Carybé

Obras de arte disponíveis

Carybé - Sem Título

Sem Título

serigrafia
1978
33 x 73 cm
Carybé - Navegadores

Navegadores

técnica mista sobre papel
s/d
36 x 74 cm

Biografia

Carybé (Lanús, Argentina 1911 - Salvador BA 1997)

Pintor, gravador, desenhista, ilustrador, mosaicista, ceramista, entalhador, muralista.

Freqüenta o ateliê de cerâmica de seu irmão mais velho, Arnaldo Bernabó, no Rio de Janeiro, por volta de 1925. Entre 1941 e 1942, viaja por países da América do Sul. De volta à Argentina, traduz com Raul Brié, para o espanhol, o livro Macunaíma, de Mário de Andrade (1893 - 1945), em 1943. Nesse mesmo ano, realiza sua primeira individual na Galeria Nordiska Kompainiet, em Buenos Aires. Em 1944, vai a Salvador, e se interessa pela religiosidade e cultura locais. No Rio de Janeiro, auxilia na montagem do jornal Diário Carioca, em 1946. É chamado pelo jornalista Carlos Lacerda (1914 - 1977) para trabalhar no jornal Tribuna da Imprensa, entre 1949 e 1950. Em 1950, muda-se para Salvador para realizar painéis para o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, com recomendação feita pelo escritor Rubem Braga (1913 - 1990) ao secretário da Educação do Estado da Bahia, Anísio Teixeira (1900 - 1971). Na Bahia, participa ativamente do movimento de renovação das artes plásticas, ao lado de Mario Cravo Júnior (1923), Genaro (1926 - 1971) e Jenner Augusto (1924 - 2003). Em 1957, naturaliza-se brasileiro. Publica, em 1981, Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, pela Editora Raízes. Ilustra livros de Gabriel García Márquez (1928), Jorge Amado (1912 - 2001) e Pierre Verger (1902 - 1996), entre outros.

Carybé

Nascido em 7 de fevereiro de 1911, na pequena cidade de Lanús, subúrbio de Buenos Aires, o pintor viveu em Gênova e Roma (Itália) dos 6 meses aos 8 anos. Em 1919, veio morar no Brasil onde completou os estudos secundários no Rio de Janeiro e estudou na Escola Nacional de Belas Artes.

Em 1927, retornou para a Argentina, onde trabalhou em diversos jornais, até que o periódico "Prégon" o contratou para viajar por vários países fazendo e enviando desenhos e reportagens de onde passasse. Com isso, Carybé começou a ter contato com várias culturas e diferentes formas de expressão artística, que influenciaram o seu trabalho como pintor. Em uma dessas viagens conheceu Salvador, onde começou a ter contato com a cultura baiana.

Até meados dos anos 40, Carybé viveu entre vários países, mas sempre retornando ao Brasil. Neste período, trabalhou como ilustrador de obras literárias e traduziu o livro Macunaíma, de Mário de Andrade, para o espanho, neste mesmo ano ele conquista o Primeiro Prêmio da Câmara Argentina del Libro por sua ilustração do livro Juvenília, de Miguel Cané, ícone da literatura argentina. Em 1943, fez sua primeira exposição individual e ilustrou o livro "Macumba, Relatos de la Tierra Verde", de Bernardo Kordan.

Hector Julio Páride Bernabó

Em 1946, casou-se com Nancy, na província argentina de Salta, com quem teve dois filhos, o artista plástico Ramiro e a bióloga Solange. Após várias viagens para Salvador, em 1950 foi morar definitivamente na capital baiana, onde, através de uma carta de recomendação de Rubem Braga, foi contratado para fazer murais em prédios e obras públicas.

Durante os quase 50 anos em que viveu na Bahia, Carybé desenvolveu uma profunda relação com a cultura e com os artistas de Salvador. As manifestações culturais locais, como o candomblé, a capoeira e o samba de roda, passaram a marcar a sua obra. Ao lado de outros artistas plásticos, como Jenner Augusto, Mário Cravo e Genaro de Carvalho, participou ativamente do movimento de renovação das artes plásticas no Estado.

