José Antônio van Acker

Obras de arte disponíveis

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Biografia

José Antônio van Acker (São Paulo SP 1931 - idem 2000)

Pintor, desenhista, gravador, escultor e professor.

Cursa a Escola de Belas Artes de São Paulo entre 1951 e 1954. A partir desse ano, estuda escultura em madeira com Laslo Zinner (1908-1977) até 1956. Entre 1964 e 1967, faz conferências sobre o barroco brasileiro nos Estados Unidos. De volta ao Brasil em 1969, ministra cursos livres de apreciação artística, história da arte, escultura (modelagem em argila e talha em madeira e pedra), pintura e desenho em seu ateliê. Na década de 1970, torna-se professor de escultura na Faculdade Santa Marcelina (FSM) e de desenho, pintura, escultura e apreciação artística no Ateliê Arte Viva. Em 1980, passa a integrar o grupo Anacrônicos da Madrugada, realizando várias exposições pelo interior do estado de São Paulo. Obras de Van Acker encontram-se no acervo de instituições como Museu de Arte de São Paulo (Masp), Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC) e Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Comentário Crítico

José Antônio van Acker é um dos membros do grupo Anacrônicos da Madrugada. Este coletivo, criado na década de 1980 pelo crítico e historiador da arte Pedro Manoel-Gismondi (1925-1999) - também docente da Escola de Artes Plásticas de Ribeirão Preto -, conta com outros artistas ativos no interior de São Paulo, como Mário Bueno (1916-2001), Maria Helena Motta Paes (1937-2005), Raul Porto (1936-1999) e Bernardo Caro (1931-2007). Juntos, são responsáveis por mostras que viajam por inúmeros municípios paulistas: Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos e Catanduva, entre outros. Desse modo, o Anacrônicos da Madrugada alinhava-se ao duplo projeto de levar ao interior paulista uma arte de tendências modernas e, ao mesmo tempo, fomentar o diálogo estético com a capital. Esse duplo projeto é iniciado e levado ao ápice primeiro pela Escola de Belas Artes de Araraquara e, em seguida, pela Escola de Artes Plásticas de Ribeirão Preto. Tendo em vista a origem paulistana de Van Acker, sua filiação a um grupo com atuação preponderantemente interiorana pode ser vista como mais uma das tentativas de entrelaçamento cultural do interior com a capital. A pintura de Van Acker tem um viés expressionista. Em seus trabalhos, observa-se um cromatismo forte e vibrante, por vezes até mesmo exacerbado, que não pretende ser fiel à realidade. As formas distorcidas e a gestualidade vigorosa unem-se à intenção de projetar na cena uma expressão individual.

Críticas 

"Van Acker é, entre nós, um artista de caráter bem especial. Ele se destaca pela maneira excepcionalmente vigorosa das suas obras, seja nas figurações de suas esculturas, seja na parte do colorismo dominante dos seus quadros. Admiramos esta maneira segura e própria do artista, bem pouco preocupado com as modinhas, os sucessos instantâneos que segue, por timidez, um número tão grande de expositores. Van Acker não se deixa perturbar por estes eventos mais sociais em busca de efeitos publicitários. Ele constrói as suas imagens numas formas bem vivas, expressivas e mantendo uma linha mestra, que existe na arte do nosso século, a partir da renovação da magia significativa no figurativismo. É arte quente, que não liga para o cálculo frio de certas correntes mais abstracionistas, não menos importantes, mas contrárias ao temperamento e à mensagem que Van Acker nos transmite com sua pintura mais direta e suas figuras mais vibrantes de modo emocionante".
Wolfgang Pfeiffer
PFEIFFER, Wolfgang. In: VAN ACKER: pinturas. Apresentação de Wolfgang Pfeiffer. Ribeirão Preto: Itaugaleria, 1980.

