Hélio Oiticica

Obras de arte disponíveis

Hélio Oiticica - Seja Marginal - Seja Herói

Seja Marginal - Seja Herói

serigrafia sobre tecido
1968/2012
92 x 110 cm

Biografia

Hélio Oiticica (Rio de Janeiro RJ 1937 - idem 1980)

Artista performático, pintor e escultor

Iniciou estudos de pintura com o irmão César Oiticica, estudos de pintura e desenho com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em 1954. Nesse ano, escreve seu primeiro texto sobre artes plásticas; a partir daí o registro escrito de reflexões sobre arte e sua produção torna-se um hábito. Participa do Grupo Frente em 1955 e 1956 e, em 1959, passa a integrar o Grupo Neoconcreto. Abandona os trabalhos bidimensionais e cria relevos espaciais, bólides, capas, estandartes, tendas e penetráveis. Em 1964, começa a fazer as chamadas Manifestações Ambientais. Na abertura da mostra Opinião 65, no MAM/RJ, protesta quando seus amigos integrantes da escola de samba Mangueira são impedidos de entrar, e é expulso do museu. Realiza, então, uma manifestação coletiva em frente ao museu, na qual os Parangolés são vestidos pelos amigos sambistas. Participa das mostras Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira, apresentando, nesta última, a manifestação ambiental Tropicália. Em 1968, realiza no Aterro do Flamengo a manifestação coletiva Apocalipopótese, da qual fazem parte seus Parangolés e os Ovos, de Lygia Pape. Em 1969, realiza na Whitechapel Gallery, em Londres, o que chama de Whitechapel Experience, apresentando o projeto Éden. Vive em Nova York na maior parte da década de 1970, período no qual é bolsista da Fundação Guggenheim e participa da mostra Information, no Museum of Modern Art - MoMA. Retorna ao Brasil em 1978. Após seu falecimento, é criado, em 1981, no Rio de Janeiro o Projeto Hélio Oiticica, destinado a preservar, analisar e divulgar sua obra, dirigido por Lygia Pape, Luciano Figueiredo e Waly Salomão. Entre 1992 e 1997, o Projeto HO realiza grande mostra retrospectiva, que é apresentada nas cidades de Roterdã, Paris, Barcelona, Lisboa, Mineápolis e Rio de Janeiro. Em 1996, a Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro funda o Centro de Artes Hélio Oiticica, para abrigar todo o acervo do artista e colocá-lo à disposição do público. Em 2009 um incêndio na residência de César Oiticica, destrói parte do acervo de Hélio Oiticica.

Comentário Crítico

Hélio Oiticica é um artista cuja produção se destaca pelo caráter experimental e inovador. Seus experimentos, que pressupõem uma ativa participação do público, são, em grande parte, acompanhados de elaborações teóricas, comumente com a presença de textos, comentários e poemas. Pode-se, de acordo com o crítico Celso Favareto,1 identificar duas fases na obra de Oiticica: uma mais visual, que tem início em 1954 na arte concreta e vai até a formulação dos Bólides, em 1963, e outra sensorial, que segue até 1980.

Seu avô José Oiticica, filólogo e anarquista, influencia sua formação. Por opção familiar, não frequenta escolas na infância. Recebe educação formal a partir de 1947, quando seu pai, o fotógrafo e docente da Faculdade de Medicina e do Museu Nacional da Universidade do Brasil, José Oiticica Filho, ganha bolsa da Fundação Guggenheim e a família se transfere para Washington D.C.

Ao voltar para o Brasil, Hélio Oiticica inicia, em 1954, estudos de pintura com Ivan Serpa, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Essas aulas são essenciais porque possibilitam a Oiticica o contato com materiais variados e liberdade de criação. Em 1957, inicia a série de guaches sobre papel denominada, nos anos 1970, Metaesquemas. Segundo Oiticica, essas pinturas geométricas são importantes por já apresentar o conflito entre o espaço pictórico e o espaço extra-pictórico, prenunciando a posterior superação do quadro.

Com as Invenções, de 1959, o artista marca o início da transição da tela para o espaço ambiental, o que ocorre nesse ano com os Bilaterais - chapas monocromáticas pintadas com têmpera ou óleo e suspensas por fios de nylon - e os Relevos Espaciais, suas primeiras obras tridimensionais. Nessa época produz textos sobre seu trabalho, sobre a arte construtiva e as experiências de Lygia Clark. Embora não tenha participado da 1ª Exposição Neoconcreta nem assinado o Manifesto Neoconcreto, em 1960 participa da 2ª Exposição Neoconcreta no Rio de Janeiro e pensa sua produção em relação à Teoria do Não-Objeto, de Ferreira Gullar.

Em 1960, cria os primeiros Núcleos, também denominados Manifestações Ambientais e Penetráveis, placas de madeira pintadas com cores quentes penduradas no teto por fios de nylon. Neles tanto o deslocamento do espectador quanto a movimentação das placas passam a integrar a experiência. Em continuidade aos projetos, Oiticica constrói, em 1961, a maquete do seu primeiro labirinto, o Projeto Cães de Caça, composto de cinco Penetráveis, o Poema Enterrado, de Ferreira Gullar, e o Teatro Integral, de Reynaldo Jardim. É uma espécie de jardim em escala pública para a vivência coletiva que envolve tanto a relação com a arquitetura quanto com a natureza. A maquete é exposta, no mesmo ano, no MAM/RJ, com texto de Mário Pedrosa, mas a obra nunca chega a ser construída. Até esse período sua obra é primordialmente visual. O espectador está presente nos Núcleos, mas há um desenvolvimento dessa questão com suas primeiras estruturas manuseáveis, os Bólides - recipientes que contêm pigmento - resultado, em 1963, da vontade de dar corpo à cor e acrescentar à experiência visual outros estímulos sensoriais.

