Carlos Araújo

Obras de arte disponíveis

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óleo sobre madeira250 x 147 cm
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óleo sobre madeira110 x 50 cm
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óleo sobre madeira220 x 160 cm
Carlos Araújo - Sem Título

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óleo sobre madeira85 x 65 cm
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óleo sobre tela150 x 65 cm
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óleo sobre tela150 x 65 cm
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Biografia

Carlos Araújo (São Paulo SP 1950)

Carlos Araújo é pintor, desenhista e litógrafo. Iniciou em 1963 seus estudos de forma autodidata com o painel Alegoria ao Carnaval. Entre 1971 e 1975, cursou engenharia na Universidade Mackenzie, em São Paulo. Em 1973, foi convidado a participar da exposição Imagens do Brasil, em Bruxelas. No ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual no MASP, local onde viria a expor em outras ocasiões. Além da pintura, trabalhou com técnicas como o desenho e a litografia. Em 1989, lançou em Paris o livro de litogravuras Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Sua obra apresenta elementos característicos da pintura renascentista. Ao longo da carreira, participou de diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 1980, o painel Anunciação, de sua autoria, foi enviado pelo governo brasileiro ao Papa João Paulo II. Em 1984, recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

A produção artística de Carlos Araújo revela um domínio técnico apurado, associado ao talento que manifestava desde a infância. Seus temas apresentam forte inspiração social, utilizando a realidade brasileira como base para transformar em arte as tragédias e misérias humanas. Suas pinturas, carregadas de espectros, adquirem um tom metafísico pela indefinição das figuras humanas, construída por meio de espaços etéreos, sem profundidade ou peso. As obras não se encerram onde termina a pintura; parecem ter existido antes de serem criadas, e continuam além da superfície estrutural, envoltas por um sopro espiritual e etéreo.

Ao observar suas obras, a pergunta que se impõe não é o que representam, mas quem é seu autor. Carlos Araújo está além de sua própria obra. Seu trabalho não se limita à contemplação visual nem pode ser avaliado apenas pela técnica, pinceladas ou combinação de cores. Cada uma de suas criações surge como um mundo à parte. E seria possível julgar um mundo?

Seu discurso artístico carrega um impulso criativo que se harmoniza com a natureza, em que o sentimento se antecipa à emoção. O movimento emotivo orienta a escolha dos temas, selecionando elementos que ressoam com sua sensibilidade artística.

Há cerca de 15 anos, o artista paulista iniciou um projeto ousado: pintar 900 telas retratando passagens de toda a Bíblia. As obras foram reunidas em um livro, juntamente com uma versão ecumênica do texto sagrado, resultando na publicação Bíblia - Citações, com 685 páginas, medindo 50 cm por 30 cm e pesando 7 quilos.

O trabalho recebeu a aprovação do Papa Bento XVI, que escreveu o prefácio da primeira edição, lançada em 1º de dezembro na Bienal de Arte Contemporânea de Florença, na Itália. A publicação também conta com introdução e apresentação de Dom Mauro Piacenza, arcebispo de Vittoriana, e Dom Emílio Pignoli, primeiro Bispo Diocesano de Campo Limpo. O primeiro exemplar foi entregue ao Pontífice durante sua visita ao Brasil. Cada edição da Bíblia acompanha uma gravura de Carlos Araújo feita especialmente para a obra — são 35 imagens diferentes, com cem cópias cada, totalizando 3.500 exemplares da tiragem em português.

Os resultados desse trabalho, somados à sua trajetória artística, refletem-se em um currículo com exposições no Museu de Arte de São Paulo (MASP – 1979 e 1987), Museu de Arte Brasileira (FAAP – 1984), Bienal Internacional de Arte Contemporânea (Florença – 2007), Casa França-Brasil (Rio de Janeiro – 2007) e no Carrousel du Louvre (Paris – 2008), entre outros espaços de destaque no Brasil e no exterior. Carlos Araújo firmou-se como um dos grandes nomes da arte contemporânea. O artista retornou a Campo Grande, onde apresentou suas Pinturas da Bíblia na Art Galeria Mara Dolzan.