Exposições Individuais

1963 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia
1963 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Seta
1966 - Indiana (Estados Unidos) - Individual, na Matrix Gallery
1966 - Indiana (Estados Unidos) - Individual, na Indiana Memorial Union
1966 - Indiana (Estados Unidos) - Individual, na School of Education
1966 - Indiana (Estados Unidos) - Individual, no Instituto de Arte de Fort Wayne
1967 - São Paulo SP - Van Acker, na Galeria do Ginásio Vocacional Oswaldo Aranha
1969 - São Paulo SP - Van Acker, na Galeria Mutirão
1983 - Ribeirão Preto SP - Van Acker, na Galeria Jardim Contemporâneo
1973 - Ribeirão Preto SP - Van Acker, na Galeria Black Streem
1979 - Ribeirão Preto SP - Individual, no Itaugaleria
1979 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Eugenie Villien 
1980 - Ribeirão Preto SP  - Individual, na Itaugaleria
1982 - Brasília DF - Individual, na Itaugaleria
1985 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Blue Life
1986 - São Paulo SP - Mito e Realidade, na Chroma Galeria de Arte
1987 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Blue Life
1993 - São Paulo SP - José Antônio Van Acker: pinturas, na Casa do Bandeirante

Exposições Coletivas

1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia 
1957 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - menção honrosa
1957 - São Paulo SP - 12º Salão do Centro Acadêmico da Escola de Belas-Artes de São Paulo, na Galeria Prestes Maia
1958 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - medalha de bronze
1965 - Indiana (Estados Unidos) - 58th. Annual Indiana Artists Exhibition, no Herron Museum of Art  
1967 - São Paulo SP - 1ª Jovem Arte Contemporânea, no MAC/USP
1969 - Piracicaba SP - 1º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba
1970 - Campinas SP - 6º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no MACC
1978 - São Paulo SP - 2º Salão Nacional de Antiguidades e Galerias de Arte, no Museu de Arte de São Paulo
1979 - São Paulo SP - Exposição inaugural da Galeria de Arte do Sesi
1979 - São Paulo SP - Artistas Figurativos, no Itaugaleria
1980 - Campinas SP - Anacrônicos da Madrugada, no MACC
1980 - Ituiutaba MG  - Anacrônicos da Madrugada
1980 - Santiago (Chile) - 20 Pintores Brasileiros, na Academia Chilena de Bellas Artes
1981 - Bogotá (Colômbia) - 10 Artistas Brasileños, no Museu de Arte Moderna de Bogotá
1981 - São Carlos SP - Anacrônicos da Madrugada, no Itaugaleria
1981 - Ribeirão Preto SP  - Anacrônicos da Madrugada, na Itaugaleria
1981 - Altinópolis SP  - Anacrônicos da Madrugada
1981 - Cravinhos SP  - Anacrônicos da Madrugada
1981 - Matão SP  - Anacrônicos da Madrugada
1982 - Brasília DF - Anacrônicos na Madrugada, no Itaugaleria
1982 - Belo Horizonte MG - Anacrônicos na Madrugada, no Itaugaleria
1982 - São Paulo SP - Um Século de Escultura no Brasil, no Masp 
1982 - Kumamoto (Japão) - Masp no Japão, no Fukuoka Prefectural Museum of Art
1982 - Kumamoto (Japão) - Masp no Japão, no Kumamoto Museum of Art (Kumamoto, Japão) 
1982 - Tatebayashi (Japão) - Masp no Japão, no Gunma Prefectural Art Museum of Modern Art
1982 - Tóquio (Japão) - Masp no Japão, no Asahi Seimei Gallery
1982 - Tsu (Japão) - Masp no Japão, no Mie Prefectural Art Museum
1982 - Yamaguchi (Japão) - Masp no Japão, no Yamaguchi Prefectural Art Museum
1983 - Catanduva SP  - Anacrônicos da Madrugada, na Itaugaleria
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal de São Paulo
1984 - São Paulo SP  - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal 
1984 - Cidade do México (México) - 4ª Bienal Ibero Americana de Arte: El Autorretrato 
1993 - São Paulo SP - Néia e suas origens, na Casa do Bandeirante

Fonte: Itaú Cultural

Veja também