No fim da década de 1960 é levado pelos colegas Amilcar de Castro e Jackson Ribeiro a colaborar com a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Envolve-se com a comunidade do Morro da Mangueira e dessa experiência nascem os Parangolés. Trata-se de tendas, estandartes, bandeiras e capas de vestir que fundem elementos como cor, dança, poesia e música e pressupõem uma manifestação cultural coletiva. Posteriormente a noção de Parangolé é ampliada: "Chamarei então Parangolé, de agora em diante, a todos os princípios formulados aqui [...]. Parangolé é a antiarte por excelência; inclusive pretendo estender o sentido de 'apropriação' às coisas do mundo com que deparo nas ruas, terrenos baldios, campos, o mundo ambiente enfim [...]".

Em 1967, as questões levantadas com o Parangolé desembocam nas Manifestações Ambientais com destaque para as obras Tropicália, 1967, Apocalipopótese, 1968, e Éden 1969. A Tropicália apresentada na exposição Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ, é considerada o apogeu de seu programa ambiental - é uma espécie de labirinto sem teto que remete à arquitetura das favelas e em seu interior apresenta um aparelho de TV sempre ligado. Depois que o compositor Caetano Veloso passa a usar o termo tropicália como título de uma de suas canções, ocorrem diversos desdobramentos na música popular brasileira e na cultura que ficam conhecidos como tropicalismo.

O Projeto Éden - composto de Tendas, Bólides e Parangolés como proposições abertas para a participação e vivências individuais e coletivas - é apresentado em Londres em 1969, na Whitechapel Gallery. Considerada sua maior exposição em vida, é organizada pelo crítico inglês Guy Brett e apelidada de Whitechapel Experience. Com essa espécie de utopia de vida em comunidade, surge a proposição Crelazer, ligada à percepção criativa do lazer não repressivo e à valorização do ócio. Em 1970, na exposição Information realizada no Museum of Modern Art - MoMA em Nova York, Oiticica desenvolve a idéia dos Ninhos como células em multiplicação ligadas ao crescimento da comunidade. Depois de breve período no Rio de Janeiro, em 1970, ganha bolsa da Fundação Guggenheim e instala-se em Nova York, fazendo de suas residências grandes Ninhos.

Em Nova York, inicia os projetos ambientais chamados de Newyorkaises, entre eles alguns labirintos do programa Subterranean Tropicália Projects. Retoma os Parangolés, propondo seu uso no metrô da cidade, com ênfase não mais no samba, mas no rock. Nos anos 1970, escreve demonstrando sua admiração por astros pop - Jimi Hendrix, Janis Joplin, Yoko Ono, Mick Jagger e os Rolling Stones, entre outros. Insatisfeito com o cinema como espetáculo e a passividade do espectador, elabora Cosmococa - programa in progress. Trata-se de nove blocos, alguns feitos com o cineasta brasileiro Neville d'Almeida e Thomas Valentin, e outros como proposta para amigos, denominados quase-cinema. São basicamente filmes não narrativos, produzidos com base em slides e trilha sonora, projetados em ambientes especialmente criados para eles e com instruções para participação. Em Nova York, o artista inicia alguns filmes em Super-8, como o inacabado Agripina é Roma Manhattan, entre dezenas de projetos de Penetráveis.

Volta ao Brasil em 1978 e participa de alguns eventos coletivos, como o Mitos Vadios, organizado pelo artista plástico Ivald Granato. No ano seguinte, organiza o acontecimento poético-urbano Caju-Kleemania, proposta para participação coletiva no bairro do Caju, no Rio de Janeiro. Em homenagem a Paul Klee, realiza o contrabólide Devolver a Terra à Terra, que consiste em trazer terra preta de um lugar e colocá-la numa fôrma quadrada sem fundo sobre uma terra de outra coloração. Em 1980, ano de sua morte, propõe o segundo acontecimento poético-urbano Esquenta pr'o Carnaval, no Morro da Mangueira.

Notas
1 FAVARETTO, Celso. A Invenção de Hélio Oiticica. São Paulo: Edusp, 1992. p. 49.
2 OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 79.

Críticas

"Arte ambiental é como Oiticica chamou sua arte. Não é com efeito outra coisa. Nela nada é isolado. Não há uma obra que se aprecie em si mesma, como um quadro. O conjunto perceptivo sensorial domina. Nesse conjunto criou o artista uma 'hierarquia de ordens' - relevos, núcleos, bólides (caixas) e capas, estandartes, tendas ('parangolés') - 'todas dirigidas para a criação de um mundo ambiental'. Foi durante iniciação ao samba, que o artista passou da experiência visual, em sua pureza, para uma experiência do tato, do movimento, da fruição sensual dos materiais, em que o corpo inteiro, antes resumido na aristocracia distante do visual, entra como fonte total da sensorialidade. (...) Dir-se-ia que o artista passa às mãos que tateiam e mergulham, por vezes enluvadas, em pó, em carvão, em conchas, a mensagem de rigor, de luxo e exaltação que a visão nos dava. Assim ele deu a volta toda ao círculo da gama sensorial-táctil, motora. A ambiência é de saturação virtual, sensória. 
O artista se vê agora, pela primeira vez, em face de outra realidade, o mundo da consciência, dos estados de alma, o mundo dos valores. Tudo tem de ser agora enquadrado num comportamento significativo. Com efeito, a pura e crua totalidade sensorial, tão deliberadamente procurada e tão decisivamente importante na arte de Oiticica, é afinal marejada pela transcendência a outro ambiente. Nesse, o artista, máquina sensorial absoluta, baqueia vencido pelo homem, convulsivamente preso nas paixões sujas do ego e na trágica dialética do encontro social. Dá-se, então, a simbiose desse extremo, radical refinamento estético com um extremo radicalismo psíquico, que envolve toda a personalidade. O inconformismo estético, pecado luciferiano, e o inconformismo psíquico social, pecado individual, se fundem. A mediação para essa simbiose de dois inconformismos maniqueístas foi a escola de samba da Mangueira. (...)
A beleza, o pecado, a revolta, o amor dão à arte desse rapaz um acento novo na arte brasileira. Não adiantam admoestações morais. Se querem antecedentes, talvez este seja um: Hélio é neto de anarquista".
Mário Pedrosa
PEDROSA, Mário. Arte ambiental, arte pós-moderna, Hélio Oiticica. In: ______. Dos murais de Portinari aos espaços de Brasília. Organização Aracy Amaral. São Paulo: Perspectiva, 1981. p. 207-208. Texto originalmente publicado em Correio da Manhã, 26 de jun. 1966.

