Anita Malfatti (São Paulo SP 1889 - idem 1964)
Anita Malfatti foi uma pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora brasileira, reconhecida como uma das pioneiras da arte moderna no Brasil. Iniciou seu aprendizado artístico com a mãe, Bety Malfatti (1866-1952), e, devido a uma atrofia congênita no braço e mão direita, pintava com a mão esquerda. Em 1909, criou obras marcantes, incluindo a chamada "Primeira Tela de Anita Malfatti".
Entre 1910 e 1914, Anita Malfatti viveu na Alemanha, onde aprofundou seus estudos na Academia Imperial de Belas Artes de Berlim, sob a orientação de mestres como Fritz Burger-Mühlfeld, Lovis Corinth e Ernst Bischoff-Culm. Durante esse período, também se dedicou ao estudo da gravura e teve contato com as principais coleções de arte europeias.
De 1915 a 1916, a artista residiu em Nova York, onde estudou na Arts Students League com renomados professores, como George Brant Bridgman, Dimitri Romanoffsky e Homer Boss. Sua primeira exposição individual foi em 1914, no Mappin Stores, em São Paulo. Anita Malfatti ganhou destaque em 1917, quando suas obras foram analisadas criticamente por Monteiro Lobato, gerando grande repercussão. Em resposta, Oswald de Andrade defendeu a artista em artigo publicado no Jornal do Comércio.
A artista também estudou pintura com Pedro Alexandrino e Georg Elpons e se dedicou ao estudo do modelo nu. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, apresentando 20 obras, incluindo "O Homem Amarelo", e integrou o Grupo dos Cinco, ao lado de Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Pichia.
Em 1923, Anita Malfatti recebeu uma bolsa do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo e se transferiu para Paris, onde estudou com Maurice Denis e se relacionou com artistas como Fernand Léger, Henri Matisse e Tsugouharu Foujita.
De volta ao Brasil em 1928, passou a lecionar desenho e pintura no Mackenzie College, na Escola Normal Americana e em seu ateliê. Na década de 1930, participou da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM), da Família Artística Paulista (FAP) e do Salão Revolucionário.
A artista teve sua primeira retrospectiva em 1949, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), e, em 1951, participou do 1º Salão Paulista de Arte Moderna e da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, consolidando seu legado no cenário da arte moderna brasileira.
Uma infância difícil
Anita Malfatti teve uma infância marcada por desafios que moldaram sua trajetória artística. Em Roma, sua mãe, uma mulher de meia-idade fluente em italiano, mas com forte sotaque inglês, entrou no consultório de um hospital carregando sua filha de apenas três anos. O braço direito de Anita estava enfaixado e imobilizado, após uma cirurgia para corrigir um defeito congênito que limitava os movimentos de sua mão e braço.
O médico informou que o procedimento não havia surtido o efeito esperado, e que o braço de Anita Malfatti não recuperaria os movimentos naturais. O caso era irreversível, e o médico sugeriu que a menina passasse a usar a mão esquerda para suas atividades diárias.
Dessa forma, Anita Malfatti, originalmente destra, tornou-se canhota por necessidade. Com intenso treinamento e dedicação, ela superou as dificuldades dessa condição, adaptando-se de maneira notável e desenvolvendo habilidades artísticas que viriam a ser fundamentais em sua carreira.
Uma adolescente atribulada
Anita Malfatti não nasceu em um berço de ouro, mas tampouco enfrentou grandes dificuldades financeiras. Seu pai, Samuel Malfatti, um engenheiro italiano, e sua mãe, Elisabete, uma pintora e desenhista americana com vasta formação cultural, sempre priorizaram a educação de Anita Malfatti.
Bem estruturada, Anita Malfatti passou com facilidade no exame de seleção do Mackenzie College, onde se formou professora aos 19 anos. No entanto, logo após a formatura, enfrentou uma grande perda: o falecimento de seu pai, com quem tinha uma relação muito próxima. Com a tragédia, sua mãe passou a lecionar idiomas e pintura, enquanto Anita Malfatti complementava a renda da família trabalhando como professora.
Um socorro oportuno
Anita Malfatti teve seu talento artístico reconhecido ainda jovem por seu tio e padrinho, que, sensibilizados por sua habilidade, se sacrificaram financeiramente para possibilitar sua viagem de estudos à Alemanha. Em setembro de 1910, Anita chegou a Berlim, mas, devido ao calendário escolar em andamento, não conseguiu se matricular em uma escola regular. Ela então iniciou aulas particulares no ateliê de Fritz Burger. No início de 1911, conseguiu se matricular na Academia Real de Belas-Artes.
Sua visão artística, inicialmente focada no ensino acadêmico, foi transformada ao visitar uma exposição do grupo de pesquisa Sounderbund. Foi nesse momento que Anita Malfatti teve seu primeiro contato com a arte moderna, marcada pela ruptura com o academicismo. Fascinada por essa nova abordagem, aproximou-se do grupo e passou a estudar com Lovis Corinth e, posteriormente, com Ernst Bischoff-Culm. Sob a orientação desses mestres, aprendeu a pintura livre e a técnica da gravura em metal, elementos que viriam a influenciar profundamente sua trajetória artística.
Nos Estados Unidos, a liberdade
Anita Malfatti regressou ao Brasil em 1914 e, em seguida, viajou para os Estados Unidos, terra natal de sua mãe. Matriculou-se na Art Students League, uma instituição desvinculada das academias tradicionais, onde, sob a orientação de Homer Boss, teve a liberdade de pintar sem limitações estéticas, explorando toda a força criativa de sua expressão.
