Letícia Maria Siqueira Henrique de Faria

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Biografia

Letícia Maria Siqueira Henrique de Faria (Uberlândia MG 1953)

Pintora, escultora, artista gráfica, cenógrafa e ceramista.

Estuda desenho e plástica na Universidade da Associação de Ensino, Ribeirão Preto, São Paulo, entre 1971 e 1975. Desde 1975, leciona no Departamento de Artes da Universidade Estadual de Londrina, UEL, Paraná. A partir de 1989, passa a orientar grupos de artistas da mesma região. Individualmente, realiza exposições em várias cidades do Brasil, como São Paulo, Londrina, Curitiba, Florianópolis.

Comentário Crítico

Por ocasião de uma exposição em 1987, Letícia Faria afirma: "A história narrada por mim tem o ranço mineiro - o que acho muito forte na minha formação e significativo enquanto maneira de se viver. Em meu trabalho, isso chega às raias de palavra virar forma plástica e de emoções e cheiros profundos se tornarem cores. A arte hoje tem pra mim a função maior de sensibilizar o homem para as coisas mais simples, óbvias, que o tornam mais tranqüilo e humano". A tela Pés Vermelhos, Falanges Azuis (s/d), é resultado de uma visita ao Museu de História Natural de Nova York, em 1988. Letícia encontrou aí a reconstituição de um índio, que trazia os pés pintados de vermelho e as partes dos dedos de azul. Na tela, associa a pintura corporal indígena às brincadeiras circenses e infantis. Nesta obra, segundo a crítica Adalice Araújo, um ritmo visual ondulante conduz nossa visão do animal à figura feminina, que é definida por um grafismo espontâneo, inspirada em Picasso, outra forte influência sentida em visita aos museus de arte de Nova York. Na década de 1990, realiza uma série de esculturas / assemblages que trazem um eco da obra de Farnese de Andrade, reunindo materiais como madeira, metal, cabelo. Em obras como Dona Santa, Mamma Mia e Maria Filha de Maria (s/d), a artista tenta criar uma sensação de inquietação e morbidez, recorrendo a referências dos universos erótico, mítico e religioso.

Críticas

"(...) Sua obra de caráter neoexpressionista torna-se um veículo da expressão liberatória do inconsciente, o que a aproxima do surrealismo. (...) O que Letícia Faria propõe em sua pintura é a teoria do gesto liberador do inconsciente lançando a hipótese que a ideogenia e o imaginário possam se materializar livremente em imagens e signos vibrantes. A imagística que Letícia Faria propõe não é uma simples transposição documental de fatos e personagens sendo, ao contrário, a organização vibrante de experiências vividas, associadas ao imaginário que libera arquétipos interpretando símbolos. Embora sirva-se da figuração, através de uma vigorosa espontaneidade ela propõe estereótipos de representação. Se, no processo inicial do trabalho serve-se de uma arqueologia vivencial, com raízes na mitologia brasileira e, mais especificamente, mineira; por outro lado, o próprio processo da pintura a fascina, sendo que os signos e as manchas/cor acabam ganhando uma energia cósmica inusitada. Não há dúvida que ela também se serve de múltiplas experiências plásticas, reinventando-as de forma muito livre. Assim, mesmo que não recorra à faceta e à intersecção de planos do cubismo, reinterpreta, à sua maneira, a procura da quarta dimensão cubista, através de simultaneidade temporal de visão, o que comprova o seu culto a Picasso. (...) A discussão entre a poética e a lógica, a vida e a morte são muito fortes na pintura de Letícia Faria. As questões que propõe são sempre muito abertas. Jamais suas personagens vivem situações definitivas. Elas sugerem e não sugerem, vivendo a ambiguidade".
Adalice Araújo
LETÍCIA Faria: pinturas. Texto de Adalice Araujo. São Paulo: Fundação Mokiti Okada - M. O. A. , 1989.