"As preocupações cromáticas de seu neoconcretismo foram inicialmente conduzidas para a série dos Núcleos, espaços formados com os planos de cor. Seguiram-se os Penetráveis, com seus trajetos labirínticos sugestivos, a exemplo do Projeto Cães de Caça, advindo depois os Bólides, caixas de madeira pintada ou transparentes revelando pigmentos contidos (que se engavetam), exprimindo uma 'manifestação da cor no espaço'. O Parangolé, capas de vestir que envolvem passistas de uma escola de samba e ele próprio, preludiou Tropicália, apresentada no MAM do Rio em 1967, ambiente constituído com a presença de elementos da flora e da fauna brasileiras".
Walter Zanini
ZANINI, Walter (Org. ). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães, 1983. v. 2, p. 675.

"Hélio Oiticica é um dos casos raros na arte brasileira onde o artista elabora teorias, conceitua e pensa a própria obra. Assim o fez desde os anos de aprendizado e desenvolveu uma forma própria como sua poética, ao longo de toda a sua trajetória. Para Oiticica, escrever foi inicialmente um meio de 'fixar' questões essenciais no campo da arte e isto está bem claro em seus primeiros textos, curtos e ainda sob a forma de diário. Oiticica participou ativamente de um dos períodos mais fortes da crítica de arte no Brasil: os anos neoconcretos. A própria produção de obras nesse período demandou, por parte da crítica de arte, uma conceituação inteiramente voltada para as questões novas que as obras apresentavm, disso resultando uma feliz impregnação entre obras e idéias, que instaurou uma nova maneira de ver e sentir a obra de arte. (...) 
Finda a Experiência Neoconcreta (enquanto movimento), Oiticica, em crescente produção e descobertas, ativa seu potencial teórico que irá visceralmente acompanhar cada obra e invenção. A partir de 1960, teoriza e conceitua a própria obra: se durante o período Neoconcreto as obras nomeadas por ele mesmo como Bilaterais e Relevos Espaciais situavam-se dentro da conceituação e teoria Não Objeto de Ferreira Gullar, a produção seguinte inaugura 'ordens de manifestações ambientais', com a criação de Núcleos e Penetráveis, acompanhados de textos específicos escritos pelo próprio Oiticica. Nomeando cada descoberta e dando-lhe conceituação específica, adquire domínio e controle total sobre sua produção. Intensificando essa prática, vai desenvolvendo-se e refinando-se como teórico e, nessa progressão, escrever passa a ser uma forma a mais em sua expressão, a ponto de obra e texto caminharem juntos a partir de então".
Luciano Figueiredo
FIGUEIREDO, Luciano. Introdução. In: OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Introdução Luciano Figueiredo; Mário Pedrosa; compilação Luciano Figueiredo; Lygia Pape; Wally Salomão. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 5-6.

"A dupla inscrição da atividade de Oiticica desenha um percurso moderno de sentido épico: um esforço deliberado em reativar intuições primárias do suprematismo, do construtivismo, do neoplasticismo e datar os postulados da arte concreta, em direção ao que ele considerava o horizonte das possibilidades abertas pela superação do quadro, da pintura; um impulso de desestetização, às vezes voltado para o desenvolvimento de práticas culturais, que transgridem a normatividade modernista. Nele brilha o imaginário de uma saga: a busca, implacável e apaixonada, de algo que, além da 'arte experimental', se manifesta como o puro 'experimental'; exercício experimental da liberdade, disse Pedrosa. 
Essa liberdade de programa, que, escandido e radicalizado, libera uma marginalidade nada circunstancial, é conduzida por uma atitude que exige mudança dos meios e da concepção da pintura, da arte: ruptura das concreções artísticas; proposição de 'objetos' em que se imbricam o plástico, o verbal, o musical; deslizamento da arte para o vivencial; proposição de práticas dissensuais. (...)
Oiticica encarna a legenda do artista-inventor; aquele que cava no desconhecido, definindo suas próprias regras de criação e categorias de julgamento. Contudo, nele o rigor não dispensa a paixão. A invenção, sua Beatriz, perseguida no evolver de uma experimentação que não se fixa, desdobra a tensão de conceitual e sensível, de construção e desconstrução, de organização e delírio. Fazendo coexistir dualidades, a atividade de Oiticica compõe a 'organização do delírio' *. Excêntrico e visionário, imagina a proeza de conciliar o branco no branco malievitchiano e o desregramento de todos os sentidos, numa linguagem em que 'o conceitual e o fenômeno vivo' se articulam. A marginalidade é vivida; intrínseca ao programa, inscreve o desejo singular e a utopia diferenciadora no movimento de transmutação dos valores, artísticos e sociais".
Celso Favaretto
* Cf.  CAMPOS, Haroldo de. Entrevista à Folha de S. Paulo, 26/07/1987.
FAVARETTO, Celso. A invenção de Hélio Oiticica. São Paulo: Edusp, 1992. p. 15-17.

