Gianguido Bonfanti

Obras de arte disponíveis

No momento não possuimos obras de Gianguido Bonfanti em nosso acervo.
Você possui uma obra deste artista e quer vender?
Clique aqui e envie sua obra para avaliação.

Biografia

Gianguido Bonfanti (São Paulo SP 1948)

Pintor, gravador, desenhista, ilustrador, cenógrafo.

Filho do também pintor Gianfranco Bonfanti, cursa desenho sob orientação de Poty Lazzarotto, entre 1962 e 1969. Neste ano, ingressa na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, e cursa artes plásticas no Festival de Inverno de Ouro Preto, Minas Gerais. Em 1971 viaja para a Itália, onde passa dois anos estudando na Accademia di Belle Arti di Roma [Academia de Belas Artes de Roma]. De volta ao Brasil em 1974, freqüenta ateliê de gravura em metal na Escolinha de Arte do Brasil, no Rio de Janeiro, sob orientação de Marília Rodrigues. Entre os anos de 1976 e 1979, realiza ilustrações para os periódicos Pasquim, Opinião, revista Ele & Ela, Jornal do Brasil e para o livro Sangue, Papéis e Lágrimas, de Doc Comparato. Realiza cenário para a peça As Gralhas, de Bráulio Pedroso, e projeta o teatro construído no Centro Cultural Cândido Mendes. Este período é também marcado por uma profunda crise existencial que tem seu auge em 1978. Até esta época, Bonfanti recusa-se a fazer uso da cor, limitando-se a desenhar e a gravar. Quatro anos depois, realiza sua primeira exposição de pinturas e desenhos coloridos. Inicia atividade como docente na década de 1980, lecionando na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ, na Faculdade da Cidade e na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. Participa do Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, em 1974, 1977 e 1980; duas edições do Salão Nacional de Arte Moderna - SNAM e três edições do Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio de Janeiro, entre 1974 e 1981;e de individuais, como no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ e no Museu de Arte Contemporânea - MAC/PR.

Críticas

"Gianguido Bonfanti sempre teve um envolvimento visceral com sua obra. (...) Durante mais de uma década descreveu personagens mutilados e deformados, que, em espaços fechados e diminutos, se entredevoram, se ferem, se torturam, exercitando suas taras e obsessões. (...) Tendo vivido uma profunda crise existencial, iniciada em 1976 e que chegou ao auge em 1978, só depois de alguns anos de análise, logrou compreender o núcleo básico de sua figuração. (...) Permanecem os traços de sua personalidade artística: a repetição exaustiva das mesmas formas e situações, compondo um ´discurso infindável e obsessivo´ (Flávio Motta, ´73). E, apesar da introdução da cor, o artista continua criando ´imagens incômodas´: pintura não é amena nem decorativa. Estaria mais próxima do que hoje se denomina de ´bad painting´, porém, com uma certa carga lírica. Se no desenho em preto-e-branco Bonfanti se mostrava mais tradicional, na pintura ele se coloca dentro da produção contemporânea, do pós-modernismo. Da mesma maneira, se antes havia um tom mórbido em seu desenho, com figuras mutiladas, em decomposição, hoje, ele canta a vida. (...)".
Frederico Morais
BONFANTI, Gianguido. Gianguido Bonfanti : pinturas e guaches 1983-1985.  Rio de Janeiro : Espaço Petite Galerie, 1985. 241 p. il. p. b. , fot.

"O artista lança uma cor básica, sobre a qual vai sobrepondo outras cores. A pincelada, impetuosa sempre, movimenta-se em várias direções, em oblíquas, curvas e espirais - barrocamente. Do esquema gráfico original persistem apenas alguns resíduos. Sobressaem os vermelhos agressivos, às vezes manchados por um azul ou violeta, que introduzem uma nota lírica na tela, ou um verde, como se uma lufada de ar fresco penetrasse no abismo do quarto. Em algumas telas, Bonfanti aproxima-se da abstração, a cor, em chamas, ameaça incendiar tudo, móveis, corpos etc. O artista não economiza na tinta: a matéria é farta, generosa, e graças ao verniz sprayado guarda, para sempre, todo o frescor do gesto criador".
Frederico Morais
BONFANTI, Gianguido. Gianguido Bonfanti. Apresentação Frederico Morais; projeto gráfico Áureo Abílio; fotografia Ricardo Elkind. Rio de Janeiro : MAM, 1996. [48 p. ] il. p. b. , color.