Foi nesse período que Anita Malfatti atingiu a fase mais brilhante de sua carreira, criando obras emblemáticas como O Homem Amarelo, Mulher de Cabelos Verdes e O Japonês. Esse foi o auge de sua consagração artística, ao lado de mestres renomados e diante de um público capaz de perceber a beleza e as emoções contidas em suas obras.
Preparada para retornar ao Brasil, Anita Malfatti questionava: estaria o Brasil preparado para recebê-la?
A exposição de 1917
Anita Malfatti retornou ao Brasil em 1916, aos 27 anos, agora uma artista madura e segura de sua nova abordagem, voltada para o Expressionismo. Impulsionada pelos comentários positivos de amigos e pelo apoio de modernistas como Di Cavalcanti, e especialmente pelas palavras de incentivo do crítico Nestor Rangel Pestana, ela decidiu realizar sua primeira grande exposição.
Em 12 de dezembro de 1917, Anita Malfatti alocou um espaço no Mappin Stores, na rua Líbero Badaró, em São Paulo, onde apresentou suas obras. Contudo, o que parecia ser um grande momento de afirmação artística tornou-se um cenário de ataques inesperados. Não foi a crítica dos adversários que a surpreendeu, mas a feroz reação de um aliado: o escritor Monteiro Lobato (1882-1948), que, em um artigo publicado, disparou duras críticas contra a jovem pintora, gerando um amplo debate sobre a arte moderna no Brasil.
Não viu e não gostou
Anita Malfatti foi alvo de uma crítica feroz por parte de Monteiro Lobato, um escritor que, ao longo de sua carreira, se distanciou dos padrões literários estabelecidos. Conhecido por seu estilo inovador e por questionar as normas da literatura brasileira, Lobato defendia a valorização da cultura nacional e a discussão dos problemas do país.
No entanto, ao contrário do que se imagina, Monteiro Lobato sequer compareceu à exposição de Anita Malfatti. Ele não viu nada, mas não gostou do que não viu. Em um artigo virulento publicado no O Estado de São Paulo, Lobato fez duras críticas às obras de Anita, associando-as a movimentos artísticos europeus como o cubismo, e direcionou sua ira não só contra a pintora, mas também contra o movimento modernista como um todo.
Sua reação foi inesperada, causando surpresa até mesmo entre aqueles que conheciam a postura intempestiva do escritor. O mais curioso é que, pouco tempo antes, a editora de Lobato havia publicado um livro de Oswald de Andrade, um dos principais modernistas, cuja capa foi desenhada justamente por Anita Malfatti. Esse episódio se tornou um marco na história da arte moderna brasileira, acentuando a polarização entre os modernistas e seus críticos.
Paranóia ou mistificação
Monteiro Lobato, em seu artigo Paranóia ou Mistificação – A Propósito da Exposição Malfatti, atacou de forma contundente as escolas de arte moderna, descrevendo-as como “furúnculos de cultura excessiva”, frutos de um cansaço intelectual e da decadência das épocas passadas. O título da crítica refletia sua visão: ele considerava a arte de Anita Malfatti e outros modernistas como uma mistura de paranóia e mistificação.
Lobato argumentava que, embora os modernistas se apresentassem como vanguardistas, suas obras não passavam de uma repetição de elementos artísticos antigos, classificando-os como "nada mais velho do que a arte anormal ou teratológica". Para ele, a arte dos manicômios, produzida por mentes transtornadas, era genuína, enquanto a arte moderna, exposta ao público, carecia de lógica e sinceridade. Anita Malfatti e outros artistas da época eram, em sua opinião, vítimas de uma falsa estética, sem qualquer fundamento verdadeiro.
Abalo e desorientação
Anita Malfatti foi profundamente impactada pela crítica de Monteiro Lobato, que desencadeou um período de grande abalo emocional. Embora suas palavras iniciais, que elogiavam o talento da artista, tentassem suavizar o tom agressivo do restante do artigo, o dano foi irreparável. A jovem pintora, com sua personalidade sensível, entrou em uma profunda depressão, marcada por uma crise de desorientação e descrença, sentimentos que a acompanhariam por grande parte de sua vida.
Em resposta à crítica devastadora, Anita Malfatti inicialmente afastou-se da arte, considerando até mesmo abandoná-la. No entanto, após um ano de introspecção, ela fez uma reviravolta significativa. Decidiu retomar os estudos, iniciando aulas de natureza-morta com o mestre Pedro Alexandrino Borges. Foi nesse período que ela conheceu Tarsila do Amaral, com quem iniciou uma amizade duradoura e de grande influência.
Após a viagem de Tarsila à Europa, Anita Malfatti passou a estudar com outro mestre conservador, Jorge Fischer Elpons, também especializado em naturezas-mortas. A artista foi, então, incentivada por seus amigos a participar da Semana de Arte Moderna de 1922, evento fundamental para o movimento modernista brasileiro. No ano seguinte, com o apoio de uma bolsa de estudos, viajou para Paris, onde reencontrou Tarsila, Oswald de Andrade, Brecheret e Di Cavalcanti. Ao retornar ao Brasil, sua confiança estava restaurada, mas ela decidiu não se lançar em novas experiências tão audaciosas quanto as anteriores.
A partir desse momento, sua arte se tornou uma fusão de influências diversas, que logo foram notadas pelos críticos. Sua produção passou a ser descrita como uma combinação única de estilos: "A Sra. Malfatti faz o viajante percorrer os séculos e os gêneros. É primitiva, clássica e moderna avançada, faz retratos e naturezas-mortas."
Um mundo alienado
Anita Malfatti viveu uma trajetória marcada por intensas reviravoltas emocionais e profissionais, e sua exposição de 1917, embora revolucionária, ocorreu em um momento em que o Brasil não estava pronto para a arte moderna. O ataque de Monteiro Lobato não foi apenas uma crítica à sua obra, mas um confronto direto com o modernismo, movimento do qual ela fazia parte. Anita Malfatti se viu no epicentro de uma batalha ideológica, sendo atingida pelas críticas não só por sua arte, mas pela associação com um movimento que estava desafiando as convenções culturais do país.