Bastante eclético, Carybé experimentou ao longo de sua vida grande parte das técnicas artísticas conhecidas, como aquarelas, desenhos, esculturas, talhas, cerâmicas, entre outros. Além desses trabalhos, destacou-se também na criação de diversos murais pelo mundo, entre eles, um no Aeroporto de Nova York.

Pierre Verger, Jorge Amado e Hector Carybé

Em 1955 ele obtém o prêmio de melhor desenhista na III Bienal de São Paulo. Sua obra atinge o montante de cinco mil produções, dentre pinturas, desenhos, esculturas e delineamentos iniciais de alguns trabalhos. Suas ilustrações enriquecem publicações de famosos literatos, entre eles Jorge Amado e Gabriel García Márquez.

Em 1957, o artista naturalizou-se brasileiro. Entre seus grandes amigos no país, destacou-se o escritor Jorge Amado, que escreveu, em sua homenagem, "O Capeta Carybé". Na obra, o artista foi definido como "feito de enganos, confusões, histórias absurdas, aparentes contradições, e, ao mesmo tempo, é a própria simplicidade". Carybé fez desenhos em inúmeras obras de Amado, além de ilustrar trabalhos para livros de outros autores de grande expressão, como Mário de Andrade, Gabriel García Márquez e Pierre Verger.

O artista também escreveu livros como "Olha o Boi" e foi co-autor da obra "Bahia, Boa Terra Bahia", com Jorge Amado. Em 1981, após 30 anos de pesquisa, publicou a Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia. Realizou também roteiros gráficos, direção artística e figurinos para teatro e cinema.

Hector Carybé - Bahia

Em virtude de seus trabalhos voltados para a cultura afro-brasileira, enfocando seus ritos e orixás, principalmente em princípios dos anos 70, ele conquistou um importante título de honra do Candomblé, o obá de Xangô. Parte de sua produção encontra-se hoje no Museu Afro-Brasileiro de Salvador, englobando 27 painéis simbolizando os orixás baianos, produzidos em madeira de cedro.

Por quase toda a sua vida, o pintor acreditou que o seu apelido Carybé provinha de um pássaro da fauna brasileira. Somente muitos anos depois, através do amigo Rubem Braga, descobriu que a sua alcunha significava "mingau ralo", o que lhe rendeu diversas brincadeiras.

Freqüentador do terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Carybé morreu aos 86 anos, no dia 1° de outubro de 1997, em Salvador, durante uma cerimônia no próprio terreiro. O artista deixou como legado mais de 5.000 trabalhos, entre pinturas, desenhos, esculturas e esboços.

Formação

1925 - Inicia atividades em artes freqüentando o ateliê de cerâmica do seu irmão mais velho, Arnaldo Bernabó, no Rio de Janeiro.
1927-1929 - Freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro
1958 - Recebe bolsa de estudos em Nova Iorque, Estados Unidos da América.

Comentário Crítico

Desde de 1950, quando fixa-se definitivamente em Salvador, Carybé interessa-se especialmente pela religiosidade e pelos costumes locais e também pelo cotidiano de pessoas humildes, como pescadores, vendedores ambulantes, capoeiristas, lavadeiras e prostitutas, temas constantes em sua produção. Como aponta o crítico Flávio de Aquino, o artista apresenta, em suas aquarelas, cores mais rebaixadas e esmaecidas, que se avivam nos quadros a óleo, como, por exemplo, naqueles em que representa as feiras populares do interior da Bahia.

Para o historiador da arte José Roberto Teixeira Leite, Carybé é um desenhista que possui agilidade de execução e consegue captar em seus trabalhos o essencial de uma forma ou de um movimento. O artista realiza ainda diversos painéis, a exemplo do que se encontra no Aeroporto J. F. Kennedy, de Nova York, no qual trabalha com materiais diversos, e daquele realizado para o Banco da Bahia, composto por 27 pranchas esculpidas em cedro representando os orixás do candomblé.

