José Joaquim Freire

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Biografia

José Joaquim Freire (Portugal 1760 - s.l. 1847)

Pintor aquarelista, desenhista, riscador, cartógrafo.

Segundo-tenente cartógrafo da Marinha Real Portuguesa, é aluno de João de Figueiredo. Durante os anos de 1783 a 1792, integra, com Joaquim José Codina, a expedição Viagem filosófica, comandada por Alexandre Rodrigues Ferreira, enviada ao Pará, Amazonas e Mato Grosso pelo Real Gabinete de História Natural do Museu de Ajuda de Lisboa, sob o reinado de dona Maria I. Realiza croquis e desenhos aquarelados que documentam as atividades artesanais da população nativa, espécimes da fauna e da flora, vistas de cidades e vilas, construções, embarcações. Estes podem ser encontrados em uma coletânea da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, intitulada Prospectos de Cidades, Vilas, Povoações, Fortalezas e Edifícios, Rios e Cachoeiras da Expedição Filosófica do Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá.

Críticas

"A metrópole portuguesa, [...] só no reinado de Maria I, toma a iniciativa de proceder amplo levantamento ou exploração da região amazônica pelo naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira. A viagem que esse cientista empreendeu, entre 1783 e 1792, narrada nas memórias da ´Viagem Filosófica´ pelas capitanias do Grão Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá [...].

[...] Contêm ´memórias´ sobre diversas atividades artesanais, croquis e desenhos de instrumentos ou máquinas aplicáveis à agroindústria canavieira, engenhos de pilões, moinhos, ventiladores, embarcações, teares, arquitetura urbana - civil, religiosa e militar -, arquitetura rural, artesanato indígena, instrumentos musicais dos pretos etc.

Alexandre Rodrigues Ferreira se fez acompanhar de três desenhistas, ou ´riscadores´ - Antônio José Landi (1708-90), José Joaquim Freire (17? - ?) e Joaquim José Codina (17? - ) - que documentaram abundantemente a arte e o artesanato do índio deculturado e do que ainda vivia debaixo do regime tribal. Além de máscaras, instrumentos musicais, embarcações e remos, ornatos indígenas, cerâmica utilitária e outros artesanatos, as estampas da ´Viagem Filosófica´ permitem perceber dois aspectos fundamentais da interdependência cultural: a herança ou assimilação da tecnologia indígena pelos portugueses e, por outro lado, a imposição da tecnologia européia". [...]
Vicente Salles
ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil - I. Pesquisa Cacilda Teixeira da Costa, Marília Saboya de Albuquerque; projeto gráfico Silvia Filgueiras Steinberg; produção gráfica Delfim Fujiwara; arte-finalização Guilherme Sarmento, Rui Pitombo; apresentação Walther Moreira Salles. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães : Instituto Walther Moreira Salles, 1983. 490 p., il. color. p.1048

Exposições Póstumas

1991 - São Paulo SP - A Mata, no MAC/USP
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus Zürich

Fonte: Itaú Cultural

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