Considerada por Pietro Maria Bardi como a maior pintora brasileira, Anita Malfatti jamais se recuperou totalmente do impacto causado pela crítica de Lobato. Como Mário de Andrade diria mais tarde: "Ela fraquejou, sua mão, indecisa, se perdeu." Essas palavras refletem o quanto a artista, após a intensa pressão psicológica, não conseguiu retomar a confiança em sua própria produção.
Nos últimos anos de sua vida, Anita Malfatti se afastou do mundo artístico e se mudou com sua irmã Georgina para uma chácara em Diadema, no interior de São Paulo. Ali, ela passou seus dias cuidando do jardim e vivendo em um mundo próprio, distante das galerias e dos críticos que um dia definiram seu destino artístico. Anita Malfatti faleceu em 6 de novembro de 1964, isolada do mundo, mas ainda com seu legado de pioneirismo na arte moderna brasileira, que só seria plenamente reconhecido após sua morte.
Comentário crítico
Anita Malfatti iniciou seu aprendizado artístico com sua mãe, Bety Malfatti (1866–1952), e, aos 20 anos, foi para a Europa em busca de aprimoramento. Com o apoio financeiro de seu tio, o engenheiro-arquiteto George Krug (1869–1919), Anita se estabeleceu em Berlim, onde ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes. Durante sua estadia na Alemanha, entre 1910 e 1914, ela se familiarizou com as coleções de museus e a efervescente cena expressionista da época, que influenciaria de forma significativa sua produção artística.
O primeiro contato de Anita Malfatti com o modernismo se deu nas aulas com Fritz Burger-Mühlfeld, um artista ligado ao pós-impressionismo alemão, e se intensificou com os cursos de Lovis Corinth e Ernst Bischoff-Culm. Em 1912, a visita à retrospectiva Sonderbund em Colônia consolidou seu envolvimento com a arte moderna. Nas obras dessa fase, embora o contorno clássico ainda estivesse presente, a cor adquiriu maior expressividade, revelando dinamismo e movimento. Esse aprendizado trouxe uma ruptura com a tradição acadêmica, algo que se tornaria uma característica constante em sua trajetória.
Em 1915, Anita Malfatti continuou seus estudos nos Estados Unidos, onde teve aulas com Homer Boss na Independent School of Art. Essa experiência foi crucial para seu amadurecimento artístico, permitindo-lhe adotar contornos mais grossos e sinuosos, como visto em O Farol e O Homem Amarelo, que quebravam com a verossimilhança clássica, criando figuras mais volumosas e expressivas. Esse período de liberdade criativa deu à artista uma base sólida para desenvolver sua própria identidade visual, afastando-se das convenções acadêmicas.
De volta ao Brasil em 1917, Anita Malfatti integrou sua liberdade compositiva com uma crítica ao nacionalismo e aos modelos artísticos importados. Obras como Tropical (1917), inicialmente chamada Negra Baiana, e Caboclinha (1907) exemplificam essa transição, evidenciando sua crescente adesão às vanguardas. A Exposição de Arte Moderna de 1917, sua segunda individual, foi um marco, tanto para sua carreira quanto para o movimento modernista brasileiro. Embora tenha sido criticada por figuras como Monteiro Lobato, a mostra aproximou artistas e intelectuais que mais tarde fundariam a Semana de Arte Moderna de 1922, o que consolidou Anita como uma das maiores pioneiras da arte moderna brasileira.
A crítica feroz de Lobato abalou a confiança de Anita Malfatti em sua pesquisa artística, mas ela se reergueu e, a partir de 1921, voltou a explorar as vanguardas, participando da Semana de Arte Moderna de 1922. A crítica de Sérgio Milliet, que a considerou a maior artista do evento, reafirmou seu lugar no cenário artístico nacional. Em 1923, com uma bolsa do Pensionato Artístico do Estado, ela se mudou para Paris, onde se afastou das polêmicas vanguardistas e explorou novas influências, como o fauvismo e a pintura primitiva. Nesse período, produziu obras como Interior de Mônaco e La Rentrée, que evidenciam sua busca por uma estética mais simplificada.
Ao retornar ao Brasil em 1928, Anita Malfatti passou a explorar temas regionalistas, com uma nova abordagem que se aproximava de formas tradicionais, como a pintura renascentista e a arte naïf. Sua associação com a Família Artística Paulista (FAP) na década de 1940 refletiu uma nova fase de sua produção, mais espontânea e livre das pressões de inovação constantes. Nos anos 1950, sua obra passou a incorporar cenas da vida popular, o que a aproximou da arte não erudita.
Em 1963, um ano antes de sua morte, Anita Malfatti teve uma individual na Casa do Artista Plástico e foi homenageada com uma retrospectiva na 7ª Bienal Internacional de São Paulo. Essas últimas homenagens em vida refletem o reconhecimento tardio de sua importância no movimento modernista brasileiro e solidificam seu legado como uma das artistas mais inovadoras e corajosas de sua geração.
Críticas
Paulo Mendes de Almeida
A exposição de 1917 como marco fundacional
"Com Anita Malfatti desapareceu a personalidade historicamente mais importante do movimento modernista. Já é fato sabido, registrado em tantos pronunciamentos, que sua exposição de 1917 se constituiu na abertura de um apaixonado debate, até então desconhecido no país, entre as velhas concepções estéticas e as novas tendências, já vitoriosas nos grandes centros artísticos universais. [...] Chamamo-la de 'exposição insurrecional'."