Críticas

"Há momentos em que gostaria de voltar à crítica de arte. Quando deparo com um talento de verdade, avesso às concessões que tanto contribuem para a glória do momento. Esse negócio de momento não é trocadilho, é assunto realmente momentoso. De todos os momentos da história da arte e da crítica de arte. Arquiteta-se uma teoria, cria-se um clima para ela e ai de quem não se sujeite! Será xingado de obsoleto para baixo. E como ninguém é de ferro, todo mundo quer viver e as fórmulas são fáceis, lá vai o artista de roldão, chegando, mesmo, por vezes, a acreditar no que faz. Felizmente, até nesses momentos de (paradoxalmente) subversão e submissão, há quem resista e, com teimosia, insista em não se trair, em como o se diz no verso de Vigny, 'faire sa longue e lourde tâche'. É certo que um dia será recompensado, mas poucos se consolam com o reconhecimento tardio de seu valor, porque 'mais vale ser um conformista vivo, e ainda por cima bem remunerado, do que um resistente postumamente glorificado'. Essa reflexões, muito corriqueiras em verdade, eu as faço folheando a coleção de Carybé, editada pela Livraria Martins Fontes. (...) Por certo pensava num Carybé, num êmulo de Carybé, a transmitir sua mensagem com desenvoltura, numa espontaneidade de traço de grande força expressiva, indo direto à exteriorização de suas emoções, sem literatice, sem preocupações teóricas, sem indagar da moda do dia. Carybé, que desenha como escreve e escreve como desenha, não precisaria dar-nos as legendas de seus desenhos. O texto serve, sem dúvida, para orientar, de algum modo, o leigo, como tema serve de ponto para o amador de pintura sentir mais rapidamente os valores artísticos do quadro. Poderiam elas, entretanto, ser suprimidas sem em nada perturbar a comunicação emocional e estética. Pouco importa que seus pescadores estejam pescando o xaréu, que o espetáculo seja de capoeira, as cenas viveriam igualmente com outros nomes, dentro da mesma intensidade, do mesmo movimento, do mesmo ritmo".
Sérgio Milliet - 1962
AS ARTES de Carybé: pintura, desenho, gravura, escultura. Salvador: Núcleo de Artes do Desenbanco, 1986, [p. 17].

"Um elemento principal na pintura de Carybé é o movimento, o ritmo, a surpresa, que ele quer que conviva com uma exigência do seu espírito: a do nada deixado por fazer, a do nada ambíguo, pouco reconhecível, da definição do pormenor, como a unir a serenidade da obra clássica à multiplicidade de sugestões e o descompromisso do esboço. A entrada em cena de relevos e incrustações - trazendo à tona outra face, a do experimentalista - estimula a tensão crescente, que começa a ser notada à medida que sua pintura vai se destacando dos bicos-de-pena, guaches e aquarelas e se dirigindo para os maiores formatos dos murais e para a escultura propriamente dita. (...) Como os muralistas mexicanos, Carybé, pode-se dizer, nunca pintou paisagem (...). É verdade que em seus quadros não enfatiza a injustiça social nem prega revolução, não estando os seus descamisados ali para mostrar ´una flacura esquelética´ nem ameaçar burgueses de ´grueso abdome´: Carybé não crê na pintura social. Não crê no social de nenhuma arte. (...) Mas sua maior e declarada influência no tempo em que desenhava para jornais foi George Grosz  (...) 'Quatro nomes influenciaram minha arte: Van Gogh, Gauguin, Modigliani, Grosz e meu irmão Bernabó, que me ensinou o básico do desenho'".
José Cláudio da Silva
FURRER, Bruno. Carybé. Salvador: Fundação Emílio Odebrecht, 1989.

