Márcia Barroso do Amaral

Obras de arte disponíveis

No momento não possuimos obras de Márcia Barroso do Amaral em nosso acervo.
Você possui uma obra deste artista e quer vender?
Clique aqui e envie sua obra para avaliação.

Biografia

Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro RJ 1943)

Escultora, pintora, marchand e galerista.

Ingressa no curso de pintura da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, em 1961. Em 1964, freqüenta a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. É uma das proprietárias da Galeria GB Gravura Brasileira, no Rio de Janeiro. Realiza a primeira exposição individual em 1966, na Fundação Cultural de Brasília. Expõe no Brasil, Itália, França, Chile e Colômbia. Em 2000, realiza o projeto editorial do livro  Revolta e Natura, de Frans Krajcberg (1921) pela GB Arte.

Críticas

"Com seus tubos, quadrados, losangos e o sistemático abandono da tela, Márcia Barroso do Amaral solicita ingresso numa área experimental, em que sua pesquisa denuncia uma profunda preocupação ascética presidindo a forma que, no entanto, nunca chega à extenuação ou ao rigor exagerado, pela ardência das suas cores quentes, todas de uma natureza entretida com o verão. Há muito desvinculada da figura, sua paisagem geométrica não expulsa uma problemática humana, mas suas formas de certa maneira denunciam a extensão do pesado silêncio contemporâneo, em que se homenageia o objeto enquanto o homem perde acesso à linguagem. Embora sua severidade formal se suavize pelo uso da cor, cujo prestígio a pintora recentemente descobriu - aquelas cores que tanto se assemelham às peles dos corpos -, Márcia pretende que seu material seja efetivamente consumido pelo público: este chegando e manipulando aqueles objetos com que não está familiarizado, mas que descobrirá a medida em que aceitar um conhecimento. Especialmente os cubos que, apesar da presumível sofisticação, recordam jogos infantis, aqueles movimentos lúdicos que a memória conserva e conserta simultaneamente sob os efeitos de caprichos e inventos. Um trabalho que não se importa em perder a aristocracia artística, uma vez que aceita participar de qualquer território da casa. Os losangos, porém, merecendo o espaço, como se flutuassem entre teto e chão. Alguns dentre eles tão depurados recordam peixes agressivos, todas as vértebras e a dificuldade das espinhas a descoberto".
Nélida Piñon
AYALA, Walmir (org. ), CAVALCANTI, Carlos (org. ). Dicionário brasileiro de artistas plásticos - A - C. Apresentação Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973. 503 p. il. p. b. (Dicionários especializados, 5). p. 74.

"A abstração em Márcia não foi uma eliminação, embora vestígios fugazes da ´arte ensinada´ - foi de fato uma ´idéia´ não corporificada na realidade externa, mas formada pela pura especulação da inteligência criadora e a privilegiada intuição que inter-relaciona formas para fornecer os perceptivos, materializado, palpável ou visível, algo que comova, desperte atenção, forneça um momento de elevação e prazer físico mesmo -. Se houver relação com o mundo externo, há de ser com a sua Cityscape de Ipanema com seus sinais, logotipos e formas moldadas pelo mar, pelo movimento, o ritmo incrível do seu dia-a-dia. A artista em seu trabalho, concentra a energia plástica no objeto ou na cor, de modo a dar-lhe a consistência de um núcleo vital em contenção, densidade e equilíbrio - o rigor das culturas latinas -. (...) Haveria muito a dizer, inclusive sobre o que ela consegue com o relevo e a luz para criar o movimento, o lado estrutural sólido, o manuseio de gadgets quase tanto quanto os italianos. Enfim, tudo o que Márcia Barroso do Amaral engendra nas idéias e concretiza em formas inter-relacionadas com a cor justificada no contexto exterior, torna-se em seu todo aquela força ativa e vivificante em nossas vidas. Márcia procura sempre a unidade para aprofundar a sua marca e dará grandes alegrias".
Jayme Mauricio
MARCIA Barroso do Amaral. Apresentação de Jayme Maurício. São Paulo: Renato Magalhães Gouveia Galeria de Arte, 1980. p. [2].

Exposições Individuais

1966 - Brasília DF - Individual, na Fundação Cultural de Brasília
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1968 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1969 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1970 - Brasília DF - Individual, na Galeria Espaço
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1972 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1972 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1974 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1978 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1980 - São Paulo SP - Individual, no Renato Magalhães Gouvea - Escritório de Arte
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1982 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Suzanna Sassoun

Exposições Coletivas

1961 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Escola de Belas Artes
1963 - Rio de Janeiro RJ - Salão dos Novos, na Petite Galerie
1965 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1966 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1967 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1968 - Lima (Peru) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Montevidéu (Uruguai) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Buenos Aires (Argentina) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Santiago (Chile) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal de Artes Plásticas
1969 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - prêmio de aquisição
1969 - Rio de Janeiro RJ - 18º Salão Nacional de Arte Moderna
1970 - Porto Alegre RS - 1º Salão de Artes Visuais, na UFRGS
1970 - Rio de Janeiro RJ - O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu
1970 - São Paulo SP - Pré-Bienal de São Paulo, na Fundação Bienal
1971 - Cali (Colômbia) - Bienal de Cali
1971 - Campinas SP - 7º Salão de Arte Contemporânea de Campinas
1971 - Rio de Janeiro RJ - 50 Anos de Pintura Brasileira, no MAM/RJ
1971 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1971 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Múltiplos, na Petite Galeria
1972 - Curitiba PR - 29º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1972 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio de viagem ao país
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1972 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - Porto Alegre RS - Salão de Artes Visuais
1973 - Rio de Janeiro RJ - Concurso de Múltiplos, na Petite Galerie - prêmio aquisição
1973 - Rio de Janeiro RJ - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
1975 - Goiânia GO - Salão da Caixa Econômica - prêmio aquisição
1975 - São Paulo SP - 7º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975/1976 - Equador - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Peru - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Chile - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Colômbia - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Venezuela - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Argentina - 28 Artistas do Brasil
1976 - Bolonha (Itália) - Arte Fiera 76
1977 - Valparaíso (Chile) - Bienal de Valparaíso
1978 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - premiada
1979 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ - prêmio viagem ao exterior
1979 - São Paulo SP - Mostra da Escultura Lúdica, no Masp
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1980 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MNBA
1981 - Rio de Janeiro RJ - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Lisboa (Portugal) - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Inglaterra) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1987 - Paris (França) - Geometrias Múltiplas, na Galeria Debret
1988 - Rio de Janeiro RJ - O Eterno é Efêmero, na Petite Galerie
2002 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros 30 Anos Depois, na Multipla de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

Fonte: Itaú Cultural

Veja também