Fonte: ALMEIDA, Paulo Mendes de. Mario de Andrade e a "sensitiva do Brasil". In: _______. De Anita ao museu. São Paulo: Perspectiva: Diâmetros Empreendimentos, 1976. cap. 2, p. 17.
Monteiro Lobato
Crítica negativa à estética moderna
"Essa artista possui um talento vigoroso, fora do comum. [...] Entretanto, seduzida pelas teorias do que ela chama arte moderna, penetrou nos domínios dum impressionismo (sic) discutibilíssimo [...] futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos da arte caricatural."
Fonte: LOBATO, Monteiro. [A propósito da exposição Malfatti]. Apud BATISTA, Marta Rossetti. Anita Malfatti e o início da arte moderna no Brasil: vida e obra. São Paulo, 1980. v. 1. p. 165.
Oswald de Andrade
Defesa da originalidade e ruptura
"Possuidora de uma alta consciência do que faz [...] a vibrante artista não temeu levantar com os seus cinqüenta trabalhos as mais irritadas opiniões [...] A sua arte é a negação da cópia, a ojeriza da oleografia."
Fonte: ANDRADE, Oswald. [A Exposição Anita Malfatti]. Apud BATISTA, Marta Rossetti. Anita Malfatti e o início da arte moderna no Brasil: vida e obra. São Paulo, 1980. v. 1. p. 175. (Publicado no Jornal do Commércio, 11/01/1918)
Menotti del Picchia
Revisão de opinião e reconhecimento da ousadia
"Caí, a respeito de Anita Malfatti, no visgo do seu estilo [Lobato] e [...] julguei, com o critério de Lobato [...] Comigo milhares de paulistas [...] Julgaram essa mulher singular [...] que, quando não tivesse outro mérito, teria o de haver rompido [...] a nossa sonolência de retardatários."
Fonte: PICCHIA, Menotti. Apud BATISTA, Marta Rossetti. Anita Malfatti e o início da arte moderna no Brasil: vida e obra. São Paulo, 1980. v. 1. p. 213. (Publicado no Correio Paulistano, nov. 1920)
Marta Rossetti Batista
Sobre o pioneirismo e o isolamento
"Anita Malfatti antecedeu, em diversos anos, o primeiro grupo de vanguarda de modernistas brasileiros [...] O aparecimento prematuro e isolado da expressionista brasileira contribuiu para sua desestruturação [...]"
Fonte: BATISTA, Marta Rossetti. Anita Malfatti e o início da arte moderna no Brasil: vida e obra. São Paulo, 1980. v. 1. p. 255.
Sobre o impacto do escândalo e o ostracismo
"Depois da exposição Anita se retirou. Foi para casa e desapareceu, ferida [...] 'Então começou o peso do ostracismo. Todo o meu trabalho ficou cortado [...]' [...] Ficou sabendo que não poderiam estimular, compreender, e nem mesmo aceitar 'aquelas coisas dantescas' [...]"
Fonte: Idem, p. 196.
Tadeu Chiarelli
Reflexão crítica sobre o retorno à ordem e o amadurecimento estético
"Resultado de um fenômeno mais comum [...] vários artistas da vanguarda internacional passaram por um processo de recuperação dos valores da arte anteriores às experimentações estéticas dos primeiros anos do século XX. [...]
Anita Malfatti, em seu longo processo de retorno a uma suposta ordem perene da arte, tem nesses desenhos um dos pontos mais altos de sua obra."
Fonte: CHIARELLI, Tadeu. Arte internacional brasileira. São Paulo: Lemos, 1999. p. 165–167.
Depoimentos
Anita Malfatti
Descobrindo a cor e a luz na pintura moderna
"Quando cheguei à Europa, vi pela primeira vez a pintura. Quando visitei os museus fiquei tonta. Comecei a querer descobrir no que os grandes santos das escolas italianas eram diferentes dos santinhos dos colégios. Tanto me encantavam uns quanto os outros. Fiquei infeliz porque a emoção não era de deslumbramento, mas de perturbação e de infinito cansaço diante do desconhecido.
Assim passei semanas voltando diariamente ao Museu de Dresde. Em Berlim continuei a busca e comecei a desenhar. Desenhei seis meses dia e noite.
Um belo dia fui com uma colega ver uma grande exposição de pintura moderna. Eram quadros grandes. Havia emprego de quilos de tinta e de todas as cores. Um jogo formidável. Uma confusão, um arrebatamento, cada acidente de forma pintado com todas as cores.
O artista não havia tomado tempo para misturar as cores, o que para mim foi uma revelação e minha primeira descoberta. Pensei, o artista está certo. A luz do sol é composta de três cores primárias e quatro derivadas. Os objetos se acusam só quando saem da sombra, isto é, quando envolvidos na luz. Tudo é resultado da luz que os acusa, participando de todas as cores.
Comecei a ver tudo acusado por todas as cores. Nada nesse mundo é incolor ou sem luz.
Procurei o homem de todas as cores, Lovis Corinth, e dentro de uma semana comecei a trabalhar na aula desse professor. Comprei incontinente uma porção de tintas, e a festa começou.
Continuava a ter medo da grande pintura como se tem medo de um cálculo integral."
Fonte: MALFATTI, Anita. Apud BATISTA, Marta Rossetti; LOPEZ, Telé Ancona; LIMA, Yvone Soares de (Orgs.). Brasil: 1º tempo modernista 1917/25: documentação. São Paulo: IEB/USP, 1972. p. 41.
