Caio Reisewitz

Obras de arte disponíveis

No momento não possuimos obras de Caio Reisewitz em nosso acervo.
Você possui uma obra deste artista e quer vender?
Clique aqui e envie sua obra para avaliação.

Biografia

Caio Reisewitz (São Paulo SP 1967)

Fotógrafo.

Caio Christian Reisewitz formou-se em comunicação visual pela Fundação Armando Álvares Penteado - Faap  em 1989. No início dos anos 1990, viaja para a Alemanha, e freqüenta a Escola Superior de Artes de Darmstadt. Entre 1992 e 1997, estuda na Johannes Gutenberg-Universität Mainz, em Mainz, Alemanha, especializando-se em fotografia. Retorna a São Paulo em 1997. Recebe os prêmios de aquisição do 4º e do 6º Salão do Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/Bahia, em 1997 e 1999, e o Prêmio Sérgio Motta, em 2001. Publica o livro Periferia, pela Galeria Brito Cimino, em 2002. Em 2004, expõe na 26ª Bienal Internacional de São Paulo e, em 2005, participa do pavilhão brasileiro da 51ª Bienal de Veneza com fotografias que retratam a arquitetura brasileira barroca e contemporânea.

Comentário Crítico

O fotógrafo Caio Reisewitz explora em sua produção as relações entre registro documental e arte, e também entre espaço político e estético. Apresenta inicialmente registros arquitetônicos e paisagens urbanas, que revelam grande estranheza, e também imagens cotidianas, que sugerem narrativas.

Na produção realizada entre 2003 e 2005 registra principalmente interiores de edifícios e paisagens como a Serra do Mar ou a represa de Guarapiranga, em São Paulo. Utiliza câmeras de grande formato para que as cópias, de quase três metros de largura, possam ter grande definição. Fotografa constantemente em dias nublados, obtendo uma luminosidade esmaecida e maior nitidez dos detalhes. Utiliza a perspectiva central e a luz neutra, evitando a presença de sombras e recusando a dramaticidade. Algumas paisagens são transfiguradas pela instabilidade da luz, como Guarapiranga III (2003).

Sua obra dialoga constantemente com a própria história da arte ao evocar a produção de pintores viajantes e fotógrafos paisagistas que atuaram no país durante o século XIX, retratando a monumentalidade das matas. Revela predileção por lugares nos quais não há a presença humana, embora essa possa ser percebida no registro da paisagem.

Algumas imagens de autoria de Reisewitz solicitam o questionamento em torno da degradação do meio ambiente, como Bertioga I ou Sapopemba I (ambas de 2003), que apresentam respectivamente uma queimada na Mata Atlântica e o acúmulo de detritos em um lixão em São Paulo. Como nota o fotógrafo Eder Chiodetto (1965), Caio Reisewitz busca neutralizar a tendência ao espetacular na fotografia. O uso da luminosidade despojada resulta em registros que evocam o silêncio e a reflexão.

Críticas

"Caio Reisewitz mostra quatro trabalhos da série Autoridade, em que questiona o 'abuso de poder de autoridade do servidor público policial no exercício de suas atividades de segurança'. Ao lado de cada fotografia estão frases que contém mensagens de dupla conotação, com citações ético-edificantes da corporação militar, e estimulam a conduta heróica dos agentes; material este coletado diretamente das paredes ds dependências do prédio da Academia de Polícia de São Paulo, próximo ao Paço das Artes, na cidade de São Paulo.

O destaque na bandeira paulista no ombro da farda do praça sugere que a gestualidade violenta do policial termina por voltar-se contra o cidadão a quem, supostamente, deveria proteger. Corpo e escrituras. Denúncia. Pretextos para matar, morrer ou cruzar os braços".
Sérgio Cardoso
O OLHAR em movimento. Apresentação Ricardo Ribenboim. São Paulo : Itaú Cultural, 2000. 18 p. il. (Rumos Arte Visuais).

Exposições Individuais

1992 - Darmstadt (Alemanha) - Os Filhos da Mãe Casa, na Scholossgartengalerie
1994 - Darmstadt (Alemanha) - Urban Conversation, na Scholossgartengalerie
1996 - Darmstadt (Alemanha) - Caio Reisewitz Fotoarbeiten, na Scholossgartengalerie
1996 - São Paulo SP - Caio Reisewitz Trabalhos Fotográficos, no CCSP
1997 - Mainz (Alemanha) - Alles Deutschland, na Fachbereich Bildende Kunst Mainz des Johannes Gutenberg - Universität Mainz
2000 - Frankfurt (Alemanha) - Individual, na Galerie Morgen
2000 - São Paulo SP - Individual, no Paço das Artes
2004 - São Paulo SP - Em Tempo sem Tempo, no Paço das Artes
2004 - São Paulo SP - Caio Reisewitz, na Biblioteca Sérgio Milliet - CCSP
2005 - São Paulo SP - Você Não Está Sozinho, na Galeria Brito Cimino
2008 - São Paulo SP - Não tem Coisa Certa, na galeria Brito Cimino

