Domenico Calabrone

Obras de arte disponíveis

Domenico Calabrone - Calvalo

Calvalo

escultura em bronze
s/d
80x18x60cm
Domenico Calabrone - Sem Título

Sem Título

escultura em concreto e bronze
89 x 68 x 15 cm
Domenico Calabrone - Cantora

Cantora

escultura em mármore
1985
47 x 29 x 14 cm
Domenico Calabrone - São Jorge

São Jorge

escultura em bronze
23 x 19 x 1 cm
Domenico Calabrone - Usina dos Monstros Ecológicos

Usina dos Monstros Ecológicos

litogravura
1963
45 x 62 cm

Biografia

Domenico Serio Calabrone (Aieta, Itália 1928 - São Paulo SP 2000)

Escultor, pintor, gravador, designer de jóias e cenógrafo.

Entre 1948 e 1951, Domenico Serio Calabrone freqüenta as aulas do Liceu Clássico, em Roma, com especialização em técnicas de fundição, mosaico e cerâmica. Transfere-se em 1954 para São Paulo, onde, dois anos depois, realiza sua primeira mostra individual na Galeria Art's Store. Em 1963, expõe na 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, em São Paulo. Em 1965, participa do 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Apresenta trabalhos no Panorama de Arte Atual Brasileira do MAM/SP, em 1975 e 1978. Em 1986, recebe o Prêmio Internacional da Escultura Contemporânea, em Cassano Jonio, Itália. Ainda na década de 1980, interessa-se pela arte fractal. Em 1990, recebe prêmio aquisição no Salão de Arte Contemporânea de Santo André, São Paulo; em 1991, é agraciado com sala especial no Salão Paulista de Arte Contemporânea e, em 1994, ganha o 41º Prêmio Internazionale di Pinttura Cittá di Pizzo, em seu país natal. Expõe em individuais no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA), em Salvador, em 1963; no MAM/RJ, em 1965 e 1966, e no Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC/Campinas), em 1992 - esta sua última individual. Participa da Bienal Internacional de São Paulo de 1963 a 1991, do Salão Paulista de Arte Moderna entre 1962 e 1964 e do Salão Paulista de Arte Contemporânea em 1987.

Comentário Crítico

A partir da década de 1960, Domenico Calabrone parece buscar em sua escultura, expressão artística pela qual é mais conhecido, uma representação que unisse formas orgânicas e mecânicas, concebendo figuras meio homem meio máquina. Para tanto, procura um efeito de movimento semelhante, ainda que mais tímido, àquele produzido pelo escultor futurista italiano Umberto Boccioni (1882-1916) em trabalhos como Formas Únicas na Continuidade do Espaço (1913). Este seria o caso da escultura de bronze, O Jornaleiro. O crítico de arte Mário Schenberg (1914-1990) nota a busca de Calabrone por essa síntese, entendendo suas obras desse período como "símbolos válidos da máquina-instrumento e da criatura robotizada".1

No decorrer dos anos 1970, Calabrone passa a produzir esculturas denominadas "totens", de pedra ou bronze - ou unindo os dois materiais -, algumas remetendo a peças pré-colombianas, todas de grandes dimensões, por vezes monumentais, e visando, provavelmente, a espaços públicos, como as que se encontram na praça da Sé e no parque Villa-Lobos, em São Paulo. 

Mais tarde, o artista interessa-se pela produção de esculturas geométricas, utilizando um programa de computador para o cálculo das dimensões. Calabrone abandona as formas orgânicas geometrizadas de anos passados para trabalhar, daí em diante, apenas com figuras geométricas sobrepostas ou empilhadas, geralmente de cores fortes em plexiglass, um plástico de aparência semelhante à do acrílico. Na década de 1990, produz pinturas com a influência das ideias da arte fractal.
 
Nota
1 SCHENBERG, Mário. Calabrone. In: ______. Pensando a arte. 2ª ed. São Paulo: Nova Stella, 1988.