"A produção de Oiticica, a partir dos Parangolés, é nitidamente marcada pela busca para integrar a arte na experiência cotidiana. É a recusa do amedrontamento perante um mito. A proposta da 'Antiarte' consiste em sensibilizar o cotidiano por meio da repotencialização do 'coeficiente' criativo do indivíduo. O artista torna-se agora o motivador da criação, que só se realiza com a participação do 'ator/espectador'. Ele reúne elementos e recursos diversos como cor, estrutura, música, dança, palavra e fotografia, no que define como 'totalidade-obra'. É por meio da experiência com a cor que Oiticica rejeita a dicotomia objeto/sujeito. Funda a obra na própria relação com o sujeito que, ao realizá-la, efetiva uma operação que o leva a si mesmo, a um autoconhecimento. Dos primeiros trabalhos concretos às propostas de Antiarte, a cor é um eixo condutor em sua trajetória, levando-o ao espaço real e a superar a distância entre arte e vida. (...) 
É o experimentalismo que a produção de Oiticica assume no final da década de 60 que a distingue de sua fase anterior. Seu desenvolvimento até os Núcleos insere-se num processo de desintegração do suporte tradicional da pintura, no qual a cor desempenhava papel principal. Esse processo lidava com conceitos que se relacionavam ainda com discussões da modernidade. Tratava-se de uma concepção espacial homogênea, que implicava virtualidades e uma autonomia do campo artístico. A experiência visual da cor correspondia a uma expectativa que supunha uma situação reconfortante, tranqüilizadora. A participação do 'espectador', restrita à ativação dos Campos de Cor, percorria espaços virtuais previstos pelo jogo estético. Nas séries dos Bólides, Penetráveis e Parangolés, Oiticica opera uma ruptura que o situa num cenário de questões mais contemporâneas. A cor passa a relacionar-se com sensações corporais e emoções que supõem muitas vezes uma vivência desestabilizadora, pois questiona certezas e posturas racionais. A esfera estética tradicional é aqui claramente esgarçada, é um espaço descontínuo e heterogêneo, fruto de experiências nem sempre previsíveis, uma vez que os trabalhos são 'receptáculos abertos às significações'. Estetizar o espaço e a experiência cotidiana implica desestetizar o domínio artístico, é por meio dessa busca experimental que Oiticica afirma sua opção incondicional pela liberdade".
Viviane Matesco
MATESCO, Viviane. Corpo-cor em Hélio Oiticica. In: BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 24. Núcleo histórico: antropofagia e histórias de canibalismos. Curadoria Paulo Herkenhoff, Adriano Pedrosa. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo. 1998. p. 386-391.

Depoimentos

"A minha posição ao propor 'Parangolé' é a da busca de uma nova fundação objetiva na arte. Não se confundir com uma 'nova figuração', isto é, pretexto para uma volta a uma representação figurada de todo superada, ou ao 'quadro', seu suporte expressivo. O 'Parangolé' é não só a superação definitiva do quadro, como a proposição de uma estrutura nova do objeto-arte, uma nova reestruturação da visão espacial da obra de arte, superando também a contradição das categorias 'pintura e escultura'. Na verdade ao propor uma arte ambiental não quero sair do 'quadro' para a 'escultura', mas fundar uma nova condição estrutural do objeto que já não admite essas categorias tradicionais. Seria tentar a constituição de um novo 'mito do objeto', que não é nem o objeto transposto da pop art, nem o objeto-verdade do nouveau-réalisme, mas a fundação do objeto em todas as suas ordens e categorias manifestadas no mundo ambiental, que é revelada aqui pela obra de arte. O objeto que não existia passa a existir e o que já existia revela-se de outro modo pela visão dada pelo novo objeto que passou a existir. Está reservada ao artista a tarefa e o poder de transformar a visão e os conceitos na sua estrutura mais íntima e fundamental; é esta a maneira mais eficaz para o homem de hoje dominar o mundo ambiental, isto é, para recriá-lo a seu modo e segundo sua suprema vontade. É esta também uma proposição eminentemente coletiva, que visa abarcar a grande massa popular e dar-lhes também uma oportunidade criativa. Esta oportunidade é claro teria que se realizar através das individualidades nessa coletividade; o novo aqui é que as possibilidades dessa valorização do indivíduo na coletividade torna-se cada vez mais generalizada - há a exaltação dos valores coletivos nas suas aspirações criativas mais fundamentais ao mesmo tempo em que é dada ao indivíduo a possibilidade de inventar, de criar - é a retomada dos mitos da cor, da dança, das estruturas criativas enfim".
Hélio Oiticica
PARANGOLÉ: uma nova fundação objetiva na arte. In: Ciclo de exposições sobre arte no Rio de Janeiro - 5. OPINIÃO 65. Curadoria Frederico Morais; apresentação Frederico Morais. Rio de Janeiro: Galeria de Arte Banerj, 1985. [72 ] p. , il. p&b.

"Eu comecei com Ivan Serpa no Grupo Frente, em 1954. Mas, a meu ver, a partir do movimento neoconcreto, quando comecei a propor a saída para o espaço, a desintegração do quadro, isso tudo, aí é que eu realmente comecei a criar algo só meu e totalmente característico. A desintegração do quadro foi, na verdade, a desintegração da pintura; ela é irreversível, não há possibilidade, nem razão, para uma volta à pintura ou à escultura. E daí para a frente. Então parti para a criação de novas ordens, que se dirigiram da primeira série de espaços significantes para uma abolição da estrutura significante. Eu procurava instaurar significados, que depois fui abolindo. Havia uma certa influência do Merleau-Ponty e das teorias do Ferreira Gullar na evolução de Lygia Clark, por exemplo (ela descobriu o negócio da imanência). Para mim, foi uma abolição cada vez maior de estruturas de significados, até eu chegar ao que considero a invenção pura. 'Penetráveis', 'Núcleos', 'Bólides' e 'Parangolés' foram o caminho para a descoberta do que eu chamo de 'estado de invenção'. Daí é impossível haver diluição. Não se trata de ficar nas idéias. Não existe idéia separada do objeto, nunca existiu, o que existe é a invenção. Não há mais possibilidade de existir estilo, ou a possibilidade de existir uma forma de expressão unilateral como a pintura, a escultura departamentalizada. Só existe o grande mundo da invenção".
Hélio Oiticica
CARDOSO, Ivan. A arte penetrável de Hélio Oiticica. Folha de S.Paulo, São Paulo, 16 nov. 1985. p. 48.

