Gustavo Rezende

Obras de arte disponíveis

No momento não possuimos obras de Gustavo Rezende em nosso acervo.
Você possui uma obra deste artista e quer vender?
Clique aqui e envie sua obra para avaliação.

Biografia

Gustavo Rezende (Passa Vinte MG 1960)

Escultor, desenhista, gravador, artista multimídia, arquiteto, pintor.

Gustavo Rafanti de Rezende estudou arquitetura na Faculdade de Belas Artes de São Paulo entre 1980 e 1984. No mesmo período faz curso de modelo vivo na Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp e trabalha no setor de arte-educação da instituição. Em 1989, colabora no Escritório de Arquitetura Toni Follina, em Treviso, Itália. Recebe o Prêmio British Council Fellowship, em 1993, e permanece um ano na Inglaterra com o patrocínio do Conselho Britânico de São Paulo. No ano seguinte faz mestrado no Goldsmith´s College. Desde o fim da década de 1990 é professor de escultura da Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, em São Paulo. Em 2000 recebe a Bolsa Vitae de Artes e faz doutorado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP.

Críticas

"O interesse despertado pelos trabalhos de Gustavo Rafanti de Rezende sobre a paisagem urbana está, no ponto de vista adotado por este artista, a mergulhar num repertório conhecido de formas edificadas, recuperando ângulos e planos fragmentados, como numa recomposição dos vestígios adormecidos na memória do cidadão. (...) O jogo do cinza é sensual, decorrendo do afastamento e da proximidade em que nos postamos frente ao trabalho, feito numa dimensão exuberante como a escala da paisagem urbana, decodificada com facilidade pelo artista, habituado diariamente a vivenciá-la em suas rotas pessoais, e estudada como opção profissional, dada sua formação de arquiteto".
Maria Cecília França Lourenço 
SÃO PAULO: paisagens urbanas: Gustavo Rafanti de Rezende. Apresentação de Maria Cecília França Lourenço e Gustavo R. de Rezende. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1984.

"Nos quase dez anos de interesse pelas formas tridimensionais, a produção escultórica de Gustavo Rezende pode ser dividida em dois momentos. Inicialmente suas peças são 'duplo': duas formas por assim dizer iguais, postas lado a lado ou unidas entre si. Cada escultura é composta por formas semelhantes, tal qual uma equação matemática cujos termos se equivalem. São formas arquépiticas, como casas ou torres estilizadas, bastões e cajados, dorsos e 'ossos' em madeira ou madeira revestida. 
Mas os trabalhos não se atêm ao puro formalismo. Ao contrário, eles são apenas o ponto de partida - e de chegada - para um jogo, anunciado pelos títulos das obras. A identidade entre os termos é apenas visual, visto que os títulos lançam o observador e propõe enigmas a ser, senão resolvidos, ao menos progressivamente elaborados. O título desencadeia um processo de associações, com a finalidade de determinar em que medida os termos propostos são análogos. Assim, nos perguntamos o que há de comum entre O Imperador e seu Dorso, entre The Hut and our Lives ou entre o Destino e a Razão. Em que medida O Observador e o Ponto de Fuga são a mesma coisa? O Artista e o Mundo Animal são visualmente dois termos iguais de uma equação, mas onde reside tal equivalência? A provocação está feita. E as respostas invariavelmente se afastam do território das artes plásticas e adentram o reino da literatura, da filosofia, da religião (Cam e Sam), da memória (Fratelli e Sorelli) ou das fantasias pessoais (The Princess and her Fate). 
À pergunta lançada, o observador busca soluções próprias e retorna novamente ao objeto à sua frente, averiguando a síntese visual proposta pelo artista, num jogo circular, em que a obra é ao mesmo tempo ponto de partida e de chegada. 
Os 'duplos' são peças de parede, derivadas, por sua vez, do desenho e da pintura. A partir de 1995 a escultura perde a timidez e se apossa do espaço. Pai e Filho (1991/92) é composta por duas cabeças estilizadas, uma em madeira, outra em bronze, ambas de parede; agora Pai (1996) é um falo de madeira, sobre uma base, que se mantém em pé graças às firmes garras de uma morsa. Da mesma maneira, a Cabeça (1996) agigantou-se. Cheia de articulações, sai da parede e, pesada, repousa no chão. 
A instalação apresentada no Espaço Cultural Sergio Porto (Rio de Janeiro, 1996) inverte relações previsíveis: os vasos/urnas (compostos por acúmulo de círculos recortados em papel corrugado) não contêm nada: nem flores, nem poções, nem ossos. Perdem sua funcionalidade e sua ancestral ligação com a terra. Sustentados por cabos de tensão, adquirem uma leveza que desafia não apenas o efeito da lei da gravidade como também configura a improvável suspensão do tempo. Nos backlights Nine Feet Sculpture e Sem Título (coleção do Museu de Arte Moderna de São Paulo), Rezende continua suas pesquisas tridimensionais. Fazendo uso de imagens fotográficas - desde sempre planas -, provocantemente apresenta-as com um volume, criado pela caixa de luz. Dentro da diversidade de materiais, técnicas e perspectiva adotados pelo artista, há um denominador comum em todos os momentos de sua produção: tanto na sua 'matemática romântica' quanto nas obras mais recentes, um fio de humor sutil perpassa o conjunto".
Regina Teixeira de Barros
Barros, Regina Teixeira de. Gustavo Rezende. São Paulo, out. 1997. Texto datilografado.