Críticas

"Calabrone não faz parte daqueles artistas que permanecem enclausurados a um determinado tipo de trabalho policiando rigorosamente o seu fazer artístico. Para ele, a criação certamente não depende de uma forma estereotipada, com medidas respectivas e orientadas por credos inabaláveis. Ele prova (...) que pensar a arte a partir de modelos artísticos seria incorrer no mais grosseiro erro, pois qualquer processo de criação é sempre construído por variantes estéticas, engrandecidas também pelo uso de técnicas e de materiais diversos. A complexidade natural da produção de Calabrone oferece-lhe múltiplos caminhos, e pour cause múltiplas escolhas. A ampla formação desse artista, que muito jovem veio da Itália para São Paulo, além de orientá-lo vivamente para a pesquisa particular, inerente à escultura, abre-lhe ainda os horizontes alargados das comunicações deste século, que promovem um fazer artístico fundado num universo de criação aberto".
Radha Abramo
CALABRONE. Calabrone: percurso revisitado em mármore de Carrara. São Paulo: Galeria de Arte André, 1988. p. 5.

Exposições Individuais

1956 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Art's Store
1957 - São Paulo SP - Individual, no Clube dos Artistas
1959 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Etoile
1961 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte da Folha
1962 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Selearte
1963 - Salvador BA - Individual, no MAM/BA
1964 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia
1965 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Itália
1965 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Guignard
1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1966 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1966 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Oca
1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Itália
1966 - Roma (Itália) - Individual, na Galeria Doria Pamphili
1967 - Belo Horizonte MG - Individual, na Sociedade de Cultura Artística
1968 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Ruth White Gallery
1968 - Punta del Este (Uruguai) - Individual, no Palácio Ramires
1969 - Porto Alegre RS - Individual, na Galeria Yázigi
1970 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Bonfiglioli
1970 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Marisa del Re Gallery
1971 - Telavive (Israel) - Individual, na Maskit Gallery
1972 - Genebra (Suíça) - Individual, no Musée d'Art et d'Histoire
1972 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Copacabana
1974 - Belo Horizonte MG - Individual, no Automóvel Clube
1974 - Milão (Itália) - Individual, Galeria Ítalo Brasiliana
1974 - Roma (Itália) - Individual, na Galeria Doria Pamphili
1976 - Roma (Itália) - Individual, na Galeria II Pasquino
1977 - Bergamo (Itália) - Individual, no Centro Culturale San Bartolomeo
1977 - Genebra (Suíça) - Individual, na Gallerie du Theatre
1978 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Skultura
1979 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Arte Aplicada
1980 - Belo Horizonte MG - Individual, na J. S. Galeria de Arte
1980 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Guignard
1981 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Guignard
1982 - Brasília DF - Individual, no Hotel Nacional
1983 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Arte Aplicada
1985 - Rio de Janeiro RJ - Individual, Galeria Place des Arts
1988 - São Paulo SP - Calabrone: percurso revisitado em mármore de Carrara, na Galeria de Arte André
1989 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Arte Aplicada
1989 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Chap Chap
1990 - Santos SP - Individual, na Galeria de Arte do Teatro Municipal Brás Cubas
1991 - São José dos Campos - Individual, na Galeria Arteuso
1991 - São Paulo SP - Individual, na Casa Triângulo
1992 - Campinas SP - Individual, no MACC
1994 - São Paulo SP - Individual, Livraria Cultura Fractais