"O que seria então o objeto? Uma nova categoria ou uma nova maneira de ser da proposição estética? A meu ver, apesar de também possuir esses dois sentidos, a proposição mais importante do objeto, dos fazedores de objeto, seria a de um novo comportamento perceptivo, criado na participação cada ver maior do espectador, chegando-se a uma superação do objeto como fim da expressão estética. Para mim, na minha evolução, o objeto foi uma passagem para experiências cada vez mais comprometidas com o comportamento individual de cada participador; faço questão de afirmar que não há a procura, aqui, de um "novo condicionamento" para o participador, mas sim a derrubada de todo condicionamento para a procura da liberdade individual, através de proposições cada vez mais abertas visando fazer com que cada um encontre em si mesmo, pela desponibilidade, pelo improviso, sua liberdade interior, a pista para o estado criador - seria o que Mário Pedrosa definiu profeticamente como 'exercício experimental da liberdade'. (...) 
Cheguei então ao conceito que formulei como supra-sensorial (...) É a tentativa de criar, por proposições cada vez mais abertas, exercícios criativos, prescindindo mesmo do objeto tal como ficou sendo categorizado - não são fusão de printura-escultura-poema, obras palpáveis, se bem que possam possuir este lado. São dirigidas aos sentidos, para através deles, da 'percepção total', levar o indivíduo a uma 'supra-sensação', ao dilatamento de suas capacidades sensoriais habituais, para a descoberta do seu centro criativo interior, da sua espontaneidade expressiva adormecida, condicionada ao cotidiano".
Hélio Oiticica
OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Introdução Luciano Figueiredo; Mário Pedrosa; compilação Luciano Figueiredo; Lygia Pape; Wally Salomão. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 102-104.

"A antiarte é pois uma nova etapa (...); é o otimismo, é a criação de uma nova vitalidade na experiência humana criativa; o seu principal objetivo é o de dar ao público a chance de deixar de ser público espectador, de fora, para participante na atividade criadora. É o começo de uma expressão coletiva. O Parangolé, ou Programa Ambiental, como queiram, seja na sua forma incisivamente plástica (uso total dos valores plásticos tácteis, visuais, auditivos etc. ) mais personalizada, como na sua mais disponível, aberta à transformação no espaço e no tempo e despersonalizada, é antiarte por excelência".
Hélio Oiticica
OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Introdução Luciano Figueiredo; Mário Pedrosa; compilação Luciano Figueiredo; Lygia Pape; Wally Salomão. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 82.

Acervos

Acervo Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP)
Coleção  Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (RJ)
Coleção  Museu de Arte Moderna de São Paulo (SP)
Coleção do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP)
Coleção João Sattamini/MAC - Niterói
Museum of Modern Art - MoMA (Nova York, Estados Unidos)
Tate Modern (Londres, Inglaterra)

Exposições Individuais

1966 - Rio de Janeiro RJ - Individual, Galeria G4
1967 - Londres (Inglaterra) - Individual, Signals Gallery
1969 - Londres (Inglaterra) - Hélio Oiticica: retrospectiva, Whitechapel Gallery
1971 - Rhode Island (Estados Unidos) - Rhodislândia: contact, Rhode Island University
1972 - São Paulo SP - Hélio Oiticica: metaesquemas, Galeria Ralph Camargo
1979 - Rio de Janeiro RJ - Penetrável Rijanviera, Café des Arts do Hotel Meridien

Exposições Coletivas

1954 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Grupo Frente, Galeria Ibeu Copacabana
1955 - Rio de Janeiro RJ - 2ª Grupo Frente, Museu de Arte Moderna
1956 - Montevidéu (Uruguai) - Pintura Brasileña Contemporanea, Instituto de Cultura Uruguayo-Brasileño
1956 - Resende RJ - 3ª Grupo Frente, Itatiaia Country Club
1956 - São Paulo SP - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, Museu de Arte Moderna
1956 - Volta Redonda RJ - 4ª Grupo Frente, Companhia Siderúrgica Nacional
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil , Museo de Arte de Lima
1957 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, Ministério da Educação e Cultura
1957 - Rosario (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, Museo de Arte Contemporáneo
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1959 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição de Arte Neoconcreta, Museu de Arte Moderna
1959 - Salvador BA - 1ª Exposição de Arte Neoconcreta, Galeria Belvedere da Sé
1959 - São Paulo SP - 5ª Bienal Internacional de São Paulo, Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1960 - Rio de Janeiro RJ - 2ª Exposição de Arte Neoconcreta, Ministério da Educação e Cultura
1960 - Rio de Janeiro RJ - 9º Salão Nacional de Arte Moderna, Museu de Arte Moderna
1960 - Zurique (Suíça) - Konkrete Kunst, Helmhaus
1961 - São Paulo SP - 3ª Exposição de Arte Neoconcreta, Museu de Arte Moderna
1965 - Londres (Reino Unido) - Soundings Two Exhibit, Signals Gallery
1965 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 65, Museu de Arte Moderna
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal
1966 - Belo Horizonte MG - Vanguarda Brasileira, UFMG. Reitoria
1966 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 66, Museu de Arte Moderna
1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas - prêmio especial de pesquisa 
1966 - São Paulo SP - Proposta 66, Fundação Armando Álvares Penteado. Faculdade de Comunicação
1967 - Brasília DF - 4º Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, Teatro Nacional Cláudio Santoro 
1967 - Paris (França) - 5ª Bienal de Paris
1967 - Rio de Janeiro RJ - Nova Objetividade Brasileira, Museu de Arte Moderna
1967 - Rio de Janeiro RJ - Parangolé Social, Galeria G4
1967 - Tóquio (Japão) - 9ª Bienal de Tóquio
1968 - Rio de Janeiro RJ - Bandeiras na Praça, Praça General Osório
1968 - Rio de Janeiro RJ - O Artista Brasileiro e a Iconografia de Massa, Escola Superior de Desenho Industrial
1970 - Belo Horizonte MG - Do Corpo à Terra, Parque Municipal de Belo Horizonte 
1970 - Nova York (Estados Unidos) - Information,  Museum of Modern Art
1970 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, Funarte
1972 - Rio de Janeiro RJ - EX-posição, Museu de Arte Moderna
1973 - São Paulo SP - Expo-Projeção 73, Espaço Grife
1976 - São Paulo SP - Arte Brasileira no Século XX: caminhos e tendências, Galeria Arte Global
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, Museu de Arte Moderna
1977 - São Paulo SP - 14ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, Pinacoteca do Estado
1978 - São Paulo SP - O Objeto na Arte: Brasil anos 60, Museu de Arte Brasileira
1980 - Rio de Janeiro RJ - Homenagem a Mário Pedrosa, Galeria Jean Boghici