Depoimentos

"(...) Em 38 vim a Salvador tinham fundado um jornal e me deram o melhor emprego do mundo - viajar e mandar desenhos. Mas quando cheguei a Salvador, o diário tinha falido. Fiquei aqui seis meses, vivendo numa miséria, mas uma miséria sem drama. Bastava mandar uma carta para Rubem Braga no Rio que ele mandava a passagem. Mas fiquei curtindo. Como não conhecia ninguém importante acabei dormindo num trapiche no início da Avenida do Contorno. Assim foi até o momento em que disse: chega. Mas aí ficou a Bahia na cabeça. Voltei em 40, em 42, e sempre o negócio de Bahia. Meus amigos já estavam cheios, e Rubem, um dia, fez uma carta para Anísio Teixeira, ele era secretário de Educação e Cultura, e me disse: vai ver esse homem que ele vai lhe dar um emprego na Bahia. Olhei a carta e fiquei morrendo de vergonha de tanto elogio que ele fazia. Aí vim. Entreguei a Anísio. Ele leu e disse que vamos ver, estou fazendo umas escolas, uma espécie de universidade popular e gostaria de fazer um painel e até tenho um recorte de uma ilustração sobre a Bahia. Mandou a secretária buscar. Não tinha mais assunto quando a secretária voltou, e era um almanaque que eu tinha feito. Aí pronto. Ele me disse: você vem para o ano e vamos arranjar. No dia 31 de dezembro embarquei, cheguei dia 1º de janeiro. E ele: como agora? É um negócio lá pra o meio do ano. Era 1950. Já que estava aqui, fiquei. Fui me virando".
Carybé
PORTUGAL, Claudius. Outras cores: 27 artistas da Bahia - reportagens plásticas. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, 1994, pp. 15-16.

Acervos

Acervo Banco Itaú - São Paulo SP
Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa (Portugal)
Fundação Raymundo de Castro Maya - Rio de Janeiro RJ
MAM/BA - Salvador BA
MAM/SP - São Paulo SP
MoMA - Nova York (Estados Unidos)
Museu Afro-Brasileiro da UFBA - Salvador BA
Museu da Cidade - Salvador BA
Museu de Arte Contemporânea - Lisboa (Portugal)
Museu de Arte da Bahia - Salvador BA
Museu de Manchete - Rio de Janeiro RJ
Museum Rade - Reinbek (Alemanha)
Núcleo de Artes do Desenbanco - Salvador BA
Pinacoteca Ruben Berta - Porto Alegre RS