Curiosidades

O artista plástico paulista Carlos Araujo iniciou, há 15 anos, um projeto ousado: pintar 900 telas retratando passagens de toda a Bíblia. Os quadros foram reproduzidos em livro, junto com uma versão ecumênica do texto sagrado, resultando na "Bíblia - Citações", uma edição de 685 páginas, que mede 50cm por 30cm e pesa 7 quilos. O prefácio do livro "Bíblia - Citações" foi escrito pelo Papa Bento XVI e a edição ainda traz introdução e apresentação de Dom Mauro Piacenza, arcebispo de Vittoriana, e Dom Emílio Pignoli, 1º Bispo Diocesano de Campo Limpo, respectivamente. O primeiro exemplar foi entregue ao Pontífice em março deste ano, em sua visita ao Brasil. Cada Bíblia vem com uma gravura feita por Carlos Araujo especialmente para a edição - são 35 imagens diferentes com cem cópias cada, totalizando 3.500 exemplares da tiragem em português.

Críticas

"Anjos, demônios, espectros. pessoas comuns: o universo espectral de Carlos Araújo é povoado de sombras e de aparências anônimas, de silhuetas aprisionadas na fração de uma atitude. Os contornos das formas e dos rostos mal se recortam na fluidez de um espaço sem peso nem profundidade outra que a produzida pelo efeito apoiado do traço ou do toque do pincel. Os tons bistres pálidos ou azulados evocam as aquarelas clássicas do renascimento quanto ao espírito ´romântico-crepuscular´ do autor. (.) Não é sem fundamento que Carlos Araújo reivindica a influência dos ´mestres´ renascentistas, Michelangelo em primeiro lugar, que ele admira tanto por seu gênio visionário quanto por seu poder de trabalho. De fato, esses rostos de mulheres, esses corpos de trabalhadores, essas silhuetas de indígenas, de crianças ou de gente de circo têm, nas posturas e nas proporções, como que uma aparência furtiva, aspectos familiares que lembram os personagens da Capela Sistina. Em suas notas de trabalho, que constituem um comentário analítico de tocante lucidez, Carlos Araújo reencontra com naturalidade os toques leonardianos ou michelangelescos para evocar seus métodos de trabalho, o curso de seu pensamento, os pontos de ancoração de sua visão entre os arrebatamentos do sentimento e as exigências da feitura".
Pierre Restany

"(.). O Trabalho de Araújo mostra a tensão que existe dentro da humanidade de certa maneira, é a convicção de que a Bíblia manifesta a mensagem de salvação da história humana. Sua crônica, que ocorre através das alegorias e freqüentemente é inspirada por fontes religiosas, se dirige ao Brasil tumultuoso e mutante de hoje, e de todos os tempos. (.) Os homens e mulheres de Araújo são feitos de carne e osso, são impressões do Brasil libertados pelo artista para realizar, de sua própria maneira, uma versão de Gênesis e a previsão de outro Juízo Final. (.). O mundo habitual de Araújo é o mundo das pessoas pequenas, do povo anônimo e sofredor do Brasil. Ele é o testemunho e a memória dos excluídos, dos pescadores, dos tristes, dos amedrontados: o trabalho de Araújo é uma crônica de abandono".
Jorge Glusberg

Entrevista com Carlos Araújo

Por Fernanda Ferraz
Conheci o trabalho de Carlos Raújo pela prineira vez em exposição no MUBE em 2009, cuja curadoria de Bia Lessa transformou aquele museu em uma espécie de santuário. O impacto de seus enormes quadros que retratam imagens bíblicas causam em quem as vê é profundo.
Neste 2012, recebi a incumbência de entrevistar o artista para a revista que comemora 50 anos da Casa do Artista. Estive em seu atelier do Morumbi, habitado por uma quantidade imensa de telas de diversos tamanhos, em várias fases de produção.
Araújo permance ali todos os dias, produzindo como se tivesse recebido uma incumbência divina.
Carlos começou ao pintar aos 13 anos. Autoditada, usou desde o princípio o óleo sobre a tela. Aos 18 anos, conheceu o professor Pietro Maria Bardi, fundador do Museu de Arte de São Paulo, que passou a acompanhar seu trabalho. Os traços fortes imprimidos nesta primeira fase questionavam e criticavam o mundo ao nossoo redor e foram surgindo conforme o jovem artista percebia a existência humana, através de viagens pelo interior do nosso país.
Em 1973 foi convidado por Bardi a fazer sua primeira exposição individual no MASP, cuja tônica eram figuras e controvérsias humanas. O inconformismo com as discrepâncias socias e o questionamento de quem somos nós aparecem em trabalhos como "Consagração da justiça", "Temporalidade da matéria", "Antagonismo", "Retrato de um idealista".
Trabalhadores, índios, nordestinos, personagens circenses, figuras pensativas foram representados, em traços que revelam e escodendem. E seguiram-se exposições no Brasil e no exterior.
"Fazia um crítica sentida": Como pode bater tanta pobreza? Como os homens deixam seus semelhantes ficarem assim?"
Bardi encaminhou um de seus quadros para Bruxelas, na Bélgica, e no final dos anos 1980 veio o convite da editora francesa. Arianne Lancel para produzir um livro - uma ´serie de litografias - que retratasse a dicotomia humana. Tal publicação seria o último de uma série de livros encomendados a grandes artista, inclusive Salvador Dali, com forte influência
da religiosidade.
Ali, Araújo adentrou o mundo espiritual. Mergulhou na leitura da Bíblia e ali encontrou, surpreso, muitas respostas à miséria humana.
A fase foi de imensa transformação, de abandono do ego, imerso em estudos bíblicos, com a escrita arcaica, que causaram sofrimento. Um novo homem estava nascendo e abandonar o que já fomos é sempre doloroso.

