980 - Curitiba PR - Destaque Hilton de Pintura, no Teatro Guaíra
1980 - Porto Alegre RS - Destaque Hilton de Pintura, no Margs
1980 - Rio de Janeiro RJ - Destaque Hilton de Pintura, no MAM/RJ
1980 - Santiago (Chile) - 20 Pintores Brasileños, na Academia Chilena de Bellas Artes
1981 - São Paulo SP - Artistas Contemporâneos Brasileiros, no Escritório de Arte São Paulo
1982 - Belo Horizonte MG - 14º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte, no MAP
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Inglaterra) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery
1982 - Rio de Janeiro RJ - Universo do Futebol, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Brasília DF - Brasilidade e Independência, no Teatro Nacional Cláudio Santoro
1985 - Rio de Janeiro RJ - Seis Décadas de Arte Moderna: Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial
1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1985 - São Paulo SP - 7 Pintores da Arte Contemporânea Brasileira, na Galeria de Arte Portal
1986 - Brasília DF - Pernambucanos em Brasília, na ECT Galeria de Arte
1986 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Mostra Christian Dior de Arte Contemporânea: pintura, no Paço Imperial
1987 - Brasília DF - Arte sobre Papel, na Galeria Contemporânea de Arte
1987 - Olinda PE - Litografia - Oficina Guainases de Gravura - Olinda, na Galeria de Arte Alvaro Conde
1987 - Paris (França) - Modernidade: arte brasileira do século XX, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand , no MAM/RJ
1987 - São Paulo SP - 18º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1987 - São Paulo SP - Arte sobre Papel, no MAM/SP
1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, no Sesc
1987 - São Paulo SP - Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1987 - Vitória ES - Oficina Guainases de Gravura, na Galeria Álvaro Conde
1988 - Curitiba PR - Mostra da Gravura Cidade de Curitiba
1988 - Rio de Janeiro RJ - Le Déjeuner sur l'Art: Manet no Brasil, na EAV/Parque Lage
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX , no MAM/SP
1988 - São Paulo SP - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, no Sesc Pompéia
1989 - Copenhague (Dinamarca) - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, no Museu Charlottenborg
1989 - Curitiba - 8ª Mostra de Gravura Cidade de Curitiba, na Fundação Cultural
1989 - Fortaleza CE - Arte Brasileira dos Séculos XIX e XX nas Coleções Cearenses: pinturas e desenhos, no Espaço Cultural da Unifor
1989 - Juiz de Fora MG - Cada Cabeça uma Sentença, no Museu Mariano Procópio
1989 - Lisboa (Portugal) - Seis Décadas de Arte Moderna Brasileira: Coleção Roberto Marinho, na Fundação Calouste Gulbenkian
1989 - Rio de Janeiro RJ - 8 Artistas Pintam a Revolução Francesa, na Casa de Cultura Laura Alvim
1989 - Rio de Janeiro RJ - Gravura Brasileira: 4 temas, na EAV/Parque Lage
1989 - São Paulo SP - As Mesas, na Ranulpho Galeria de Arte
1989 - São Paulo SP - Trinta e Três Maneiras de Ver o Mundo, na Ranulpho Galeria de Arte
1990 - Atami (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea
1990 - Brasília DF - Brasília, 30 Anos, na Performance Galeria
1990 - Brasília DF - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea
1990 - João Pessoa PB - 2ª Arte Atual Paraibana, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba
1990 - Rio de Janeiro RJ - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea
1990 - São Paulo SP - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea, na Fundação Brasil-Japão
1990 - Sapporo (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea
1990 - Tóquio (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea
1991 - São Paulo SP - Chico e os Bichos, na Ranulpho Galeria de Arte
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1ª A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - As Artes do Poder, no Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - Eco Art, no MAM/RJ
1992 - São Paulo SP - Anos 60/70: coleção Gilberto Chateaubriand/Museu de Arte Moderna, na Galeria de Arte do Sesi
1992 - São Paulo SP - Representações: presenças decisivas, no Paço das Artes
1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Funesc
1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA
1994 - Lisboa (Portugal) - Além da Taprobana: a figura humana nas artes plásticas dos países de língua portuguesa, na Sociedade Nacional de Belas Artes
1994 - Rio de Janeiro RJ - Além da Taprobana: a figura humana nas artes plásticas dos países de língua portuguesa, no Museu Nacional de Belas Artes
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Os Novos Viajantes, no Sesc Pompéia
1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, no Metrô
1995 - Brasília DF - Coleções de Brasília, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty
1995 - Rio de Janeiro RJ - Além da Taprobana: a figura humana nas artes plásticas dos países de língua portuguesa
1995 - São Paulo SP - Projeto Contato, na Galeria Sesc Paulista
1996 - Belém PA - 15º Salão Arte do Pará, no Museu de Arte do Belém
1996 - Belém PA - Salão Arte Pará, no Museu do Estado Palácio Lauro Sodré
1996 - Leverkusen (Alemanha) - Brasilianische Kunst der Gegenwart, no Bayer AG - Foyer Hochhaus W1