Exposições Individuais

1943 - Buenos Aires (Argentina) - Primeira individual, na Galeria Nordiska
1944 - Salta (Argentina) - Individual, no Consejo General de Educacion
1945 - Buenos Aires (Argentina) - Motivos de América, na Galeria Amauta
1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no IAB/RJ
1945 - Salta (Argentina) - Individual, na Amigos del Arte
1947 - Salta (Argentina) - Individual, na Agrupación Cultural Feminina
1950 - Salvador BA - Primeira individual na Bahia, no Bar Anjo Azul
1950 - São Paulo SP - Individual, no Masp
1952 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1954 - Salvador BA - Individual, na Galeria Oxumaré
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Bonino
1957 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Bodley Gallery
1958 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Bodley Gallery
1962 - Salvador BA - Individual, no MAM/BA
1963 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino
1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino
1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréa
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Santa Rosa
1969 - Londres (Inglaterra) - Individual, na Varig Airlines
1970 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria da Praça
1971 - Brasília DF - Painel dos Orixás, no MAM/DF 
1971 - Curitiba PR - Painel dos Orixás, na Biblioteca Pública do Paraná  
1971 - Florianópolis SC - Painel dos Orixás, na Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina
1971 - Porto Alegre RS - Painel dos Orixás, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1971 - Rio de Janeiro RJ - Painel dos Orixás, no MAM/RJ
1971 - São Paulo SP - Individual, em A Galeria
1971 - São Paulo SP - Painel dos Orixás, no MAM/SP
1972 - Fortaleza CE - Painel dos Orixás, no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará
1972 - Recife PE - Painel dos Orixás, no Teatro de Santa Isabel
1972 - Recife PE - Painel dos Orixás, no Teatro de Santa Isabel  
1973 - São Paulo SP - Individual, em A Galeria
1976 - Salvador BA - Individual, na Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo 
1980 - São Paulo SP - Individual, em A Galeria 
1981- Lisboa (Portugal) - Individual, no Cassino Estoril
1982 - São Paulo SP - Individual, em A Galeria
1982 - São Paulo SP - Individual, na Renot Galeria de Arte
1983 - Nova York (Estados Unidos) - Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, no Caribbean Cultural Center
1984 - Cidade do México (México) - Individual, no Museo Nacional de las Culturas
1984 - Filadélfia (Estados Unidos) - Individual, no Philadelphia Arts Institute
1984 - México - Individual, no Museo Nacional de Las Culturas
1984 - São Paulo SP - Individual, na Nova André Galeria 
1986 - Lisboa (Portugal) - Individual, no Cassino Estoril
1986 - Salvador BA - As Artes de Carybé, no Núcleo de Artes Desenbanco
1989 - Lisboa (Portugal) - Individual, no Cassino Estoril
1989 - São Paulo SP - Individual, no Masp
1995 - Belo Horizonte MG - Individual, na Nuance Galeria de Arte
1995 - Campinas SP - Individual, na Galeria Croqui
1995 - Cuiabá MT - Individual, na Só Vi Arte Galeria
1995 - Curitiba PR - Individual, na Galeria de Arte Fraletti e Rubbo
1995 - Fortaleza CE - Individual, na Galeria Casa D'Arte
1995 - Foz do Iguaçu PR - Individual, na Ita Galeria de Arte
1995 - Goiânia GO - Individual, na Época Galeria de Arte
1995 - Porto Alegre RS - Individual, na Bublitz Decaedro Galeria de Artes
1995 - Salvador BA - Individual, na Oxum Casa de Arte
1995 - São Paulo SP - Individual, na Artebela Galeria Arte Molduras
1995 - São Paulo SP - Individual, na Casa das Artes Galeria
1995 - São Paulo SP - Individual, na Documenta Galeria de Arte