Revista C.A - Nesta época havia a produção de que trabalho?
Carlos Araújo - Fiquei por um tempo sem conseguir pintar, deprimido. Percebi que não sou nada, apenas um instrumento. Passei dois anos circulando a Bíblia e passei a pintar
partes boas do livro: a maternidade, a natividade. E cito a palavra de Jesus Cristo "Por que vocês se escandalizam quando digo que sou filho de Deus?" Todos nós somos.
Não existe tempo para a Bíblia: é um texto futurista! Passei a produzi ainda mais interessante. Me sentia desaparecendo, e ao mesmo tempo sentindo a presença do "eu sou". Todos
devemos procurar a luz. São desta época trabalhos como "A ascensão" e "A conversão de Saulo".

R.C - Como é sua técnica?
C.A - Sou engenheiro por formação. Então, há uma parte prática, especialmente no preparo da tela. Tenho alguns assistentes que me ajudam nesta fase. Sobre o tecido natural,
utilizamos muitos produtos, que sempre foram fornecidos pela Casa do Artista, ao longo desses muitos anos. São 7,8,9 mãos de fundo branco, e entre essas mãos de tinta, lixamos,
secamos, reaplicamos, esticamos. Isso é fundamental para que meus quadros tenham essa "profundidade".

R.C - Existem alguns trabalhos favoritos?
C.A - A função do artistas é de muita responsabilidade. Cada trabalho tem minha dedicação total e seu significado, seu valor. Já retratei a dicotomia Terra(matéria) versus
Universo - que é infinitamente maior. Especialmente na ocasião em que passei a retratar a Bíblia, naqueles momentos em que eu não sou eu, quero passar uma mensagem positiva
"Amai ao próximo como a ti mesmo."

R.C - Sente algum preconceito "artístico" pelo fato de se dedicar aos temas bíblicos?
C.A - Não. Me tornei invisível aos valores aos quais a maioria das pessoas está imersa.
"Dentro do mundo espiritual a única palavra que tem poder é a de Jesus, que vem do coração."

R.C - Sua produção é impressionante. Quando você considera pronto um quadro?
C.A - Quando está compreensível. O óleo se modifica. Meus quadros têm luz e sombra, é sutil. As feições são feitas através de projecções. É uma coisa intuitiva e racional ao mesmo
tempo. Trabalho todos os dias, ainda sinto necessidade de pintar. Peço a Deus que eu morra com um pincel na mão.
" A ideia pré-fixada, executada metodicamente, delineia em parte meu processo criativo, de maneira inversa - ele surge como figuras saltando de um fundo subconsciente e preparado."

R.C - No que está trabalhando agora?
C.A - Entre tantas telas, por onde transito, vou e volto, estou dedicado este ano a uma encomenda que recebi: o painel "Genessi II Sesto Giorno", parte da exposição organizada pelo
Governo Italiano em um espaço cedido a cada país que compõe o Parlamento anualmente, no próximo mês de setembro.

R.C - Você tem um trabalho maravilhoso, tocante. Se sente feliz com essa função?
C.A - Ser feliz é muito relativo. Posso dizer que sou muito mais do que esta definição, a felicidade que todos dizem procurar. Existe algo maior, que experimento: a plenitude.
"Trabalho dez horas por dia,e sinto que meu corpo, às vezes, já não me obedece em minhas visões. A pintura me leva à inconciência e letargia. Incorporar a realidade ao mundo dos
sonhos. Transcender. Ah, a bem-aventurança da lucides, ao invés da incompreensão."