Exposições Póstumas

1981 - Rio de Janeiro RJ - Quase Cinema, Museu de Arte Moderna
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Reino Unido) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, Barbican Art Gallery 
1982 - Rio de Janeiro RJ - Contemporaneidade: homenagem a Mário Pedrosa, Museu de Arte Moderna
1984 - Londres (Reino Unido) - Portrait of Country: brazilian modern art from the Gilberto Chateubriand collection, Barbican Art Gallery
1984 - Rio de Janeiro RJ - Grupo Frente 1954-1956, Galeria de Arte Banerj
1984 - Rio de Janeiro RJ - Madeira, Matéria de Arte, Museu de Arte Moderna
1984 - Rio de Janeiro RJ - Neoconcretismo 1959-1961, Galeria de Arte Banerj
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, Museu de Arte Moderna
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, Fundação Bienal
1984 - Volta Redonda RJ - Grupo Frente 1954-1956
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, Museu de Arte Moderna
1985 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 65, Galeria de Arte Banerj
1986 - Resende RJ - Grupo Frente 1954-1956
1986 - Rio de Janeiro RJ - JK e os Anos 50: uma visão da cultura e do cotidiano, Galeria Investiarte 
1986 - Rio de Janeiro RJ - Lygia Clark e Hélio Oiticica, Paço Imperial
1986 - São Paulo SP - O Q Faço é Música, Galeria de Arte São Paulo 
1987 - Paris (França) - Modernidade: arte brasileira do século XX, Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1987 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, Fundação Nacional de Artes. Centro de Artes
1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna
1987 - São Paulo SP - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, Museu de Arte Brasileira
1987 - São Paulo SP - Lygia Clark e Hélio Oiticica, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, Sesc
1987 - São Paulo SP - Palavra Imágica, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
1987 - São Paulo SP - Tropicália 20 Anos, Sesc Pompéia
1988 - Campinas SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no MACC
1988 - Campinas SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, Museu de Arte Contemporânea José Pancetti
1988 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil Projects,  P.S.1, The Institute for Art and Urban Resources, Inc. 
1988 - Nova York (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, The Bronx Museum of the Arts
1988 - São Paulo SP - MAC 25 Anos: aquisições e doações recentes, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, Museu de Arte Moderna
1989 - El Paso (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, El Paso Museum of Art
1989 - Estocolmo (Suécia) - Art in Latin America: the modern era 1820 - 1980, Moderna Museet
1989 - Londres (Reino Unido) - Art in Latin America: the modern era 1820 - 1980, Hayward Gallery
1989 - Rio de Janeiro RJ - Mundo Abrigo, Galeria 110 Arte Contemporânea
1989 - Rio de Janeiro RJ - Pequenas Grandezas dos Anos 50, Gabinete de Arte Cleide Wanderley
1989 - San Diego (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, San Diego Museum of Art
1989 - San Juan (Porto Rico) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, Instituto de Cultura Puertorriqueña
1989 - São Paulo SP - Acervo Galeria São Paulo, Galeria de Arte São Paulo 
1989 - São Paulo SP - Grupo Frente e Metaesquemas, Galeria de Arte São Paulo
1990 - Brasília DF - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira (1990 : Brasília, DF) - Itaugaleria (Brasília, DF) 
1990 - Madri (Espanha) - Art in Latin America: the modern era 1820 - 1980, Palacio de Velázquez 
1990 - Miami (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, Center for the Fine Arts Miami Art Museum of Date 
1990 - Rio de Janeiro RJ - Hélio Mangueira Oiticica, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Centro de Educação e Humanidades 
1990 - São Paulo SP - Coerência - Transformação, Gabinete de Arte Raquel Arnaud 
1990 - São Paulo SP - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira, Itaú Cultural
1991 - Belo Horizonte MG - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
1991 - São Paulo SP - Construtivismo: arte cartaz 40/50/60, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
1992 - Barcelona (Espanha) - Hélio Oiticica: retrospectiva, Fundació Antoni Tàpies 
1992 - Curitiba PR - 10ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América, Museu da Gravura
1992 - Paris (França) - Latin American Artists of the Twentieth Century, Centre Georges Pompidou
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Casa da Cultura
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1ª A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, Centro Cultural Banco do Brasil
1992 - Rotterdã (Holanda) - Hélio Oiticica: retrospectiva, Witte de With, Center for Contemporary Art
1992 - São Paulo SP - Branco Dominante, Galeria de Arte São Paulo
1992 - Sevilha (Espanha) - Latin American Artists of the Twentieth Century, Estación Plaza de Armas 
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, Kunsthaus Zürich
1993 - Campinas SP - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira 
1993 - Colônia (Alemanha) - Latin American Artists of the Twentieth Century , Kunsthalle Cologne
1993 - Lisboa (Portugal) - Hélio Oiticica: retrospectiva, Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1993 - Minneapolis (Estados Unidos) - Hélio Oiticica: retrospectiva, Walker Art Center
1993 - Nova York (Estados Unidos) - Latin American Artists of the Twentieth Century, The Museum of Modern Art
1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil: 100 Anos de Arte Moderna, Museu Nacional de Belas Artes
1993 - Rio de Janeiro RJ - Hélio Oiticica: retrospectiva, Centro de Arte Hélio Oiticica
1993 - São Paulo SP - A Arte Brasileira no Mundo, uma Trajetória: 24 artistas brasileiros, Dan Galeria
1993 - São Paulo SP - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, Galeria de Arte do Sesi
1994 - Belo Horizonte MG - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70
1994 - Penápolis SP - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70, Itaugaleria
1994 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateubriand, Museu de Arte Moderna