Acervos
Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. - São Paulo SP
Acervo Banco Itaú S.A. - São Paulo SP
Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil. - São Paulo SP
Casa Guilherme de Almeida - São Paulo SP
Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros - IEB/USP - São Paulo SP
Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ - Rio de Janeiro RJ
Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP - São Paulo SP
Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ - Rio de Janeiro RJ
Museu de Arte Brasileira - MAB/Faap - São Paulo SP
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp - São Paulo SP
Museu Nacional de Belas Artes - MNBA - Rio de Janeiro RJ
Exposições Individuais
1914 - São Paulo SP - Primeira Individual, no Mappin Stores
1917 - São Paulo SP - Exposição de Pintura Moderna Anita Malfatti, na Rua Líbero Badaró nº 111
1920 - São Paulo SP - Individual, no Clube Comercial
1921 - Santos SP - Individual, no Vestíbulo do Politeama Rio Branco
1926 - Paris (França) - Individual, na Galerie André
1929 - São Paulo SP - Individual, na Rua Líbero Badaró nº 20 - sobreloja
1935 - São Paulo SP - Individual, no Palácio das Arcadas
1937 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Palace Hotel
1938 - São Paulo SP - Individual, na Exposição de Arte e Decoração
1938 - São Paulo SP - Individual, na Rua Ceará, 219 (Atelier da Artista)
1945 - São Paulo SP - Individual, no IAB/SP
1949 - São Paulo SP - Anita Malfatti: retrospectiva, no Masp
1950 - São Paulo SP - Individual,na Rua Ceará, 219 (Atelier da Artista)
1955 - São Paulo SP - Individual, no Masp
1957 - São Paulo SP - Exposição Comemorativa do Quadragésimo Aniversário da Exposição de 1917, no Clubinho
1963 - São Paulo SP - Individual, na Casa do Artista Plástico
Exposições Coletivas
1917 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1917 - São Paulo SP - Exposição do Saci, na Rua Líbero Badaró nº 111
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - São Paulo SP - 1ª Exposição Geral de Belas Artes, no Palácio das Indústrias
1922 - São Paulo SP - Semana de Arte Moderna, no Theatro Municipal
1923 - Paris (França) - Exposição de Artistas Brasileiros, na Maison de L'Amérique Latine
1924 - Paris (França) - 17º Salão de Outono, no Grand Palais
1924 - Paris (França) - Exposition d'Art Latin Américain, no Musée Galleria
1925 - Paris (França) - 18º Salão de Outono, no Grand Palais
1926 - Paris (França) - 19º Salão de Outono, no Palais de Bois
1926 - Paris (França) - 37ª Exposition Societé des Artistes Indépendants, no Palais de Bois
1926 - Paris (França) - Salon du Franc, no Musée Galliera
1927 - Paris (França) - 20º Salão de Outono, no Grand Palais
1927 - Paris (França) - 38ª Exposition Societé des Artistes Indépendants, no Grand Palais
1927 - Paris (França) - 5º Salon des Tuileries, no Palais de Bois
1928 - Paris (França) - 39ª Exposition Societé des Artistes Indépendants, no Grand Palais
1930 - Nova York (Estados Unidos) - International Art Center, no Nicholas Roerich Museum
1930 - Nova York (Estados Unidos) - The First Representative Collection of Paintings by Brazilian Artists, no Nicholas Roerich Museum
1930 - São Paulo SP - Exposição de uma Casa Modernista
1931 - Rio de Janeiro RJ - Exposição na Primeira Casa Modernista do Rio de Janeiro, na Rua Toneleros
1931 - Rio de Janeiro RJ - Salão Revolucionário, na Enba
1933 - São Paulo SP - 1ª Exposição de Arte Moderna da SPAM, no Palacete Campinas
1934 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Belas Artes, na Rua 11 de Agosto
1935 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Belas Artes
1935 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Belas Artes
1936 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Belas Artes
1937 - São Paulo SP - 1º Salão da Família Artística Paulista, no Esplanada Hotel de São Paulo
1938 - São Paulo SP - 4º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1939 - São Paulo SP - 2º Salão da Família Artística Paulista, no Automóvel Clube
1939 - São Paulo SP - 3º Salão de Maio, na Galeria Itá
1939 - São Paulo SP - 5º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1940 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão da Família Artística Paulista, no Palace Hotel
1941 - São Paulo SP - 6º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1941 - São Paulo SP - 1º Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, no Parque da Água Branca
1943 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Anti-Eixo, no Museu Histórico e Diplomático. Palácio Itamaraty
1943 - São Paulo SP - 8º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1943 - São Paulo SP - Exposição Anti-Eixo, na Galeria Prestes Maia
1944 - Belo Horizonte MG - Exposição de Arte Moderna, no Edifício Mariana
1944 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Artes Plásticas, no ABI
1944 - São Paulo SP - 9º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1944 - São Paulo SP - Anita Malfati, Clóvis Graciano, Hilde Weber, Nelson Nóbrega, Francisco Rebolo, na Galeria Jaraguá
1944 - São Paulo SP - Exposição de Pintura Moderna Brasileira-Norte-Americana, na Galeria Prestes Maia
1945 - São Paulo SP - Anita Malfati, Virgínia Artigas, Clóvis Graciano, Mick Carnicelli, Oswald de Andrade Filho, José Pancetti, Carlos Prado, Francisco Rebolo, Quirino da Silva, Alfredo Volpi, Mario Zanini, na Galeria Itapetininga
1946 - São Paulo SP - 10º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1946 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1946 - São Paulo SP - Exposição de Desenhos Originais de Artistas de São Paulo, NA Biblioteca Municipal Alceu Amoroso Lima
