Sérgio Niculitcheff

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Biografia

Sérgio Niculitcheff (São Paulo SP 1960)

Pintor, desenhista, professor.

Entre 1975 e 1977, estuda no Instituto de Artes e Decoração - IADÊ. Freqüenta, em 1978, o Ateliê de Gravura da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP, onde é aluno de Evandro Carlos Jardim (1935). Em 1980, licencia-se em Educação Artística com especialização em Artes Plásticas, pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Entre 1981 e 1982, viaja para a Europa, principalmente França e Espanha, onde participa de exposições e mantém contato com Leonilson (1957 - 1993) e Luiz Zerbini (1959). Em Paris, é auxiliar do artista Piza, na Galeria Bellechase. Sua primeira exposição individual ocorre em 1985, em Curitiba. Obtém em 2004 o título de mestre em artes visuais pela Universidade Estadual Paulista - Unesp. Desde 2007, ingressa no doutorado em Artes Visuais na Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. Desde então, Niculitcheff já expôs em São Paulo, Campinas, Belém do Pará, Freiburg (Alemanha), Rio de Janeiro e Brasília, entre outras cidades.

Comentário Crítico

O significado da pintura de Sérgio Niculitcheff decorre, em grande medida, do efeito enigmático resultante de tirar objetos cotidianos de seu contexto: colchão, escada, livro etc., enfim, uma variedade de coisas presentes em nosso dia a dia figuram no centro da tela, pairando sobre um fundo neutro, homogêneo. Tal descontextualização, porém, não deve ser entendida como simples alienação, pois não se trata de apartar um objeto de seu ambiente apenas para negar-lhe a rede de significações que o sustenta. Ao invés disso, o artista pretende dirigir nosso olhar para o objeto em questão, nele concentrando nossa atenção, desmentindo sua banalidade.

O espectador, ao olhar as telas de Niculitcheff, percebe imediatamente qual é o objeto representado (é um colchão, uma árvore, etc.), mas, ao mesmo tempo, uma questão se apresenta - saber qual é o significado dessa representação. E muito do vigor dessa dúvida vem justamente do isolamento em que a figura foi posta. Niculitcheff evidencia, assim, a distância existente entre olhar e ver, entre pousar os olhos e pensar com base no que se vê. É metáfora disso a distância ambígua entre as figuras e o fundo - próximos, sem dúvida, mas não se sabe o quanto. Reconhecimento e conhecimento não são idênticos, apesar de semelhantes. O artista aponta para o cerne do enigma existente mesmo nas coisas mais cotidianas, a centelha de mistério presente até mesmo naquilo destinado ao uso e ao descarte, a evocação de questões perenes vindas até mesmo de coisas passageiras, que logo se desfazem.

Críticas

"Niculitcheff é um cronista da cidade e seu trabalho desenvolve-se dentro da vertente para a qual convergem as obras de alguns artistas jovens de São Paulo como Newton Mesquita, Gregório e outros. Mas esta aproximação é apenas temática, pois cada um deles expressa-se através de uma linguagem plástica bastante diferente e salientando aspectos particulares. Niculitcheff recolhe aspectos da cidade, reprocessa-os intelectualmente e os registra. A referência fotográfica é utilizada como input, mas a saída é uma obra que, apesar de conversar muito da realidade, tem um valor absolutamente distinto. A frequência da figura humana, por exemplo, é sensivelmente diminuída, desaparecendo, às vezes, completamente. A motivação mais forte concentra-se na estruturação os espaços urbanos, externos e internos, e na circulação, evidenciada no registro de automóveis, viadutos, túneis, estações de metrô".
Enock Sacramento
3ª Rotativarte de São Bernardo do Campo. São Bernardo do Campo: Paço Municipal, 1980.