Exposições Individuais

1974 - São Paulo SP - Carlos Araújo: pinturas, no Masp
1979 - São Paulo SP - Carlos Araújo: pinturas, no Masp
1982 - São Paulo SP - Individual, no Centro Campestre do Sesc
1984 - São Paulo SP - Individual, no Clube Atlético Monte Líbano. São Paulo SP - Trinta Painéis de Carlos Araújo, no MAB/Faap
1985 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte Aplicada
1986 - Salvador BA - Individual, no Escritório de Arte da Bahia
1987 - São Paulo SP - Individual, no Masp
1989 - Paris (França) - Carlos Araújo: pinturas e esculturas, na Galerie Furstemberg
1992 - Panamá (Panamá) - Individual, na Bernhein Gallery
1996 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Votre Galeria de Arte
1997 - Curitiba PR - Individual, na Simões de Assis Galeria de Arte
1998 - Fortaleza CE - Individual, na Galeria Multiarte
2000 - Miami (Estados Unidos) - Cenas da Bíblia, na Praxis Art International Gallery. Nova York (Estados Unidos) - Individual, na. Praxis Art International Gallery. Nova York (Estados Unidos) - Cenas da Bíblia, na Praxis Art International Gallery. São Paulo SP - Ascensão, no Espaço de Artes Unicid
2001 - Curitiba PR - Cenas da Bíblia, na Simões de Assis Galeria de Arte. São Paulo SP - Cenas da Bíblia, na Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa

Exposições Coletivas

1973 Bruxelas (Bélgica) - Imagens do Brasil
1976 - Penápolis SP - 2º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1977 - São Paulo SP - Mostra de Arte, no Grupo Financeiro BBI
1978 - Cidade do México (México) - 1ª Bienal Ibero-Americana de Pintura
Penápolis SP - 3º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1979 - São Paulo SP - Arte no Brasil: uma história de cinco séculos, no Masp
1980 - Penápolis SP - 4º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1982 - Bauru SP - 80 Anos de Arte Brasileira. Marília SP - 80 Anos de Arte Brasileira. Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis. São Paulo SP - 80 Anos de Arte Brasileira, no MAB/Faap
1983 - Belo Horizonte MG - 80 Anos de Arte Brasileira, na Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes. Campinas SP - 80 Anos de Arte Brasileira, no MACC. Curitiba PR - 80 Anos de Arte Brasileira, no MAC/PR. Ribeirão Preto SP - 80 Anos de Arte Brasileira. Santo André SP - 80 Anos de Arte Brasileira, na Prefeitura Municipal de Santo André
1985 - São Paulo SP - 7 Pintores da Arte Contemporânea Brasileira, na Galeria de Arte Portal
1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show
1991 - Chicago (Estados Unidos) - Art Chicago International Art Exposition
1992 - Miami (Estados Unidos) - Art Miami International Art Exposition. Santo André SP - Litogravura: métodos e conceitos, no Paço Municipal
1995 - Buenos Aires (Argentina) - Feira de Arte de Buenos Aires
1997 - Curitiba PR - Casa Cor Sul, na Simões de Assis Galeria de Arte
1999 - Curitiba PR - Destaques da Pintura Brasileira, na Simões de Assis Galeria de Arte
São Paulo SP - Litografia: fidelidade e memória, no Espaço de Arte Unicid
2001 - Caracas (Venezuela) - Feira Ibero Americana de Arte. Miami (Estados Unidos) - Art Miami
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte
2004 - São Paulo SP - Coletiva de Artistas Contemporâneos, no Esporte Clube Sírio

Cronologia

1980 - O painel Anunciação é enviado pelo governo brasileiro ao Papa João Paulo II. A obra encontra-se hoje no Museu do Vaticano
1981 - São Paulo SP - Executa o painel Os Trabalhadores, para o Banco Itaú, iniciando fase social
1984 - São Paulo SP - Recebe o prêmio da APCA
1987 - Paris (França) - Claude Draeger edita monografia ilustrada, intitulada Araújo, sobre sua pintura, com apresentação de Pietro Maria Bardi e Pierre Restany, reeditada em 1995
1989 - Paris (França) - Lançamento do livro de litogravuras Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, editado por Ariene Lancell, inspirado na obra de Blasco Ibañez
1996 - São Paulo - Artista homenageado na 28º Chapel Art Show

Veja também