Exposições Individuais

1985 - São Paulo SP - Desenhos e Pinturas, na Kaos Brasilis
1987 - São Paulo SP - Instalação, no MAC/USP
1988 - São Paulo SP - Instalação, na Funarte
1996 - São Paulo SP - Individual, no Galeria Millan
1996 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Espaço Cultural Sergio Porto
2001 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Baró Senna
2003 - São Paulo SP - Individual, no Paço das Artes
2004 - São Paulo SP - Individual, na Casa Triângulo
2004 - São Paulo SP - Individual, no Centro Universitário Maria Antônia

Exposições Coletivas

1980 - São Carlos SP - Salão Universitário de Artes Visuais
1981 - São Carlos SP - Salão Universitário de Artes
1982 - Porto Alegre RS - Mostra de Fotografia da Cidade de Porto Alegre
1982 - São Paulo SP - Arte Outdoor, organizada pelo Grupo Manga Rosa/Central de Outdoor
1983 - São Paulo SP - Arte na Rua 2, no MAC/USP
1984 - Campinas SP - Novas Paisagens, na Tulha da Fazenda Proença
1984 - São Paulo SP -Screens, no Museu da Cidade/Casa do Comendador
1985 - Áustria - Germany Ober Osterzeichishes Lands Museum
1986 - Nuremberg (Alemanha) - 3ª Trienal Internacional de Desenho
1986 - Porto Alegre RS - Caminhos do Desenho Brasileiro, no Margs
1986 - Porto Alegre RS - Primeiro Salão Nacional de Desenho
1989 - São Paulo SP - Coleção Particular Eduardo Brandão, na Galeria Casa Triângulo
1990 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Macunaíma/Funarte
1991 - Havana (Cuba) - 4ª Bienal de Havana
1991 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, no Centro Cultural Candido Mendes
1991 - São Paulo SP - 22º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1991 - São Paulo SP - 6 Artistas Convidados - Bienal de Havana, na Casa Triângulo
1991 - São Paulo SP - Programa de Exposições de Artes Plásticas, no CCSP
1991 - São Paulo SP - Selecionados do Centro Cultural São Paulo, no Masp
1992 - Piracicaba SP - Salão de Instalação, no Engenho Central - menção honrosa
1992 - São Paulo SP - A Sedução dos Volumes: os tridimensionais do MAC, no MAC/USP
1992 - São Paulo SP - Programa Anual de Exposições de Artes Plásticas 91, na Fundação Bienal
1994 - Londres (Inglaterra) - Chisenhale Gallery
1994 - Londres (Inglaterra) - Out of the Nineties, na Mall Galleries
1994 - Rio de Janeiro RJ - BR-UK, no MAM/RJ
1995 - São Paulo SP - Coletiva, no MAM/SP
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira Contemporânea: doações recentes/96, no MAM/SP
1997 - São Paulo SP - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, no Itaú Cultural
1998 - Belo Horizonte MG - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, no Itaú Cultural
1998 - Brasília DF - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, na Itaugaleria
1998 - Campinas SP - Medidas de Si, no Itaú Cultural
1998 - Penápolis SP - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, na Galeria Itaú Cultural
1998 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo: doações recentes 1996 - 1998, no CCBB
1998 - São Paulo SP - Medidas de Si, no MAM/SP
1999 - São Paulo SP - 26º Panorama de Arte Brasileira, no MAM/SP
2000 - Fortaleza CE - 26º Panorama de Arte Brasileira, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
2000 - Guadalajara (México) - America Foto Latina: la fotografia en el arte contemporáneo, no Museo de Las Artes de La Universidad de Guadalajara
2000 - Niterói RJ - 26º Panorama de Arte Brasileira, MAC-Niterói
2000 - São Paulo SP - Entre a Arte e o Design: acervo do MAM, no MAM/SP
2000 - São Paulo SP - Fim de Milênio: os anos 90 no MAM,  MAM/SP
2001 - Campinas SP - Deslocamentos do Eu: o auto-retrato digital e pré-digital na arte brasileira 1976 - 2001, no Itaú Cultural
2001 - São Paulo SP - Fotografia/Não Fotografia, no MAM/SP
2001 - São Paulo SP - Palavra-Figura, no Paço das Artes
2002 - Rio de Janeiro RJ - Artefoto, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Coletiva 2002, na Galeria Baró Senna
2002 - São Paulo SP - Coletiva AAA, na Galeria Baró Senna
2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Insólitos, no Espaço MAM - Villa-Lobos
2002 - São Paulo SP - Intimidade, no Paço das Artes
2002 - São Paulo SP - Os Gêneros da Arte: a natureza-morta na arte contemporânea, MAM/SP
2003 - Brasília DF - Artefoto, no CCBB
2003 - Goiânia GO - 3º Prêmio Cultural Sérgio Motta, no Museu de Arte Contemporânea
2003 - São João da Boa Vista SP - Casa Onírica, no Espaço Cultural Fernando Arrigucci
2003 - São Paulo SP - Marcantonio Vilaça - Passaporte Contemporâneo, no MAC/USP
2003 - São Paulo SP - Meus Amigos, no Espaço MAM - Villa-Lobos
2004 - Porto Alegre RS - Olho Vivo: a arte da fotografia, no Santander Cultural
2004 - São Paulo SP - A Foto Dissolvida, no Sesc Pompéia
2005 - São Paulo SP - O Retrato como Imagem do Mundo, no MAM/SP
2006 - São Paulo SP - Brazilian Art Show, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
2006 - São Paulo SP - Paralela 2006, no Pavilhão dos Estados

Fonte: Itaú Cultural

Veja também