1994 - Rio de Janeiro RJ - Trincheiras: arte e política no Brasil, Museu de Arte Moderna
1994 - São Paulo SP - 22ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Bloco - Experiências in Cosmococa - Programa in Progress, Galeria de Arte São Paulo
1994 - São Paulo SP - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70, Itaú Cultural
1995 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 65: 30 anos, Centro Cultural Banco do Brasil
1996 - Brasília DF - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70, Itaugaleria
1996 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini, Museu de Arte Contemporânea
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC USP: construção, medida e proporção, Centro Cultural Banco do Brasil
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
1996 - São Paulo SP - Desexp(l)os(ign)ição, Casa das Rosas
1997 - Kassel (Alemanha) - 10ª Documenta, Museum Fridericianum
1997 - Niterói RJ - Visões e (Sub) Versões, MAC de Niterói
1997 - Porto Alegre RS - 1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Aplub; Casa de Cultura Mário Quintana; DC Navegantes; Edel; Usina do Gasômetro; Instituto de Artes da UFRGS; Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul; Margs; Espaço Ulbra; Museu de Comunicação Social; Reitoria da UFRGS; Theatro São Pedro; A exposição foi apresentada em doze lugares diferentes simultaneamente. 
1997 - Porto Alegre RS - Vertente Construtiva e Design, Espaço Cultural ULBRA
1997 - Porto Alegre RS - Vertente Política, Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
1997 - São Paulo SP - Escultura Brasileira: perfil de uma identidade, Banco Safra
1997 - São Paulo SP - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, Itaú Cultural
1997 - Washington (Estados Unidos) - Escultura Brasileira: perfil de uma identidade, Centro Cultural do BID
1998 - Barcelona (Espanha) - Out of Actions Between Performance and the Object: 1949-1979, Museu d'Art Contemporani
1998 - Belo Horizonte MG - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, Itaugaleria
1998 - Brasília DF - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, Itaugaleria
1998 - Los Angeles (Estados Unidos) - Out of Actions Between Performance and the Object: 1949-1979, The Museum of Contemporary Art
1998 - Niterói RJ - Espelho da Bienal, Museu de Arte Contemporânea
1998 - Penápolis SP - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, Itaugaleria
1998 - Rio de Janeiro RJ - Anos 60/70: Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna
1998 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo: doações recentes 1996 - 1998, Centro Cultural Banco do Brasil
1998 - Rio de Janeiro RJ - Hélio Oiticica e a Cena Americana, Centro de Arte Hélio Oiticica
1998 - Rio de Janeiro RJ - Poéticas da Cor, Centro Cultural Light
1998 - Rio de Janeiro RJ - Trinta Anos de 68, Centro Cultural Banco do Brasil
1998 - São Paulo SP - 24ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, Museu de Arte Moderna
1998 - São Paulo SP - Canibáliafetiva, A Estufa 
1998 - São Paulo SP - Fronteiras, Itaú Cultural
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, Museu de Arte de São Paulo
1998 - São Paulo SP - Teoria dos Valores, Museu de Arte Moderna
1998 - Viena (Áustria) - Out of Actions Between Performance and the Object: 1949-1979, Austrian Museum of Applied Arts
1999 - Brasília DF - LHL: Lygia Clark, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Galeria da Caixa Econômica Federal
1999 - Los Angeles (Estados Unidos) - The Experimental Exercise of Freedom: Lygia Clark, Gego, Mathias Goeritz, Helio Oiticica and Mira Schendel, The Museum of Contemporary Art 
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, Museu de Arte Moderna
1999 - Rio de Janeiro RJ - Cotidiano/Arte. Objeto Anos 60/90, Museu de Arte Moderna
1999 - Rio de Janeiro RJ - Do Plano ao Espaço, Centro de Arte Hélio Oiticica 
1999 - São Paulo SP - Cotidiano/Arte. Objeto Anos 60/90, Itaú Cultural
1999 - São Paulo SP - O Brasil no Século da Arte, Galeria de Arte do Sesi
1999 - São Paulo SP - Por Que Duchamp?, Paço das Artes
1999 - Tóquio (Japão) - Out of Actions Between Performance and the Object: 1949-1979, Hara Museum of Contemporary Art
2000 - Havana (Cuba) - 7ª Bienal de Havana, Centro de Arte Contemporáneo Wifredo Lam
2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão 
2000 - Praga (República Tcheca) - Beyond Preconceptions: the sixties experiment, National Gallery 
2000 - Rio de Janeiro RJ - Quando o Brasil era Moderno: artes plásticas no Rio de Janeiro de 1905 a 1960, Paço Imperial 
2000 - Rio de Janeiro RJ - Situações: arte brasileira anos 70, Fundação Casa França-Brasil 
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, Fundação Bienal 
2001 - Belo Horizonte MG - Do Corpo à Terra: um marco radical na arte brasileira, Itaugaleria 
2001 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil: body and soul, Solomon R. Guggenheim Museum
2001 - Oxford (Reino Unido) - Experiment Experiência: art in Brazil 1958-2000, Museum of Modern Art
2001 - Paris (França) - Da Adversidade Vivemos, Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
2001 - Rio de Janeiro RJ - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, Paço Imperial
2001 - São Paulo SP - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, Museu de Arte Moderna
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, Itaú Cultural 
2002 - Austin (Estados Unidos) - Brazilian Visual Poetry, Mexic-Arte Museum 
2002 - Fortaleza CE - Ceará Redescobre o Brasil, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
2002 - Liverpool (Reino Unido) - Pot
2002 - Londres (Reino Unido) - Hélio Oiticica: Quasi-Cinemas, Whitechapel Art Gallery
2002 - Londres (Reino Unido) - Vivências: dialogues between the works of Brazilian artists from the 1960s to 2002, New Art Gallery Walsall
2002 - Niterói RJ - Acervo em Papel, Museu de Arte Contemporânea
2002 - Niterói RJ - Coleção Sattamini: modernos e contemporâneos, MAC-Niterói
2002 - Niterói RJ - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini, Museu de Arte Contemporânea
2002 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Mostra Rio Arte Contemporânea, Museu de Arte Moderna
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arquipélagos: o universo plural do MAM, Museu de Arte Moderna