Exposições Individuais

1973 - Rio de Janeiro RJ - G. Bonfanti, na Galeria do Centro Cultural Lume
1974 - Curitiba PR - Desenhos de G. Bonfanti, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná
1980 - Natal RN - Desenhos e gravuras de G. Bonfanti, na Biblioteca Câmara Cascudo
1981 - Rio de Janeiro RJ - Bonfanti, pastéis e gravuras, na Galeria GB Arte
1985 - Rio de Janeiro RJ - Gianguido Bonfanti, pinturas e guaches, 1983-1985, na Petite Galerie
1988 - Rio de Janeiro RJ - Bonfanti, na Thomas Cohn Arte Contemporânea
1989 - Rio de Janeiro RJ - O Mestre à Mostra, na EAV/Parque Lage
1991 - São Paulo SP - Bonfanti, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1996 - Rio de Janeiro RJ - Bonfanti, no Museu de Arte Moderna
2000 - Rio de Janeiro RJ - Gianguido Bonfanti 1996-2000, no Museu Nacional de Belas Artes
2000 - Rio de Janeiro RJ - Gianguido Bonfanti 1996-2000, na Anita Schwartz Galeria
2002 - Rio de Janeiro RJ - Bonfanti, no Museu Nacional de Belas Artes
2004 - Curitiba PR - Gianguido Bonfanti, no Museu Metropolitano de Arte de Curitiba
2005 - Paris (França) - Bonfanti, peintures et dessins, na Galerie Le Troisième Oeil
2006 - Bordeaux (França) - Bonfanti, peintures et dessins, na Galerie Le Troisième Oeil

Exposições Coletivas

1967 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, na Galeria Santa Rosa
1973 - Curitiba PR - 30º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1974 - Curitiba PR - 31º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra - prêmio aquisição
1974 - Niterói RJ - 3ª Mostra de Artes Visuais do Estado - prêmio aquisição
1974 - Rio de Janeiro RJ - 23º Salão Nacional de Arte Moderna - isenção de júri
1974 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão de Verão, no MAM/RJ
1974 - São Paulo SP - 6º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975 - Goiânia GO - 2º Concurso Nacional de Artes Plásticas - prêmio aquisição
1975 - Rio de Janeiro RJ - 24º Salão Nacional de Arte Moderna
1975 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão de Verão, no MAM/RJ
1975 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, na Galeria Grupo No
1976 - Bahía Blanca (Argentina) - 20 Artistas Brasileños, no Museo de Bellas Artes de Bahía Blanca
1977 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Carioca, na Estação de Metrô Carioca
1977 - São Paulo SP - 9º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1978 - Itália - 1ª Bienal Ítalo-Latino-Americana de Artes Gráficas
1978 - Rio de Janeiro RJ - Gravura Carioca Hoje: Dezesseis Novos Gravadores, no Mnba
1979 - Curitiba PR - 1ª Mostra de Desenho Brasileiro, no MAP
1979 - Curitiba PR - 2ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba, no Centro de Criatividade de Curitiba - prêmio aquisição
1979 - Mendoza (Argentina) - 27 Jovens Gravadores Brasileiros, no Museo Municipal de Arte Moderna
1979 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Palácio da Cultura
1980 - Cidade do México (México) - 2ª Bienal Ibero-Americana de Arte
1980 - Curitiba PR - 3ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba, no Centro de Criatividade de Curitiba
1980 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MNBA (pinturas e esculturas) e no Palácio da Cultura (desenhos e gravuras)
1980 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, no CCCM
1980 - São Paulo SP - 12º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1981 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1981 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Carioca de Arte, na Estação de Metrô Carioca - prêmio aquisição
1981 - Rio de Janeiro RJ - Pablo! Pablo! Uma Interpretação Brasileira de Guernica, na Funarte
1982 - Bilbao (Espanha) - Arteder'82
1986 - Curitiba PR - 7º Acervo do Museu Nacional da Gravura - Casa da Gravura, no Museu Guido Viaro
1986 - Rio de Janeiro RJ - Sete Décadas da Presença Italiana na Arte Brasileira, no Paço Imperial
1988 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1989 - Rio de Janeiro RJ - Gravura Brasileira - Quatro Temas, na EAV/Parque Lage
1991 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Processo Número 738 765-2, na EAV/Parque Lage
1993 - Rio de Janeiro RJ - O Papel do Rio, no Paço Imperial
1996 - Belo Horizonte MG - Impressões Itinerantes, no Palácio das Artes
1997 - Curitiba PR - A Arte Contemporânea da Gravura, no Museu Metropolitano de Arte de Curitiba
2004 - Rio de Janeiro RJ - Novas Aquisições 2003: Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM/RJ

Fonte: Itaú Cultural

Veja também