1946 - São Paulo SP - Homenagem Póstuma a Mário de Andrade, na Galeria Itá
1948 - São Paulo SP - Exposição de Artes Plásticas de Pintoras e Escultoras de São Paulo, no Theatro Municipal
1949 - Salvador BA - 1º Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1951 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1952 - Santiago (Chile) - Exposición de Pintura, Dibujos y Grabados Contemporáneos del Brasil, na Universidad de Chile. Museo de Arte Contemporáneo
1952 - São Paulo SP - Exposição Comemorativa da Semana de Arte Moderna de 22, no MAM/SP
1954 - São Paulo SP - Arte Contemporânea: exposição do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
1955 - Atibaia SP - 1ª Exposição Oficial de Pintura, no Clube Recreativo Atibaiense
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rosario (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1960 - São Paulo SP - Contribuição da Mulher às Artes Plásticas do País, no MAM/SP
1962 - São Paulo SP - Exposição Comemorativa da Semana de Arte Moderna de 22, na Petite Galerie
1962 - São Paulo SP - Seleção de Obras de Arte Brasileira da Coleção Ernesto Wolf, no MAM/SP
1963 - Campinas SP - Pintura e Escultura Contemporâneas, no Museu Carlos Gomes
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1964 - Rio de Janeiro RJ - O Nu na Arte Contemporânea, na Galeria Ibeu Copacabana
1964 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Pequeno Tamanho, na Galeria Bonino
Exposições Póstumas
1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - homenagem póstuma
1966 - Austin (Estados Unidos) - Art of Latin America since Independence, na The University of Texas at Austin. Archer M. Huntington Art Gallery
1966 - New Haven (Estados Unidos) - Art of Latin America since Independence, na Yale University Art Gallery
1966 - São Paulo SP - Meio Século de Arte Nova, no MAC/USP
1971 - São Paulo SP - 11ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1971 - São Paulo SP - Anita Malfatti: retrospectiva, no MAB-Faap
1972 - Rio de Janeiro RJ - 50 Anos de Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Galeria Ibeu Copacabana
1972 - São Paulo SP - Anita Malfatti: retrospectiva, no Centro de Artes Novo Mundo
1972 - São Paulo SP - Semana de 22: antecedentes e conseqüências, no Masp
1973 - São Paulo SP - Retrospectiva, no MAC/USP
1974 - São Paulo SP - Retrospectiva, no Masp
1974 - São Paulo SP - Tempo dos Modernistas, no Masp
1975 - São Paulo SP - 13ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1975 - São Paulo SP - O Modernismo de 1917 a 1930, no Museu Lasar Segall
1975 - São Paulo SP - O Tema é Mulher, na Azulão Galeria
1975 - São Paulo SP - SPAM e CAM, no Museu Lasar Segall
1976 - Paris (França) - Brasil: artistas do século XX, na Artcurial
1976 - São Paulo SP - Arte Brasileira no Século XX: caminhos e tendências, na Galeria Arte Global
1976 - São Paulo SP - Arte Brasileira: figuras e movimentos, na Galeria Arte Global
1976 - São Paulo SP - Os Salões: da Família Artística Paulista, de Maio e do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, no Museu Lasar Segall
1977 - São Paulo SP - Anita Malfatti: retrospectiva, no MAC/USP
1978 - São Paulo SP - Retrospectiva, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1978 - São Paulo SP - A Paisagem na Coleção da Pinacoteca: Do Século XIX aos Anos 40, na Pinacoteca do Estado
1980 - Buenos Aires (Argentina) - Ochenta Años de Arte Brasileño, no Banco Itaú
1980 - Santiago (Chile) - 20 Pintores Brasileños, na Academia Chilena de Bellas Artes
1982 - Bauru SP - 80 Anos de Arte Brasileira
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Inglaterra) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery
1982 - Marília SP - 80 Anos de Arte Brasileira
1982 - São Paulo SP - 80 Anos de Arte Brasileira, no MAB-Faap
1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP
1983 - Belo Horizonte MG - 80 Anos de Arte Brasileira, na Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
1983 - Campinas SP - 80 Anos de Arte Brasileira, no MACC
1983 - Curitiba PR - 80 Anos de Arte Brasileira, no MAC/PR
1983 - Ribeirão Preto SP - 80 Anos de Arte Brasileira
1983 - Santo André SP - 80 Anos de Arte Brasileira, na Prefeitura Municipal de Santo André
1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas
1984 - Rio de Janeiro RJ - Salão de 31, na Funarte
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Rio de Janeiro RJ - Retrato do Colecionador na sua Coleção, na Galeria de Arte Banerj
1985 - Rio de Janeiro RJ - Seis Décadas de Arte Moderna na Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1985 - São Paulo SP - SPAM: a história de um sonho, no Museu Lasar Segall
1985 - São Paulo SP - Tendências do Livro de Artista no Brasil, no CCSP
1986 - Rio de Janeiro RJ - Sete Décadas da Presença Italiana na Arte Brasileira, no Paço Imperial
1986 - São Paulo SP - Anita Malfatti: retrospectiva, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte
1986 - São Paulo SP - Seis Tempos: 80 anos, na Pinacoteca do Estado
1987 - Paris (França) - Modernidade: arte brasileira do século XX, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1987 - São Paulo SP - O Brasil Pintado por Mestres Nacionais e Estrangeiros: séculos XVIII - XX, no Masp
1988 - São Paulo SP - Brasiliana: o homem e a terra, na Pinacoteca do Estado
1988 - São Paulo SP - MAC 25 anos: destaques da coleção inicial, no MAC/USP
1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP
1989 - Lisboa (Portugal) - Seis Décadas de Arte Moderna Brasileira: Coleção Roberto Marinho, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1989 - São Paulo SP - Anita Malfatti: retrospectiva, no MAC/USP
1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaugaleria
1989 - São Paulo SP - Retrospectiva em comemoração do centenário de nascimento da artista, no IEB/USP
1990 - São Paulo SP - A Coleção de Arte do Município de São Paulo, no Masp
1990 - São Paulo SP - Anita e Oswald de Volta ao Parque, na Associação Pró Parque Modernista
1991 - São Paulo SP - O Desejo na Academia: 1847-1916, na Pinacoteca do Estado
1991 - São Paulo SP - Retrospectiva, no Espaço de Arte José Duarte Aguiar e Ricardo Camargo
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa da Cultura
1992 - Rio de Janeiro RJ - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, no CCBB
1992 - São Paulo SP - A Formação do olhar modernista, no MAC/USP
1992 - São Paulo SP - O Olhar de Sérgio sobre a Arte Brasileira: desenhos e pinturas, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus Zürich
1993 - Poços de Caldas MG - Coleção Mário de Andrade: o modernismo em 50 obras sobre papel, na Casa de Cultura
1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil: 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA
1993 - Rio de Janeiro RJ - Emblemas do Corpo: o nu na arte moderna brasileira, no CCBB
1993 - São Paulo SP - 100 Obras-Primas da Coleção Mário de Andrade: pintura e escultura, no IEB/USP
1993 - São Paulo SP - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Galeria de Arte do Sesi
1993 - São Paulo SP - O Modernismo no Museu de Arte Brasileira: pintura, no MAB-Faap
1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa da Cultura
1994 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Arte Moderna Brasileira: uma seleção da Coleção Roberto Marinho, no Masp
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Poética da Resistência: aspectos da gravura brasileira, na Galeria de Arte do Sesi
1995 - São Paulo SP - Modernismo Paris Anos 20: vivências e convivências, no MAC/USP
1995 - São Paulo SP - Nús: desenhos de Anita Malfatti, na Galeria Sinduscon
1996 - Rio de Janeiro RJ - Anita Malfatti e Seu Tempo, no CCBB
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920 - 1970, no MAC/USP
1996 - São Paulo SP - Mulheres Artistas no Acervo do MAC, no MAC/USP
1997 - Porto Alegre RS - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
1997 - Porto Alegre RS - Exposição Paralela, no Museu da Caixa Econômica Federal
1997 - São Paulo SP - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
1997 - São Paulo SP - Grandes Nomes da Pintura Brasileira, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1997 - São Paulo SP - Mário de Andrade e o Grupo Modernista, no Centro Cultural e de Estudos Aúthos Paganos
1997 - São Paulo SP - Mestres do Expressionismo no Brasil, no Masp
1997 - São Paulo SP - O Toque Revelador: retratos e auto-retratos, no MAC/USP
1998 - Brasília DF - Brasileiro que nem Eu, que nem Quem?, no Ministério das Relações Exteriores
1998 - Curitiba PR - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
1998 - Rio de Janeiro RJ - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
1998 - Rio de Janeiro RJ - Imagens Negociadas: retratos da elite brasileira, no CCBB
1998 - São Paulo SP - 24ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1998 - São Paulo SP - Destaques da Coleção Unibanco, no Instituto Moreira Salles
1998 - São Paulo SP - O Colecionador, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1999 - Salvador BA - 60 Anos de Arte Brasileira, no Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal
1999 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB-Faap
1999 - São Paulo SP - Brasileiro que nem Eu, que nem Quem?, no MAB-Faap. Salão Cultural
1999 - São Paulo SP - O Brasil no Século da Arte, na Galeria de Arte do Sesi
1999 - São Paulo SP - Sobre Papel, Grafite e Nanquim, no Banco Cidade
2000 - Belém PA - Arte Pará 2000, no Museu de Arte Sacra
2000 - Brasília DF - Exposição Brasil Europa: encontros no século XX, no Conjunto Cultural da Caixa
2000 - Lisboa (Portugal) - Brasil-brasis: cousas notaveis e espantosas. Olhares Modernistas, no Museu do Chiado
2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - Rio de Janeiro RJ - Quando o Brasil era Moderno: artes plásticas no Rio de Janeiro de 1905 a 1960, no Paço Imperial
2000 - São Paulo SP - 7º Salão de Arte e Antiguidades, na A Hebraica
2000 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB-Faap
2000 - São Paulo SP - Ars Erótica: sexo e erotismo na arte brasileira, no MAM/SP
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Investigações. A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural
2000 - São Paulo SP - O Papel da Arte, no Galeria de Arte do Sesi
2000 - São Paulo SP - Um Certo Ponto de Vista: Pietro Maria Bardi 100 anos, na Pinacoteca do Estado
2000 - Valência (Espanha) - De la Antropofagia a Brasilía: Brasil 1920-1950, no IVAM. Centre Julio Gonzáles
2001 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil: body and soul, no Solomon R. Guggenheim Museum
2001 - Penápolis SP - Investigações. A Gravura Brasileira, na Galeria Itaú Cultural
2001 - Brasília DF - Investigações. A Gravura Brasileira, na Galeria Itaú Cultural
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
2001 - Rio de Janeiro RJ - Coleções do Moderno: Hecilda e Sergio Fadel na Chácara do Céu, nos Museus Castro Maya. Museu da Chácara do Céu
2001 - São Paulo SP - 30 Mestres da Pintura no Brasil, no Masp