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, Centro Cultural Banco do Brasil
2002 - Rio de Janeiro RJ - Artefoto, Centro Cultural Banco do Brasil
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros, Museu de Arte Moderna
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, Centro Cultural Banco do Brasil
2002 - São Paulo SP - Beyond Preconceptions: the sixties experiment, Museu de Arte Moderna
2002 - São Paulo SP - Espelho Selvagem: arte moderna no Brasil da primeira metade do século XX, Coleção Nemirovsky, Museu de Arte Moderna
2002 - São Paulo SP - Geométricos e Cinéticos, Gabinete de Arte Raquel Arnaud
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Instituto Tomie Ohtake
2002 - São Paulo SP - O Plano como Estrutura da Forma, Espaço MAM - Villa-Lobos
2002 - São Paulo SP - Ópera Aberta: celebração, Casa das Rosas
2002 - São Paulo SP - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Colección Cisneros, Museu de Arte Moderna
2002 - São Paulo SP - Pot, Galeria Fortes Vilaça
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, Centro Cultural Banco do Brasil
2003 - Brasília DF - Artefoto, Centro Cultural Banco do Brasil
2003 - Buenos Aires (Argentina) - Geo-Metrias: abastracción geométrica latinoamericana en la Colección Cisneros, Malba
2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, Museo Rufino Tamayo
2003 - Curitiba PR - Imagética, Museu da Gravura Cidade de Curitiba
2003 - Rio de Janeiro RJ - Bandeiras do Brasil, Museu da República
2003 - Rio de Janeiro RJ - Hélio Oiticica: cor, imagem e poética, Centro de Arte Hélio Oiticica
2003 - Rio de Janeiro RJ - Ordem x Liberdade, Museu de Arte Moderna
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - Arteconhecimento: 70 anos USP, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo 
2003 - São Paulo SP - Momentos Frames, Cosmococa II, Galeria Fortes Vilaça 
2003 - São Paulo SP - Cosmococa - Programa in Progress, Pinacoteca do Estado
2003 - São Paulo SP - Momentos Frames, Cosmococa, Galeria Fortes Vilaça 
2003 - Veneza (Itália) - 50ª Bienal de Veneza, Arsenale e Giardini della Biennale 
2004 - Niterói RJ - Modernidade Transitiva, Museu de Arte Contemporânea 
2004 - Rio de Janeiro RJ - Arte Contemporânea Brasileira nas Coleções do Rio, Museu de Arte Moderna
2004 - São Paulo SP - As Bienais: um olhar sobre a produção brasileira 1951/2002, Galeria Bergamin
2004 - São Paulo SP - Pintura Reencarnada, Paço das Artes 
2004 - São Paulo SP - Plataforma São Paulo 450 Anos, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
2005 - Belém PA - 24º Salão Arte Pará 2005, Fundação Romulo Maiorana
2005 - Fortaleza CE - Arte Brasileira: nas coleções públicas e privadas do Ceará, Espaço Cultural Unifor
2005 - Londres (Reino Unido) - Open Systems: Rethinking Art c.1970, Tate Modern
2005 - Porto Alegre RS - 5ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul
2005 - Rio de Janeiro RJ - Cosmococa, no Centro de Arte Hélio Oiticica
2005 - Rio de Janeiro RJ - Soto: a construção da imaterialidade, Centro Cultural Banco do Brasil
2005 - São Paulo SP - Através, ou a Geometria Corrompida, Galeria Bergamin 
2005 - São Paulo SP - Homo Ludens: do faz-de-conta à vertigem, Itaú Cultural 
2005 - São Paulo SP - O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, Itaú Cultural 
2006 - Belém PA - 25º Salão Arte Pará
2006 - Houston (Estados Unidos) - Hélio Oiticica: The Body of Color, no The Museum of Fine Arts
2006 - Nova York (Estados Unidos) - Tropicália: a revolution in Brazilian culture, The Bronx Museum of the Arts
2006 - Nova York (Estado Unidos) - Cosmococa - Programa in Progress - Quasi-Cinema CC1 Trashiscapes, na Galerie Lelong 
2006 - Recife PE - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real, Instituto Cultural Banco Real
2006 - Rio de Janeiro RJ - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real, Museu de Arte Moderna
2006 - Rio de Janeiro RJ - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna
2006 - São Paulo SP - Ao Mesmo Tempo o Nosso Tempo, Museu de Arte Moderna
2006 - São Paulo SP - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real, Banco Real 
2006 - São Paulo SP - Concreta '56: a raiz da forma, Museu de Arte Moderna
2006 - São Paulo SP - Parangolés, Paulo Kuczynski Escritório de Arte
2006 - São Paulo SP - Penetrável, Galeria Nara Roesler
2006 - São Paulo SP - Pincelada - Pintura e Método: projeções da década de 50, Instituto Tomie Ohtake
2006 - São Paulo SP - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, Pinacoteca do Estado
2007 - Belo Horizonte MG - Binária: acervo e coleções, Museu de Arte da Pampulha
2007 - Belo Horizonte MG - Neovanguardas, Museu de Arte da Pampulha
2007 - Curitiba PR - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu Oscar Niemeyer
2007 - Fortaleza CE - Tropicália - Brasil em Transe, Centro Cultural Banco do Nordeste
2007 - Londres (Reino Unido) - Hélio Oiticica: The Body of Colour, Tate Modern
2007 - Ribeirão Preto SP - E: conjunção - conexão, Galeria de Arte Marcelo Guarnieri
2007 - Salvador BA - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna da Bahia
2007 - São Paulo SP - Anos 70 - Arte como Questão, Instituto Tomie Ohtake
2007 - Zurique (Suíça) - Face to Face, Daros-Latinamerica AG
2008 - Madri (Espanha) - 27ª Arco, Instituto Feria de Madrid
2008 - Nova York (Estados Unidos) - Untitled (Vicarious): Photographing the Constructed Object, no Gagosian Gallery
2008 - Rio de Janeiro RJ - Penetráveis, Centro de Arte Hélio Oiticica
2008 - São Paulo SP - Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade na Coleção Itaú Moderno, Museu de Arte de São Paulo
2008 - São Paulo SP - MAM 60, Oca
2008 - São Paulo SP - Quando Vidas se Tornam Forma: diálogo com o futuro Brasil-Japão, Museu de Arte Moderna
2009 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira nas Coleções João Sattamini e Mac de Niterói, Museu de Arte Contemporânea
2009 - Nova York (Estados Unidos) - Intersections: The Grand Concourse at 100, no The Bronx Museum of the Arts
2009 - Rio de Janeiro RJ - Nós, Museu da República
2009 - Zurique (Suíça) - Hot Spots: Rio de Janeiro / Milano - Torino / Los Angeles, no Kunsthaus Zürich

Fonte: Itaú Cultural