Exposições Coletivas

1957 - São Paulo SP - Pavilhão da Bienal
1961 - Curitiba PR - Coletiva, no MAM/PR
1962 - Curitiba PR - Salão do Paraná, na Biblioteca Pública do Paraná
1962 - São Paulo SP - Salão Paulista de Arte Moderna - Prêmio Leirner - Folha de S.Paulo
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1963 - São Paulo SP - 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, na Faap
1964 - Belo Horizonte MG - 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, no MAP
1964 - São Paulo SP - 13º Salão Paulista de Arte Moderna
1965 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM/RJ
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - São Paulo SP - 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAC/USP
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1971 - São Paulo SP - 11ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1972 - São Paulo SP - 4º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1974 - Milão (Itália) - Coletiva, no Museu D'Arte Moderna Fondazione Pagani
1975 - São Paulo SP - 13ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1975 - São Paulo SP - 7º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1976 - Penápolis SP - 2º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1978 - Budapeste (Hungria) - Bienal da Escultura
1978 - Penápolis SP - 3º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1978 - Piracicaba - Salão de Arte Contemporânea
1978 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Arte e Pensamento Ecológico, na Biblioteca Euclides da Cunha
1978 - Rio de Janeiro RJ - Escultura Brasileira no Espaço Urbano: 50 anos, na Praça Nossa Senhora da Paz.
1978 - Santo André SP - Salão de Arte Contemporânea
1978 - São Paulo SP - 1ª Mostra do Móvel e do Objeto Inusitado, no Paço das Artes
1978 - São Paulo SP - 10º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1979 - Skironio (Grécia) - Bienal Internacional da Escultura
1980 - Penápolis SP - 4º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1981 - Guarujá SP - Escultura ao Ar Livre, no Hotel Jequitimar
1981 - São Paulo SP - 13º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1981 - Washington (Estados Unidos) - Coletiva, na Baci Gallery
1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1982 - São Paulo SP - Um Século de Escultura no Brasil, no MAM/SP
1984 - Curitiba PR - Simões de Assis Galeria de Arte: mostra inaugural, na Simões de Assis Galeria de Arte
1984 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Artescultura
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Budapeste (Hungria) - Bienal da Escultura
1985 - Milão (Itália) - Bienal da Pequena Escultura, na Fundação Pagani
1985 - Penápolis SP - 6º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1985 - São Paulo SP - Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1985 - Skironio (Grécia) - Bienal Internacional da Escultura
1986 - Massa (Itália) - Escultura Internacional, no Castel Molaspina
1986 - São Paulo SP - A Nova Dimensão do Objeto, no MAC/USP
1987 - Atenas (Grécia) - Coletiva, no Museu de Arte Moderna
1987 - Brasília DF - Paulistas em Brasília, no Museu de Arte de Brasília
1987 - Santo André SP - Salão de Arte Contemporânea - prêmio aquisição
1987 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Contemporânea, na Pinacoteca do Estado
1987 - São Paulo SP - A Trama do Gosto, no Pavilhão da Bienal
1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show
1989 - Belo Horizonte MG - Salão Nacional de Arte, no Museu de Arte de Belo Horizonte - prêmio escultura
1989 - São Paulo SP - Circuito Atelier Aberto, no IAB/SP
1990 - Santo André SP - Salão de Arte Contemporânea - prêmio aquisição
1990 - São Paulo SP - Exposição Comemorativa do Segundo Aniversário da Casa Triângulo
1991 - São Paulo SP - 21ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1991 - São Paulo SP - Mata, no MAC/USP
1991 - São Paulo SP - Salão Paulista de Arte Contemporânea - sala especial
1992 - São Paulo SP - América: 500 Anos, no Sesc Pompéia
1993 - São Paulo SP - 5, na Casa Triângulo
1993 - São Paulo SP - Obras para Ilustração do Suplemento Literário: 1956 - 1967, no MAM/SP
1994 - Pietrasanta (Itália) - Sculpture International Award1993
1994 - São Paulo SP - Acervo 94, na Casa Triângulo
1994 - São Paulo SP - Espelhos e Sombras, no MAM/SP
1994 - São Paulo SP - Fractais - Expo l Homenagem
1994 - Tóquio (Japão) - Brazilian Contemporary Art in Tokyo, no Forijita Verté Museum
1995 - Rio de Janeiro RJ - Espelhos e Sombras, no CCBB
1995 - São Paulo SP - Entre Objetos, na Galeria Nara Roesler
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira Contemporânea: Doações Recentes, no MAM/SP
1996 - São Paulo SP - 1ª Off Bienal, no Mube
1998 - Brasília DF - Cien Recuerdos para Garcia Lorca, no Espaço Cultural 508 Sul
1998 - São Paulo SP - A Arte da Escultura no Conjunto Nacional, no Conjunto Nacional

Exposições Póstumas

2000 - São Paulo SP - Escultura Brasileira: da Pinacoteca ao Jardim da Luz, na Pinacoteca do Estado 
2001 - São Paulo SP - 4 Décadas, na Nova André Galeria

Fonte: Itaú Cultural

Veja também