"(...) na pintura de Niculitcheff as imagens surgem sempre carregadas de sentido. Tão carregadas que, num primeiro momento, é impossível não intuir (pelo menos) que elas devem estar ali também no lugar de alguma outra coisa. Essa impressão é acentuada pela maneira como o artista trabalha com as imagens. Quase sempre destacadas do fundo que não se distingue enquanto lugar determinado (um não-lugar ou o lugar), as imagens são concebidas com economia de meios, através da aderência a uma visualidade arcaizante. Imagens há muito conhecidas, revelhas - o homem; o fogo; a roda; a torre; o vaso; o caracol - pairando agregadas ao vácuo: esse talvez seja o primeiro estranhamento que a pintura de Niculitcheff causa no espectador. (...) A maneira arcaizante das imagens, a colagem das mesmas num espaço construído como vácuo têm seu poder de impacto enfatizado pelo tratamento que o artista dá às cores de suas composições: sombrias, soturnas, desagradáveis. A pintura de Sérgio Niculitcheff, como a de outros artistas contemporâneos, reintroduz a oportunidade de pensar a pintura como espaço de representação do simbólico, questão que a modernidade sempre viu com profundas restrições. (...) As pinturas de Niculitcheff trabalham quase sempre com imagens-símbolos entendidas como blocos puros de sentido. Como se o artista em suas telas estivesse fazendo o reconhecimento dos símbolos mais persistentes na história do homem desde o passado até o presente, reinterpretando-os e lançando-os ao devir dessa mesma história".
Tadeu Chiarelli
NICULITCHEFF. Sérgio Niculitcheff: obras recentes: 3 anos 86 a 88. São Paulo: Kramer Galeria de Arte, 1989.

Exposições Individuais

1985 - Curitiba PR - Pinturas, no Museu Guido Viaro
1987 - São Paulo SP - As Formas sem Formas, na Galeria Unidade Dois
1987 - São Paulo SP - Individual
1988 - São Paulo SP - Pinturas, na Pitanga do Amparo Arquitetura e Arte
1989 - Campinas SP - 3 Anos - 86 a 88, no MACC
1989 - Campinas SP - Individual, na Kramer Galeria de Arte - Proposta Vencedora da Concorrência Fiat-1989
1989 - São Paulo SP - Obras recentes, na Kramer Galeria de Arte
1989 - São Paulo SP - Volumes, no Paço das Artes
1991 - Curitiba PR - Individual, no Museu Guido Viaro
1994 - São Paulo SP - Individual, na Adriana Penteado Arte Contemporânea
1995 - Freiburg (Alemanha) - Individual, na Galeria Ruta Correa
1996 - São Paulo SP - Individual, na Adriana Penteado Arte Contemporânea
1998 - Belém PA - Individual, na ELF Galeria de Arte
1999 - São Paulo SP - Individual, na Filo Espaço de Arte
2001 - São Paulo SP - Tamanho Único, na Galeria Val de Almeida Júnior
2004 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Brito Cimino