Exposições Individuais

1974 - Ribeirão Preto SP - Letícia Faria, na Galeria de Arte Bradesco
1979 - Ribeirão Preto SP - Letícia Faria, no Itaú Cultural
1980 - Londrina PR - Letícia Faria, no Itaú Cultural
1981 - Brasília DF - Letícia Faria, no Itaú Cultural
1982 - Belo Horizonte MG - Letícia Faria, no Itaú Cultural
1984 - Ribeirão Preto SP - Individual, na Galeria Jardim Contemporâneo
1985 - Curitiba PR - Individual, na Sala Miguel Bakun
1986 - Florianópolis SC - Individual, na Casa da Cultura
1986 - Florianópolis SC - Individual, no Masc
1987 - Curitiba PR - Individual, no Teatro Guaíra
1989 - São Paulo SP - Individual, na Fundação Mokiti Okada
1991 - Porto Alegre RS - Letícia Faria, no Itaú Galeria
1992 - Curitiba PR - Apocalipse Segundo João, no MAC/Paraná
1998 - Londrina PR - Leticia Faria, no Espaço Cultural Banestado
1998 - Curitiba PR - Individual, no Muma/Museu Metropolitano de Arte

Exposições Coletivas

1980 - Curitiba PR - 37º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1981 - Curitiba PR - 38º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1983 - Curitiba PR - 5ª Mostra do Desenho Brasileiro, no Teatro Guaíra
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1983 - Curitiba PR - 40º Salão Paranaense - prêmio exposição itinerante - prêmio
1984 - Curitiba PR - 41º Salão Paranaense - premiado
1984 - São Paulo SP - 47º Salão Paulista de Belas Artes, Fundação Bienal
1984 - São Paulo SP - Artistas do Paraná, na Faap
1984 - Rio de Janeiro RJ - Artistas Premiados no 40º Salão Paranaense, na Funarte
1985 - Campinas SP - 12º Salão de Arte Contemporânea de Campinas
1985 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Contemporânea, na Fundação Bienal
1986 - Curitiba PR - Tradição/Contradição, MAC/PR
1987 - Curitiba PR - 44º Salão Paranaense, MAC/PR 
1987 - Curitiba PR - Quaresma Espaço Arte I, no Teatro Guaíra
1988 - Ribeirão Preto SP - 13º Salão de Arte de Ribeirão Preto, na Casa da Cultura de Ribeirão Preto
1988 - Salvador BA - 1º Salão Baiano de Artes Plásticas, no MAM/BA
1988 - Rio de Janeiro RJ - Artistas Premiados no 5º Salão Brasileiro de Artes Plásticas da Fundação Mokiti Okada, na Galeria Decor
1988 - São Paulo SP - 5º Salão Brasileiro de Artes Plásticas da Fundação Mokiti Okada - prêmio exposição individual
1989 - Hyogo (Japão) - 20 Artistas Paranaenses, no Museu de Arte Himeji
1989 - São Paulo SP - 20º Panorama de Arte Atual Brasileira, MAM/SP 
1989 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Arte Contemporânea - prêmio
1991 - Porto Alegre RS - BR/80 Pintura Brasil Década 80, na Casa de Cultura Mário Quintana
1991 - Santo André SP - 19º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1991 - Porto Alegre RS - BR/80: pintura Brasil década 80, na Casa de Cultura Mario Quintana
1991 - Santos SP - 3ª Bienal Nacional de Santos, no Centro Cultural Patrícia Galvão
1991 - Curitiba PR - Reflexão dos Anos 80, no MAC/PR
1991 - Curitiba PR - Museu Municipal de Arte: acervo, no Museu Municipal de Arte
1991 - Curitiba PR - 48º Salão Paranaense, no MAC/PR
1992 - São Paulo SP - 7º Salão Brasileiro de Arte, na Fundação Mokiti Okada M.O.A.
1993 - São Paulo SP - 23º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1993 - Belém PA - 2º Salão Paraense de Arte Contemporânea
1994 - Curitiba PR - 10ª Mostra do Desenho Brasileiro, no MAC/Curitiba
1994 - Cascavel PR - 2º VentoSul: mostra de artes visuais integração do Cone Sul, no Paço das Artes
1994 - Cascavel PR - 2º VentoSul: mostra de artes visuais integração do Cone Sul, no Centro Cultural Gilberto Mayer
1994 - Brasília DF - 2º VentoSul: mostra de artes visuais integração do Cone Sul, no Ministério das Relações Exteriores
1994 - Rio de Janeiro RJ - 2º VentoSul: mostra de artes visuais integração do Cone Sul
1994 - Salvador BA - 1º Salão MAM-Bahia de Artes Plásticas, no MAM/BA
1995 - São Paulo SP - Brasil-Japão Arte, na Fundação Mokiti Okada M.O.A.
1995 - São Paulo SP - Brasil-Japão Arte, na Fundação Mokiti Moa
1996 - Genebra (Suiça) - Europ'Art
1999 - Curitiba PR - 56º Salão Paranaense, no MAC/PR
2002 - Curitiba PR - Obras do Faxinal das Artes, MAC/PR

Fonte: Itaú Cultural

Veja também