Exposições Coletivas

1995 - Mainz (Alemanha) - Eisenturm, no Kunstverein
1995 - Osnabrück (Alemanha) - Die Farbe Weiss, no Kulturgeschichtliches Museum
1996 - Frankfurt (Alemanha) - Die Farbe Blau, na Flughafen Galerie
1996 - Gdansk (Polônia) - ELF: Wystawa studentów fotografii, na Galerie Wyspa
1997 - Salvador BA - 4º Salão MAM-Bahia, no Museu de Arte Moderna da Bahia (Salvador) - MAM/BA - premiado
1998 - São Paulo SP - Novíssimos, no Paço das Artes
1999 - Salvador BA - 6º Salão da Bahia, no MAM/BA - premiado
1999 - São Paulo SP - Programa Anual de Exposições de Artes Plásticas, no Centro Cultural São Paulo - CCSP
2000 - Campinas SP - Rumos Itaú Cultural Artes Visuais. O Olhar em Movimento, no Itaú Cultural
2000 - Fortaleza CE - Rumos Itaú Cultural Artes Visuais. Arte Política: isto são outros 500, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
2000 - Recife PE - Rumos Itaú Cultural Artes Visuais. Arte Política: isto são outros 500, na Fundação Joaquim Nabuco. Galeria Massangana
2000 - São Paulo SP - 2º Território Expandido, no Sesc Pompéia
2000 - São Paulo SP - Fim de milênio: os anos 90 no MAM, no Museu de Arte Moderna - MAM/SP
2000 - São Paulo SP - Imagem Experimental. Caio Reisewitz e Alfredo Nicolaiewsky, no MAM/SP
2000 - São Paulo SP - Investigações: Rumos Visuais 1, no Itaú Cultural
2000 - São Paulo SP - Temporada de Projetos 2000, no Paço das Artes
2001 - Belo Horizonte MG - Pose Detida, no Centro Cultural UFMG
2001 - Brasília DF - Rumos Itaú Cultural Artes Visuais. O Olhar em Movimento, na Galeria Itaú Cultural
2001 - São Paulo SP - 2º Prêmio Sergio Motta
2001 - São Paulo SP - Arco das Rosas: marchand como curador, na Casa das Rosas
2001 - São Paulo SP - Bienal 50 Anos: uma homenagem a Ciccillo Matarazzo, na Fundação Bienal
2001 - São Paulo SP - Pose Detida, Oficina Cultural Oswald de Andrade
2002 - Curitiba PR - Obras do Faxinal das Artes, no Museu de Arte Contentopãnea - MAC/PR (Curitiba)
2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Paralela, no galpão localizado na Avenida Matarazzo, 530
2003 - Belo Horizonte MG - Entre a Fotografia e o Desenho, no Cemig Espaço Cultural Galeria de Arte
2003 - São João da Boa Vista SP - Casa Onírica, no Espaço Cultural Fernando Arrigucci
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural 
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural  
2004 - São Paulo SP - A Foto Dissolvida, no Sesc  
2004 - São Paulo SP - 26º Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
2004 - São Paulo SP - 450 Anos - Paris, no Instituto Tomie Ohtake
2004 - São Paulo SP - Versão Brasileira, na Galeria Brito Cimino
2005 - Rio de Janeiro RJ - Alegoria Barroca na Arte Contemporânea, no CCBB
2006 - Rio de Janeiro RJ - Futebol: desenho sobre fundo verde, CCBB
2006 - São Paulo SP - A Cidade para a Cidade, na galeria Olido
2006 - São Paulo SP - Brazilian Art Show, no Pavilhão Cccilo Matarazzo Sobrinho
2006 - São Paulo SP - Geração da Virada 10 + 1: os anos recentes da arte brasileira, no instituto Tomie Ohtake
2006 - São Paulo SP - MAM ns Oca, na Oca
2006 - São Paulo SP - Paralela 2006, no Pavilhão dos Estados
2007 - Brasília DF - Os Trópicos: visões a partir do centro do globo, no CCBB
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981 - 2006, no Itaú Cultural
2007 - São Paulo SP - Circuito de Fotografia, no shopping Iguatemi
2008 - Madri (Espanha) - Arco, no Instituto Feira de Madrid
2008 - Rio de Janeiro RJ - Os Trópicos: visões a partir do centro do globo, no CCBB
2008 - São Paulo SP - Relíquias e Ruínas, no Sesc av. Paulista

Fonte: Itaú Cultural

Veja também