Exposições Coletivas

1939 - Buenos Aires (Argentina) - Exposição Carybé e Clemente Moreau, no MNBA
1943 - Buenos Aires (Argentina) - 29º Salon de Acuarelistas y Grabadores - primeiro prêmio
1946 - Buenos Aires (Argentina) - Desenhos de Artistas Argentinos, na Galeria Kraft
1948 - Washington (Estados Unidos) - Artists of Argentina, na Pan American Union Gallery
1949 - Buenos Aires (Argentina) - Carybé e Gertrudis Chale, na Galeria Viau
1949 - Salvador BA - 1º Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia
1950 - Salvador BA - 2ª Salão Baiano de Belas Artes, na Galeria Belvedere da Sé
1950 - São Paulo SP - Coletiva, no MAM/SP
1951 - Salvador BA - 3º Salão Baiano de Belas Artes, na Galeria Belvedere da Sé  
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1952 - Feira de Santana BA - 1ª Exposição de Arte Moderna de Feira de Santana, no Banco Econômico
1952 - Salvador BA - 3º Salão Baiano de Belas Artes, no Belvedere da Sé
1952 - São Paulo SP - Coletiva, no MAM/SP
1953 - Recife PE - Mario Cravo Júnior e Carybé, no Teatro de Santa Isabel
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no MAM/SP
1954 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia. - medalha de bronze
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações - primeiro prêmio desenho
1956 - Salvador BA - Artistas Modernos da Bahia, na Galeria Oxumaré
1956 - Veneza (Itália) - 28ª Bienal de Veneza
1957 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Arte Moderna
1957 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Arte Moderna - isenção de júri
1957 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, no MAM/SP
1958 - Nova York (Estados Unidos) - Works by Brazilian Artists, no MoMA
1958 - São Francisco (Estados Unidos) - Works by Brazilian Artists, no Fine Arts Museums of San Francisco
1958 - Washington (Estados Unidos) - Works by Brazilian Artists, na Pan American Union
1959 - Salvador BA - Artistas Modernos da Bahia, na Escola de Odontologia
1959 - Seattle (Estados Unidos) - 30º International Exhibition, no Seattle Art Museum
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho - sala especial
1963 - Lagos (Nigéria) - Brazilian Contemporary Artists, no Nigerian Museum
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1964 - Salvador BA - Exposição de Natal, na Galeria Querino
1966 - Bagdá (Iraque) - Coletiva, patrocinada pela Fundação Calouste Gulbenkian
1966 - Madri (Espanha) - Artistas da Bahia, no Instituto de Cultura Hispânica
1966 - Roma (Itália) - Coletiva, no Palácio Piero Cartona
1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas (Bienal da Bahia) - sala especial
1966 - Salvador BA - Desenhistas da Bahia, na Galeria Convivium
1967 - Salvador BA - Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte
1967 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, em A Galeria
1968 - São Paulo SP - Artistas Baianos, em A Galeria
1969 - Londres (Inglaterra) - Coletiva, na Tryon Gallery
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1969 - São Paulo SP - Carybé, Carlos Bastos e Mario Cravo Jr. , na Galeria de Arte Portal
1970 - Liverpool (Inglaterra) - 12 Artistas Contemporâneos Brasileiros, na The University of Liverpool
1970 - Porto Alegre RS - Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Instituto de Artes da UFRGS
1970 - Rio de Janeiro RJ - Pintores da Bahia, na Galeria Marte 21
1970 - Salvador BA - Exposição de Reinauguração da Panorama Galeria de Arte
1970 - São Paulo SP - Exposição de Natal, na Galeria Irlandini
1971 - São Paulo SP - 11ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - sala especial
1971 - São Paulo SP - 3º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1972 - Recife PE - Arte Baiana Hoje, no Hotel Miramar
1972 - São Paulo SP - 50 Anos de Arte Moderna no Brasil, em A Galeria
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1973 - Belo Horizonte MG - Jorge Amado e os Artistas de Teresa Batista Cansada de Guerra, na Galeria de Arte Ami
1973 - Salvador BA - 150 Anos de Pintura na Bahia, no MAM/BA
1973 - São Paulo SP - 12ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - sala especial
1973 - São Paulo SP - Carybé e Ramiro Bernabó, no A Galeria
1973 - São Paulo SP - 1ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão 
1973 - Tóquio (Japão) - 1ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão 
1973 - Atami (Japão) - 1ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão 
1973 - Osaka (Japão) - 1ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão 
1973 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão 
1973 - Brasília DF - 1ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1974 - Salvador BA - Plásticos da Bahia
1974 - Salvador BA - 1º Salão de Arte do Clube de Engenharia da Bahia
1975 - Rio de Janeiro RJ - Carybé e Aldemir Martins, na Mini Gallery
1975 - Salvador BA - Feira da Bahia
1975 - São Paulo SP - 2ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
1975 - Tóquio (Japão) - 2ª Exposição de Belas Artes Brasil - Japão
1975 - Atami (Japão) - 2ª Exposição de Belas Artes Brasil - Japão
1975 - Osaka (Japão) - 2ª Exposição de Belas Artes Brasil - Japão
1975 - São Paulo SP - 2ª Exposição de Belas Artes Brasil - Japão