2001 - São Paulo SP - Auto-Retrato o Espelho do Artista, na Galeria de Arte do Sesi
2001 - São Paulo SP - Coleção Aldo Franco, na Pinacoteca do Estado
2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB-Faap
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2001 - São Paulo SP - Uma viagem com Anita. A festa da forma e da cor, no MAB-Faap
2002 - Brasília DF - JK - Uma Aventura Estética, no Centro Cultural da Caixa
2002 - Niterói RJ - Arte Brasileira sobre Papel: séculos XIX e XX, no Solar do Jambeiro
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arquipélagos: o universo plural do MAM, no MAM/RJ
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - 22 e a Idéia do Moderno, no MAC/USP
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950, no MAB-Faap
2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Ribeirão Preto SP - Anos 20: A Modernidade Emergente, no Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi
2003 - Rio de Janeiro RJ - Autonomia do Desenho, no MAM/RJ
2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
2003 - São Paulo SP - Arteconhecimento: 70 anos USP, no MAC/USP
2003 - São Paulo SP - MAC USP 40 Anos: interfaces contemporâneas, no MAC/USP
2003 - São Paulo SP - Pintores do Litoral Paulista, na Sociarte
2003 - São Paulo SP - Retratos, no MAB-Faap
2004 - Brasília DF - O Olhar Modernista de JK, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty
2004 - Madri (Espanha) - Arco/2004, no Parque Ferial Juan Carlos I
2004 - Rio de Janeiro RJ - A Face Icônica da Arte Brasileira, no MAM/RJ
2004 - São Paulo SP - Individual, no Conjunto Cultural da Caixa
2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP
2004 - São Paulo SP - Mulheres Pintoras, na Pinacoteca do Estado
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Obras-Primas de Anita Malfatti, no Espaço Cultural BM&F
2005 - Fortaleza CE - Arte Brasileira: nas coleções públicas e privadas do Ceará, no Espaço Cultural Unifor
2005 - Rio de Janeiro RJ - Obras-primas da Arte Brasileira, no Centro de Exposições do Rio Design Barra
2005 - São Paulo SP - 100 Anos da Pinacoteca: a formação de um acervo, na Galeria de Arte do Sesi
2005 - São Paulo SP - Anita Malfatti Gravadora - Uma Recuperação, no IE/USP
2005 - São Paulo SP - Erotica: os sentidos na arte, no Centro Cultural Banco do Brasil
2005 - São Paulo SP - Faces de Mário, no IEB/USP
2006 - Rio de Janeiro RJ - Erotica: os sentidos na arte, no Centro Cultural Banco do Brasil
2006 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno Brasileiro 1917-1950, no Museu de Arte Moderna
2006 - Rio de Janeiro RJ - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna
2006 - São Paulo SP - O Olhar Modernista de JK, no MAB-FAAP
2006 - São Paulo SP - Brasiliana Masp: moderna contemporânea, no Museu de Arte de São Paulo
2006 - São Paulo SP - Manobras Radicais, no Centro Cultural Banco do Brasil
2006 - São Paulo SP - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, na Pinacoteca do Estado
2007 - Salvador BA - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna da Bahia
2007 - São Paulo SP - Anita Malfatti Gravadora - Uma Recuperação, na Casa de Dona Yayá
2007 - São Paulo SP - Brasil, Várias Vezes Moderno, no Espaço Arte MorumbiShopping
2008 - São Paulo SP - Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade na Coleção Itaú Moderno, no Museu de Arte de São Paulo
2008 - São Paulo SP - Acervo BM&F BOVESPA, no Espaço Cultural BM&F Bovespa
2008 - São Paulo SP - Brasil Brasileiro, no Centro Cultural Banco do Brasil
2008 - São Paulo SP - Laços do Olhar, no Instituto Tomie Ohtake
2008 - São Paulo SP - MAM 60, na Oca
2009 - São Paulo SP - A Arte Sacra de Anita Malfatti, no Museu de Arte Sacra
2009 - Rio de Janeiro RJ - Brasil Brasileiro, Centro Cultural Banco do Brasil
2009 - São Paulo SP - Recentes na Coleção, Museu de Arte Brasileira
2009 - São Paulo SP - Nus, Galeria Fortes Vilaça
2009 - São Paulo SP - Arte na França 1860-1960: o Realismo, Museu de Arte de São Paulo
2009 - São Paulo SP - Olhar da Crítica: Arte Premiada da ABCA e o Acervo Artístico dos Palácios, Palácio dos Bandeirantes
2009 - São Paulo SP - Tesouros da Coleção Roberto Marinho, Espaço Cultural BM&F Bovespa
2009 - São Paulo SP - Modernos de Sempre, na Dan Galeria
2010 - São Paulo SP - Genealogias do Contemporâneo, Museu de Arte Moderna
2010 - São Paulo SP - 6ª sp-arte, Fundação Bienal
2010 - Brasília DF - Anita Malfatti: 120 anos de nascimento, Centro Cultural Banco do Brasil
2010 - Rio de Janeiro RJ - Anita Malfatti: 120 anos de nascimento, Centro Cultural Banco do Brasil
2010 - São Paulo SP - Memórias Reveladas, Museu de Arte Brasileira
2010 - São Paulo SP - Brasilidade e Modernismo, Dan Galeria
2011 - Brasília DF - Mulheres Artistas e Brasileiras - Produção do Século 20, Palácio do Planalto
2011 - Campos do Jordão SP - Arte e Cultura no Vale do Paraíba, no Palácio Boa Vista
2011 - Curitiba PR - Anita Malfatti, no Museu Oscar Niemeyer
2011 - São Paulo SP - Arte no Brasil: Uma História na Pinacoteca de São Paulo, na Pinacoteca do Estado
2011 - São Paulo SP - Marcas do Expressionismo, no MAB-FAAP
2011 - São Paulo SP - Modernismos no Brasil, no MAC/USP
2011 - São Paulo SP - 7ª sp-arte, na Fundação Bienal
2012 - Rio de Janeiro RJ - Amazônia, Ciclos de Modernidade, no CCBB
2013 - São Paulo SP - Experiência ] e [Transformação, no MAB-FAAP
2013 - São Paulo SP - O Agora, O Antes: uma síntese do acervo do MAC USP, no Museu de AC/USP
2013 - Fortaleza CE - Trajetórias: Arte Brasileira na Coleção Fundação Edson Queiroz - Unifor 40 Anos, no Espaço Cultural Unifor (Fortaleza, CE)
Fonte: Itaú Cultural