1996 - Dormagen (Alemanha) - Brasilianische Kunst der Gegenwart, na Bayer AG - Feierabendhaus
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira Contemporânea (1996 : São Paulo, SP) - Museu de Arte Moderna (Ibirapuera, São Paulo, SP)
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira Contemporânea, no MAM/SP
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo do MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP
1996 - São Paulo SP - Figura e Paisagem no Acervo do MAM: homenagem a Volpi, no MAM/SP
1997 - Goiânia GO - Brasilidade: coletânea de artistas brasileiros, na Galeria de Arte Marina Potrich
1997 - Porto Alegre RS - 1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, na Aplub; na Casa de Cultura Mário Quintana; no DC Navegantes; Edel; na Usina do Gasômetro; no Instituto de Artes da UFRGS; na Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul; no Margs; no Espaço Ulbra; no Museu de Comunicação Social; na Reitoria da UFRGS e no Theatro São Pedro
1997 - Porto Alegre RS - Cildo Meireles e João Câmara, na UFRGS. Reitoria
1997 - Porto Alegre RS - Vertente Política, na Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
1997 - Recife PE - Ver o Verso, no Mamam
1998 - Cuenca (Equador) - 6ª Bienal Internacional de Cuenca - menção honrosa
1998 - Niterói RJ - Espelho da Bienal, no MAC/Niterói
1998 - São Paulo SP - A Arte de Expor Arte (1998 : São Paulo, SP) - Museu de Arte Moderna (Ibirapuera, São Paulo, SP)
1998 - São Paulo SP - Figurações: 30 anos de arte brasileira, no MAC/USP
1998 - São Paulo SP - Fronteiras, no Itaú Cultural
1998 - São Paulo SP - Obras em Destaque, na Dan Galeria
1999 - Belém PA - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Rua Boaventura da Silva x Av. Doca de Souza Franco
1999 - Belo Horizonte MG - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Contorno x Av. Amazonas
1999 - Campinas SP - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual
1999 - Campo Grande MS - Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Afonso Pena x R. Treze de Maio
1999 - Cuiabá MT - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Fernando Correia da Costa, s/n
1999 - Goiânia GO - 2ª Grande Coletiva de Arte Brasileira, na Galeria de Arte Marina Potrich
1999 - Jundiaí SP - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Nove de Julho, 1400
1999 - Manaus AM - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Paraíba x Rua Efigênio Sales
1999 - Osasco SP - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. dos Autonomistas, altura do nº 2973
1999 - Porto Alegre RS - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Goethe x Rua Mostardeiro e Rua Vinte e Quatro de Outubro x Rua Bordini
1999 - Recife PE - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual
1999 - Ribeirão Preto SP - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Presidente Vargas, 915
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Cícero Dias e João Câmara: gravadores pernambucanos, na Versailles Galeria de Arte
1999 - Rio de Janeiro RJ - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Venceslau Brás x R. General Severiano; na Radial Oeste, próximo à Praça da Bandeira e no Largo do Humaitá
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - Salvador BA - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Tancredo Neves, 805
1999 - Santo André SP - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na R. Dom Pedro II x R. Catequese
1999 - Santos SP - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual
1999 - São Paulo SP - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Cidade Jardim x Av. Brig. Faria Lima Faria Lima; na Av. Brig. Faria Lima x Av. Rebouças; Av. Eng. Luís Carlos Berrini x Av. Águas Espraiadas; na Rua Vergueiro x Av. Paulista; na Av. Juscelino Kubitschek x Av. Brig. Faria Lima e na Av. Paulista x Al. Campinas
1999 - São Vicente SP - 3ª Eletromidia de Arte: exposição virtual, na Av. Presidente Wilson x Av. Antônio Emmerich
2000 - Recife PE - Ateliê Pernambuco: homenagem a Bajado e acervo do Mamam, no Mamam
2000 - Rio de Janeiro RJ - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Negro de Corpo e Alma, na Fundação Casa França-Brasil
2000 - Rio de Janeiro RJ - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Carta de Pero Vaz de Caminha, no Museu Histórico Nacional
2000 - São Paulo SP - Almeida Júnior: um artista revisitado, na Pinacoteca do Estado
2000 - São Paulo SP - Ars Erótica: sexo e erotismo na arte brasileira, no MAM/SP
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Investigações. A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural
2000 - São Paulo SP - Os Anjos Estão de Volta, na Pinacoteca do Estado
2001 - Brasília DF - Investigações. A Gravura Brasileira, na Galeria Itaú Cultural
2001 - Penápolis SP - Investigações. A Gravura Brasileira, na Geleria Itaú Cultural
2003 - Recife PE - Ver de Novo/Ver o Novo, no Mamam
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - Entre Aberto, na Gravura Brasileira
2003 - São Paulo SP - Negras Memórias, Memórias de Negros: o imaginário luso-afro-brasileiro e a herança da escravidão, na Galeria de Arte do Sesi
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
Fonte: Itaú Cultural