José Leandro de Carvalho

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Biografia

José Leandro de Carvalho (São João de Itaboraí RJ ca.1770 - Campos dos Goytacazes RJ 1834)

Pintor e desenhista.

É levado para o Rio de Janeiro pelo seu padrinho, o cirurgião Muzi. Na capital fluminense, estuda com Leandro Joaquim (ca.1738-ca.1798) e Raimundo da Costa e Silva. Com a chegada da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, torna-se o principal retratista do período, e representa por diversas vezes dom João VI (1767-1826). Executa também retratos e pinturas para famílias da sociedade carioca. Realiza pintura religiosas, como o painel Ascensão (s.d.), para a Igreja de Bom Jesus do Calvário, no Rio de Janeiro. Pinta o retrato da família real para o altar-mor da antiga capela da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, hoje Catedral Metropolitana, painel não mais existente. Faz cenografia para o Teatro de São Pedro e para as cerimônias de coroação de dom João VI e e do imperador dom Pedro I (1798-1834).

Comentário Crítico

O pintor José Leandro de Carvalho é o principal retratista da corte de dom João VI. Como favorito do rei, a quem representa por diversas vezes, pinta ainda retratos de outros membros da nobreza da época como dom Pedro I, a princesa Leopoldina (1797-1826) e dona Maria I, rainha de Portugal. O crítico de arte Gonzaga Duque (1863-1911) afirma que o melhor retrato de dom João VI, presente no Convento de Santo Antonio, no Rio de Janeiro, é realizado por Carvalho, que gradualmente se torna "um pequeno Velásquez"1 da elite imperial.

O historiador da arte Quirino Campofiorito (1902-1993) ressalta que a sua técnica é vigorosa, com um desenho bem acentuado e de notável personalidade. Para ele, a capacidade artística de Carvalho melhor se revela na obra A Família Real em Meio a Anjos e Santos sob a Proteção de Nossa Senhora (ca.1811), painel pintado para o altar-mor da capela da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, considerada sua obra-prima.2 Nela, Carvalho retrata a família real, dom João VI e a rainha ajoelhados e os príncipes dom Pedro I e dom Luiz, guiados por um anjo da guarda, em adoração à Virgem do Carmelo.

Nota
1 O crítico o está comparando ao pintor da corte espanhola Diego Velázquez

2 Com a abdicação do imperador dom Pedro I e devido à reação popular, o artista é levado a recobrir a tela com um preparado de cola que pode ser removido posteriormente. A pintura é levada para a Academia Imperial de Belas Artes (Aiba),  e posteriormente destruída, devido às más condições de armazenamento. Hoje, encontra-se no forro da capela-mor uma pintura (óleo sobre madeira) de Antônio Parreiras, representando Nossa Senhora do Carmo entregando o escapulário a Santo Elias.

Acervos

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB - Rio de Janeiro RJ
Museu Histórico Nacional - MHN - Rio de Janeiro RJ

Exposições Póstumas

1948 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Retrospectiva da Pintura no Brasil, no MNBA
1994 - São Paulo SP - Um Olhar Crítico sobre o Acervo do Século XIX, na Pinacoteca do Estado 
1998 - São Paulo SP - O Universo Mágico do Barroco Brasileiro, na Galeria de Arte do Sesi

Fonte: Itaú Cultural

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