Exposições Coletivas

1977 - Santos SP - 4º Salão de Arte Jovem - premiado
1978 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Arte e Pensamento Ecológico, na Biblioteca Euclides da Cunha
1979 - Curitiba PR - 36º Salão Paranaense
1979 - São Caetano do Sul SP - 10º Salão de Arte Contemporânea - prêmio aquisição
1980 - Curitiba PR - 37º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1980 - Santos SP - 7º Salão de Arte Jovem - prêmio aquisição
1980 - São Paulo SP - 12º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1981 - Curitiba PR - 3ª Mostra do Desenho Brasileiro - prêmio aquisição
1981 - Madri (Espanha) - Cozzolino e Niculitcheff, na Galeria Casa do Brasil
1981 - Paris (França) - Projeto Relevos de Artur Luiz Piza, na Galeria Bellechasse
1982 - Paris (França) - 4 Artistes Bresiliens à l'Éspace, no Espaço Latino-Americano
1983 - Santo André SP - 11º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1983 - São Bernardo do Campo - Nossa Gente 82, na Pinacoteca de São Bernardo do Campo
1983 - São Paulo SP - Arte na Rua, no MAC/USP
1983 - São Paulo SP - Avenida Paulista, na Galeria Sesc Paulista
1983 - São Paulo SP - Nossa Gente 82, no Masp
1983 - São Paulo SP - Pintura como Meio, no MAC/USP
1984 - Rio de Janeiro RJ - Como Vai Você, Geração 80?, na EAV/Parque Lage
1984 - Santo André SP - 12º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - Rio de Janeiro RJ - Velha Mania: desenho brasileiro, na EAV/Parque Lage
1985 - Santo André SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1985 - São Paulo SP - S. Niculitcheff, S. Kaloustian, na Galeria Sesc Paulista
1986 - Belo Horizonte MG - 9º Salão Nacional de Artes Plásticas: sudeste, na Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
1986 - Buenos Aires (Argentina) - Bienal Latino-Americana de Arte sobre Papel
1986 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Contemporânea, na Fundação Bienal - prêmio aquisição
1987 - Belo Horizonte MG - 19º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte, no MAP - 3º lugar
1987 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Contemporânea, na Pinacoteca do Estado
1987 - São Paulo SP - Imagens de Segunda Geração, no MAC/USP
1988 - Berlim (Alemanha) - Workshop - Berlin in São Paulo, na Staatliche Kunsthalle
1988 - Curitiba PR - 45º Salão Paranaense, no MAC/PR - prêmio de viagem ao exterior
1988 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Funarte
1988 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Arte Contemporânea
1988 - São Paulo SP - Pinturas, na Pitanga do Amparo Arquitetura & Arte
1988 - São Paulo SP - Workshop - Berlin in São Paulo, no MAC/USP
1989 - Brasília DF - Novos Valores da Arte Latino-Americana/Brasil, no Museu de Arte de Brasília
1989 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, no Espaço Cultural Cândido Mendes
1989 - São Paulo SP - 20ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1989 - São Paulo SP - Itaca, na Kramer Galeria de Arte
1989 - São Paulo SP - S. Niculitcheff, M. Godoy, M. Antonon, R. Barreto e T. Jungle, no Paço das Artes
1989 - São Paulo SP - Volumes, no IAB/SP
1989 - Valparaíso (Chile) - 9ª Bienal Internacional de Valparaíso
1990 - São Paulo SP - 6º Salão Brasileiro de Arte, na Fundação Mokiti Okada M.O.A.
1990 - São Paulo SP - 9 Artistas, na Adriana Penteado Arte Contemporânea
1990 - São Paulo SP - Mostra, no MAM/SP
1991 - Óbidos (Portugal) - Bienal Internacional de Óbidos
1992 - São Paulo SP - Nove Artistas, na Adriana Penteado Arte Contemporânea
1993 - Santos SP - 4ª Bienal Nacional de Santos, no Centro Cultural Patrícia Galvão
1993 - São Paulo SP - Brasil: Pequenos Formatos, Poucas Palavras, na Galeria Documenta
1993 - São Paulo SP - Prêmio Gunther, no MAC/USP
1994 - São Paulo SP - Ainda a Figura, no MAM/SP
1994 - São Paulo SP - Bandeiras: 60 artistas homenageiam os 60 anos da USP, no MAC/USP
1995 - Santos SP - 5ª Bienal Nacional de Santos, no Centro Cultural Patrícia Galvão
1995 - São Paulo SP - 1º United Artists, na Casa das Rosas
1995 - São Paulo SP - Coletiva 34, na Adriana Penteado Arte Contemporânea
1995 - São Paulo SP - Projeto Arte Atual Brasil, na Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte
1995 - São Paulo SP - 1ª United Artists, na Casa das Rosas
1996 - São Paulo SP - Atelier Santa Cecília, na Galeria Múltipla de Arte
1996 - São Paulo SP - Bandeiras, na Galeria de Arte do Sesi
1996 - São Paulo SP - Múltipla de Arte, no Atelier Santa Cecília
1999 - São Paulo SP - Exposição permanente, no muro externo do Hospital Santa Catarina
2000 - Santos SP - Atelier Madalena, no Centro Cultural Brasil-Estados Unidos
2000 - São Paulo SP - Obra Nova, no MAC/USP
2003 - São Paulo SP - 2080, no MAM/SP
2004 - Campinas SP - Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea, no Espaço Cultural CPFL
2004 - Rio de Janeiro RJ - Onde Está Você, Geração 80?, no CCBB
2004 - São Paulo SP - Sala de Arte, na Galeria Brito Cimino
2004 - São Paulo SP - Versão Brasileira, na Galeria Brito Cimino

Fonte: Itaú Cultural

Veja também