1975 - Rio de Janeiro RJ - 2ª Exposição de Belas Artes Brasil - Japão
1975 - Brasília DF - 2ª Exposição de Belas Artes Brasil - Japão
1976 - São Paulo SP - Carybé e Preti, na Grifo Galeria de Arte
1977 - São Paulo SP - Mostra de Arte, Grupo Financeiro BBI
1977 - Tóquio (Japão) - 3ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1977 - Atami (Japão) - 3ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1977 - Osaka (Japão) - 3ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1977 - São Paulo SP - 3ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1977 - Rio de Janeiro RJ - 3ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1977 - Brasília DF - 3ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - São Paulo SP - 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1979 - Tóquio (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Kioto (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Atami (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Rio de Janeiro RJ - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - São Paulo SP - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1980 - Dacar (Senegal) - Pintores Baianos
1980 - Dacar (Senegal)  - Semana da Bahia
1980 - Fortaleza CE - 11 Artistas da Bahia, na Universidade Federal do Ceará  
1980 - Lisboa (Portugal) - Semana da Bahia, na Cassino Estoril
1980 - Penápolis SP - 4º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1980 - Salvador BA - Gravuras da Coleção Antonio Celestino, no Museu Carlos Costa Pinto
1980 - São Paulo SP - 13ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show
1981 - Nekai (Japão) - 5ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1981 - Tóquio (Japão) - 5ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1981 - Atami  (Japão) - 5ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1981 -  Kioto (Japão) - 5ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1981 - Brasilília DF - 5ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1981 - Rio de Janeiro RJ - 5ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1981 - São Paulo SP - 5ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1982 - Brasília DF - Três Artistas da Bahia, no Centro Cultural Thomas Jefferson
1982 - Salvador BA - A Arte Brasileira da Coleção Odorico Tavares, no Museu Carlos Costa Pinto
1983 - Salvador BA - Artistas Amigos do Bistrô do Luiz
1984 - Aracajú SE - Artistas Baianos, na J. Inácio Galeria de Arte
1984 - Dacar (Senegal) - Artistas da Bahia, na Galeria Nacional
1984 - Fortaleza CE - Artistas da Bahia, na Fundação Edson Queiroz - Universidade
1984 - Salvador BA - Influência de Mãe Menininha do Gantois na Cultura Baiana, no Museu de Arte da Bahia
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - San José (Costa Rica) - Coletiva Arte Bahia, na Galeria 2000
1985 - San José (Costa Rica) - Afro-Bahia, na Galeria de Arte 2000  
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1986 - Brasília DF - Baianos em Brasília, na Casa da Manchete
1986 - Curitiba PR - Um Artista Presenteia a Cidade, no Solar do Barão
1986 - Salvador BA - 39 Desenhos da Coleção Recôncavo, no Museu de Arte da Bahia
1987 - Salvador BA - Doze Artistas Brasileiros, na Anarte Galeria
1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show
1988 - Salvador BA - Os Ilustrados de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado
1988 - São Paulo SP - 15 Anos de Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, na Fundação Mokiti Okada
1988 - São Paulo SP - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, no Sesc Pompéia
1989 - Copenhague (Dinamarca) - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, Museu Charlottenborg
1991 - Curitiba PR - Museu Municipal de Arte: acervo, no Museu Municipal de Arte
1992 - Santo André SP - Litogravura: métodos e conceitos, no Paço Municipal
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus Zürich
1994 - São Paulo SP - Gravuras: sutilezas e mistérios, técnicas de impressão, na Pinacoteca do Estado
1996 - São Paulo SP - Norfest 96: Artes Visuais, no D&D Shopping

Exposições Póstumas

1998 - São Paulo SP - Impressões: a arte da gravura brasileira, no Espaço Cultural Banespa-Paulista
1998 - São Paulo SP - Marinhas em Grandes Coleções Paulistas, no Espaço Cultural da Marinha
1999 - Curitiba PR - Arte-Arte Salvador 450 Anos, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte-Arte Salvador 450 Anos, no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - Salvador BA - 100 Artistas Plásticos da Bahia, no Museu de Arte Sacra
1999 - Salvador BA - Arte-Arte Salvador 450 Anos, no MAM/BA 
1999 - São Paulo SP - A Ressacralização da Arte, no Sesc Pompéia
1999 - São Paulo SP - Cotidiano/Arte.  O Consumo - Metamorfose do Consumo, no Itaú Cultural
1999 - São Paulo SP - Cotidiano/Arte.  O Consumo - Paratodos, no Itaú Cultural
2000 - Rio de Janeiro RJ - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Negro de Corpo e Alma, na Fundação Casa França-Brasil 
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
2001 - São Paulo SP - 4 Décadas, na Nova André Galeria 
2001 - São Paulo SP - Figuras e Faces, em A Galeria
2003 - Rio de Janeiro RJ - Arte em Movimento, no Espaço BNDES